Ester perdeu seus pais muito cedo, foi levada escrava para a Babilônia, depois para Susã. Foi criada por seu primo Mardoqueu, teve uma infância e juventude muito difícil, sem perspectiva de um futuro melhor. Tinha todos os motivos para ser uma pessoa amarga, triste, antipática, rancorosa, pois a vida lhe tirara tudo que mais amava. Mas apesar de tanto sofrimento, Ester tinha a virtude de ser amável, ela era alegre, simpática, voluntária, prestativa, encantava todos que a conheciam, e foi essa simpatia que fez toda a diferença no concurso de beleza que ela participou. A história conta que foi por causa da simpatia de Ester, de sua graciosidade, que Hegai, empregado do rei Xerxes, a tratou bem e lhe concedeu várias distinções enquanto ela passou um ano se preparando para encontrar com o rei. Não basta apenas ser bonita (o), aliás, só tinha mulher bonita nesse concurso de beleza, mas o que fez a diferença na vida de Ester, não foi só a beleza, foi sua beleza aliada a sua simpatia. Não deixe que as dificuldades da vida te tornem uma pessoa amarga, não permita que os sofrimentos do passado te atormentem, te aprisionem, Ester escolheu não permitir. Outra virtude que chama atenção em Ester é que ela sabia ouvir, e isso fez toda a diferença na vida dela! Hegai, um simples empregado do rei Xerxes, sugeriu que Ester não escolhesse nenhum enfeite ao se encontrar com o rei – ela poderia escolher o enfeite que quisesse, mas Ester escolheu ouvir o conselho de Hegai, e isso fez toda a diferença, foi por causa desse ato de humildade em ouvir um simples empregado, Ester foi escolhida rainha do Império Persa. Ester era humilde, outra virtude dela, nunca deixou que o trono tirasse sua simplicidade, ela nunca se esqueceu de onde veio, de sua origem simples, de seu passado difícil. Nunca deixe que o trono te faça esquecer-se de quem era, de onde Deus te tirou, não deixe que o sucesso mude sua cabeça, te faça esquecer-se de Deus, pois Ele levanta o humilde e abate o soberbo. Ester era obediente; já era rainha do Império Medo Persa, talvez fosse a mulher mais poderosa do mundo – seu marido era o rei Xerxes, apesar de tudo isso, ela obedecia a Mardoqueu, o homem que a criou, que a ajudou tanto, um homem pobre, vestido de saco e sujo de barro. Ele ordenou que ela interviesse junto ao rei pela vida dos judeus, e ela, mesmo correndo risco de morrer, se apresentou ao rei, seguindo a ordem de Mardoqueu. Quão é importante a obediência, ela é melhor do que os sacrifícios, ela agrada a Deus. Obedecer a pai e mãe, aos superiores, ao pastor, aos líderes, Deus se agrada dos obedientes, Ester é mais um exemplo disso! Outra virtude que me chama a atenção em Ester foi sua atitude e fé em Deus; quando Mardoqueu ordenou que ela suplicasse ao rei pelos judeus, ela a despeito do risco de morrer, se expôs a tão grande perigo, em atitude e com fé, e Deus honrou sua coragem, sua disposição. Devemos nos posicionar diante do que queremos na vida, temos tantos sonhos, mas pouca atitude, não queremos sair da zona de conforto. Aliás, como é difícil sair dessa zona de conforto, mas, sem sofrimento, sem mudança, não alcançaremos as vitórias. Vá em busca dos seus sonhos, creia que Deus ainda realiza sonhos, mas saiba que sem atitude não dará certo. Deus abre portas, mas somos nós que devemos entrar por elas, Deus constrói pontes, mas somos nós que devemos passar por elas. Finalizando, a virtude é uma disposição adquirida de fazer o bem, e que ela se aperfeiçoa com o hábito, portanto, Ester não nasceu virtuosa, ela buscou ser virtuosa, a vida foi lhe oferecendo dificuldades, e ela foi vencendo todas, sempre exercitando suas virtudes. Que o bondoso Deus nos conceda saúde, graça e oportunidades para exercitarmos essas virtudes que existam na vida de Hadassa, que de escrava se tornou a rainha Ester!
Por: Raimundo Gonçalves da Silva
Diácono e dirigente de congregação na IEADPVH
(de serralheiro com muito orgulho a advogado com muita honra, graças a Deus, a Ele a glória!).
