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22 de dezembro de 2025

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Opinião: Essa droga da desonestidade – Por Bruno Eduardo

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A desonestidade está no ar! Para onde quer que se olhe, lá estão os espertinhos querendo aplicar a Lei de Gerson. Para quem não tem idade suficiente para saber do que se trata essa lei, é apenas baseada no texto de uma propaganda de cigarro dos anos 70, em que um ex-jogador de futebol (campeão do mundo pela Seleção Brasileira de Futebol) chamado Gerson dizia: “O importante é levar vantagem em tudo”. Pobre Gerson, um atleta fenomenal, destaque em um esporte de equipe, ter no final das contas seu nome associado a esse tipo de coisa. Mas a verdade é que essa frase virou sinônimo de um dos mais terríveis tipos de malandragem.

Os adeptos dessa lei estão por aí, hoje em dia, ganhando um destaque negativo, querendo levar vantagem em tudo, tentando furar fila da vacinação contra o Covid19, por exemplo. Gente que troca seu prestígio – político ou financeiro, por exemplo – por uma vaga na fila, a frente de pessoas que se enquadram como prioritárias para a vacinação. Os “Gersons” de hoje em dia são verdadeiros pernas de pau em termos de empatia e conscientização. Não importa que, ao furar a fila, eles deixem sem vacina pessoas que têm comorbidades que as deixam como presa fácil ao microscópico assassino da atualidade, o novo coronavírus. Podem ser idosos, diabéticos, profissionais de saúde que estão ali, todos os dias no contato direto com pessoas que estão transmitindo o vírus a cada tossida, em seus leitos de hospital. Para os “Gersons”, os riscos que esses profissionais da saúde correm não significam nada. Na pressa para tentar reanimar um paciente em uma súbita parada cardíaca, uma enfermeira pode acabar rasgando ou esquecendo de repor a luva. Isso não é difícil acontecer, pois o estresse dessas equipes nos “covidários” é altíssimo, e o psicológico dessas pessoas está, de fato, abalado.

Mas, para os sociopatas, além da Lei de Gerson, vale apenas aquele velho ditado: farinha é pouca, meu pirão primeiro.

E o mais impressionante é como tem gente no próprio setor de saúde, nas filas de vacinação prioritária em todo o país, espetando agulhas em esperançosos braços idosos e fingindo que aplicam as vacinas, para levar para si as doses. O que vão fazer com essas doses roubadas? Vender? Imunizar parentes e amigos que estão fora dos contingentes mais frágeis diante do vírus? O que dá para dizer sobre isso? O que dá para fazer?

Não é muito, mas começo pedindo desculpas ao grande Gerson, o canhotinha de ouro da seleção de Zagallo, por ainda hoje, em 2020, aos 80 anos, ter que ver seu nome associado à lei que norteia a vida dessa gente que só pensa em seu próprio umbigo. Desculpa aí, Gerson!

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