Criar soluções para as cidades é um assunto que desperta cada vez mais o interesse do governo e da população. Por isso um dos principais desafios dos administradores públicos e demais atores urbanos têm sido na implementação de soluções inovadoras e tecnológicas adequadas ao ambiente e à vida nas cidades.
Trata-se de uma constante busca de alternativas que possam influenciar na qualidade de vida das pessoas através da melhoria da infraestrutura urbana – principalmente às voltadas para acessibilidade e mobilidade (calçadas, ciclovias e vias urbanas), saneamento, espaços públicos e habitação. E quando falamos em soluções orientadas a esses benefícios temos que destacar uma das principais matérias-primas comum a todas essas alternativas, o cimento. E para ser ainda mais preciso, o concreto.
Diante desse cenário, um grupo de entidades formado pela Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem (ABESC) e o Instituto Brasileiro de Telas Soldadas (IBTS) se uniram para o desenvolvimento de soluções e alternativas economicamente mais viáveis e ambientalmente mais responsáveis para a péssima qualidade das vias. Através do uso do pavimento urbano de concreto, alternativa já em uso em diversos países, o objetivo é oferecer uma solução mais qualificada e duradoura para nossas cidades.
Um dos primeiros resultados dessa iniciativa é uma análise comparativa entre o asfalto e o pavimento de concreto.
Além de todas as vantagens ambientais do pavimento de concreto – entre elas, a menor emissão de CO2 – o diretor de Planejamento e Mercado da ABCP, Valter Frigieri, revela as razões que tornam o concreto competitivo. “Tem duas variáveis que são muito importantes. A primeira é econômica. Hoje existe um cenário de elevação de preço do petróleo que ajuda o pavimento rígido a se tornar competitivo em relação ao pavimento flexível”, diz Frigieri. De acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o preço do cimento asfáltico mais usado no país subiu 40% nas refinarias desde início do governo Bolsonaro
A CNM (Confederação Nacional dos Municípios) recentemente divulgou que essa situação tem gerado grande desajuste nos contratos com as empresas de pavimentação, já que o asfalto representa 40% do custo de pavimentação e até 70% do custo de manutenção da estrutura viária.
A segunda variável, explica Wagner Lopes, presidente da Abesc, é que as metodologias novas permitem um pavimento urbano de concreto mais esbelto. “Em vez de espessuras muito grandes já se trabalha com espessuras menores, usando tecnologias consagradas em todo o mundo. Com isso, o custo inicial do pavimento rígido urbano torna-se semelhante ao do custo do asfalto. No longo prazo, esse valor sempre será muito menor, permitindo que a prefeitura realize 50 a 100% a mais de obras com o mesmo dinheiro”, destaca.
Ao compararmos as propriedades naturais, o pavimento de concreto também se destaca ao oferecer vantagens aos usuários que economizam combustível e pneus, além de ganharem mais segurança nas vias, graças ao menor espaço de frenagem necessário. De acordo com o diretor executivo do IBTS, João Batista, também há pesquisas que indicam que a cor clara do pavimento de concreto, principalmente nas cidades, diminui muito a formação de ilhas de calor, além de potencializar economia de iluminação e trazer ganhos reais a médio e longo prazo.
Para os profissionais envolvidos na análise, agora é a hora de reverter o domínio do asfalto e sensibilizar gestores e órgãos públicos a utilizarem o concreto como principal alternativa em vias urbanas.
O cimento é o principal produto de conexão para essa transformação. É através dele que é possível dar forma, criar vida e construir alternativas e caminhos que privilegiam os pedestres trazendo fluidez e rapidez no ir e vir das pessoas com melhor acessibilidade, segurança, eficiência e qualidade de vida, além da inclusão social e preservação do meio ambiente.
Além de ser um dos materiais de construção mais consumidos pelo Homem, é um material versátil, que pode ser empregado em mobiliário urbano, pavimentos, edificações, obras de saneamento, pontes e viadutos, além, claro, de grandes obras e infraestrutura (barragens, estradas, portos e aeroportos).
Cientes de sua responsabilidade e colaboração no desenvolvimento da infraestrutura nacional, entidades da cadeira produtiva da construção tem trabalhado em conjunto há anos com a missão de estudar, aprimorar, desenvolver e divulgar as melhores e mais adequadas tecnologias envolvidas no uso do concreto nos principais centros urbanos do país.
Inicialmente em um projeto com vista a melhoria das edificações, a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem Entidades (ABESC) e o Instituto Brasileiro de Telas Soldadas (IBTS) se uniram em 2007 para desenvolver um sistema construtivo que facilitasse a execução de edificações do programa habitacional em larga escala orientado pela redução de custos.
Daí nasceu o Grupo Paredes de Concreto, cuja tecnologia foi amplamente adotada pelas principais construtoras brasileiras.
Agora, com o olhar direcionado para fora da habitação, para seu entorno, e cientes de seus compromissos com o desenvolvimento do país, essas mesmas entidades tem trabalhado atualmente na busca de soluções e alternativas economicamente mais viáveis, ambientalmente mais responsáveis e politicamente factíveis através do uso do pavimento de concreto na área urbana, com um olhar ainda mais amplo para a melhoria desse cenário nas maiores cidades do país. Em outras palavras, essas mesmas entidades caminham a passos largos no sentido de – a exemplo do Paredes de Concreto -, constituírem o Grupo Pavimento Urbano de Concreto.
Para atingir esses objetivos, é importante que o poder público também se comprometa, oferecendo à população projetos práticos e com previdências a serem traçadas que colaborem para a mobilidade urbana e consequentemente tragam maior qualidade de vida à sociedade.
Para saber mais, acesse https://www. pavimentourbanodeconcreto.com. br
Sobre a ABCP
A Associação Brasileira de Cimento Portland – ABCP foi fundada em 1936 com o objetivo de promover estudos sobre o cimento e suas aplicações. É uma entidade sem fins lucrativos, mantida voluntariamente pela indústria brasileira do cimento, que compõe seu quadro de Associados. Reconhecida nacional e internacionalmente como centro de referência em tecnologia do cimento, a entidade tem usado sua expertise para o suporte a grandes obras da engenharia brasileira e para a transferência de tecnologia das mais diversas formas.
Sobre a Abesc
Fundada a 43 anos, a Abesc é uma associação direcionada para a evolução dos Serviços de Concretagem, impulsionada para a investigação de novas tecnologias, promotora de eventos relacionados ao desenvolvimento técnico, difusora de informações tecnológicas, com foco no desenvolvimento da Industria da Construção Brasileira.
Sobre o IBTS
O Instituto Brasileiro de Telas Soldadas, foi criado em 1983 por iniciativa dos fabricantes de telas soldadas com o objetivo de desenvolver o mercado através de palestras, cursos, elaboração de material técnico, pesquisas entre outros serviços, sem nenhum custo para os usuários.











