Inspira preocupação o estado de saúde do médico infectologista Gladson Siqueira, que foi atacado com substância química, ao chegar ao trabalho, na manhã de quarta-feira, dia 06.
Gladson chegava ao estacionamento do Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron), em Porto Velho, quando foi atacado, logo após uma discussão, com um agente penitenciário que teve apenas o primeiro nome revelado.
Osiel A. F., de 40 anos, atacou o médico motivado por ciúmes.
Ele confessou o crime ao se apresentar à Delegacia de Crimes Contra a Vida, ainda na tarde de quarta.
Mensagens íntimas
Casado com uma auxiliar de enfermagem, Osiel disse que encontrou mensagens íntimas do médico no whatsapp da esposa, o que o teria motivado ao ataque, cujo revide, com troca de tiros, o deixou baleado no ombro. Ele se apresentou acompanhado de advogados e escoltado por agentes do Grupo de Ações Penitenciárias (Gape) da Secretaria de Justiça (Sejus).
Pela manhã, ele havia jogado uma substância química no rosto do médico. A substancia, ainda desconhecida, atingiu também, as vias aéreas do médico, que corre risco de perder a visão.
O médico Gladson, que é da reserva do Exército Brasileiro e possui porte de arma, permanece na UTI do hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, para onde foi transferido.
Relatos dão conta de que Osiel estava em uma moto, quando se aproximou com uma garrafa pet e após discutir com Gladson, jogou o líquido no médico.
Gladson ainda voltou para o carro, pegou uma arma e começou um tiroteio com o Osiel, que também estava armado.
Após o tiroteio, onde vários carros foram atingidos, Osiel fugiu.
O médico entrou no Cemetron e pediu socorro aos colegas de trabalho, sem, no entanto, apresentar ferimentos à bala.
Esse é o segundo crime contra médicos, no município de Porto Velho em menos de três meses.
No dia 14 de dezembro de 2018, o médico Roberval Ferreira de Lima, funcionário da Prefeitura de Porto Velho, lotado no Pronto Atendimento do distrito de União Bandeirantes, foi brutalmente espancado.
Ele foi encontrado por funcionários com sinais de espancamento e encaminhado para o Hospital João Paulo II. Ele morreu, cinco dias mais tarde, no dia 20 de dezembro.
O suspeito de matar o médico se entregou à Polícia Civil no dia 4 de janeiro. As investigações apontaram para latrocínio a principal motivação do crime.
O suspeito não teve a identidade divulgada.