Servidores públicos e frequentadores assíduos do centro administrativo de Rolim de Moura estão dizem que vão se manter atentos para proteger uma família de Urutau, um pássaro incomum em áreas urbanas que “mora” numa das árvores em frente ao prédio da Prefeitura, mas que é raramente é visto, já que tem a capacidade, por causa das caracteristicas da plumagem, de ficar “camuflado”, como se fosse parte da árvore, notadamente do tronco e galhos.
O Urutau (Nyctibius griseus), ave típica do cerrado, também é conhecido como “mãe-da-lua.” O casal residente na vizinhança do Executivo Municipal tem filhote recém nascido e redobram os cuidados dos amantes da natureza.
De acordo com os servidores, os urutaus vivem na dita árvore faz muito tempo, mas enxergar os pássarinhos é coisa rara, já que eles tem hábitos noturnos e durante o dia permanecem praticamente imóveis, o que os livra tanto da curiosidade humana quanto de predadores como os gaviões, comuns na região. Por esses e outros “truques” o Urutau tem a má fama de ser uma “ave fantasma”, e folclóricamente, é conhecido como como “passarinho do olho mágico” Grandes e redondos, com a íris amarela, os olhos poderiam “denunciar” com facilidade sua localização e por isso eles fecham os olhos quando sentem aproximação de qualquer coisa. No entanto, a visão não é interferida, pois a pálpebra superior possui duas fendas que permitem ao urutau enxergar, mesmo com os olhos fechados. Durante a noite a visão dos urutaus é extraordinária e ajuda muito na caça a insetos, cupins, besouros e pequenos invertebrados que são a base da sua alimentação.
A forma como os urutaus se reproduz também é curiosa, já que a ave equilibra o único ovo na ponta de galhos ocos e o incuba por aproximadamente 30 dias.
Depois de nascer, o filhote é mantido pelo casal de adultos, que trocam de guarda para caçar e alimentar a cria, sem deixá-la sozinha por muito tempo.
Além da “mãe-da-lua”, espécie de urutau mais conhecida e observada, a família Nyctibiidae conta com mais quatro espécies, que se distinguem principalmente pelo tamanho e pelas cores.
Apesar de não estar em extinção, a família de Urutaus que fincou moradia justamente num dos locais mais movimentados da cidade precisa realmente de proteção, coisa que já está acontecendo naturalmente, principalmente por parte dos servidores da Prefeitura.