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22 de dezembro de 2025

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Três locais que preservam a memória histórica do Amazonas

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Documentos são registros essenciais para compreender a evolução das sociedades, instituições e indivíduos ao longo do tempo. No Amazonas, esses materiais estão dispersos em diversos arquivos e acervos, constituindo fontes de pesquisa valiosas para historiadores, estudantes e cidadãos interessados em conhecer a memória regional.

A produção e conservação de documentos no Amazonas datam do século XIX, época em que as instituições públicas começaram a registrar informações administrativas, legais e sociais de forma mais sistemática. Esses documentos abrangem desde decretos e legislações até registros administrativos, periódicos e atas oficiais.

O acesso a esses materiais, em muitos casos, depende de políticas de preservação e digitalização implementadas por órgãos públicos e iniciativas de pesquisa. A organização desses acervos é um processo complexo que exige recursos técnicos para garantir que os documentos antigos possam ser consultados sem risco de danos físicos, sendo digitalizados sempre que possível.

Nesse contexto, alguns dos documentos mais antigos do Amazonas foram identificados em três localidades: Manaus, Tefé e Parintins. Conheça:

Manaus: Arquivos Centenários e Documentos do Período Imperial e Republicano

Em Manaus, a capital do estado, o Arquivo Público do Estado do Amazonas é uma das principais instituições responsáveis pela guarda de documentos antigos referentes à administração e à história do estado. Criado em 1897, o arquivo tem como missão coletar, organizar, armazenar e recuperar documentos que preservam a atividade pública estadual desde o período imperial brasileiro até os primeiros anos da República.

Entre os documentos mais antigos, destacam-se peças datadas do início do século XIX, incluindo materiais do período imperial como leis, decretos e registros administrativos de 1821 e 1852, conforme informações de iniciativas de reorganização do acervo.

Além disso, o acervo em Manaus conta com edições históricas do Diário Oficial do Estado que remontam à década de 1890, anteriores à formalização do próprio Arquivo Público. Isso evidencia a continuidade das séries documentais que registram os atos oficiais do governo estadual ao longo de mais de um século.

Os documentos do Acervo de Tefé estão sob a guarda da prelazia de Tefé, no prédio da Rádio Rural. Foto: Divulgação/ Fapeam

Tefé: Registros Históricos e Acervos Paroquiais e Municipais

Em Tefé, projetos de pesquisa e programas de organização de acervos têm resgatado documentos que remontam ao século XIX, integrando fontes que compõem a memória local. A pesquisa sobre o acervo bibliográfico e documental dessa região inclui materiais que registram eventos e informações históricas importantes para a compreensão das transformações sociais e econômicas.

Esses documentos, muitos deles ligados a instituições locais como igrejas e órgãos municipais, incluem registros de natureza civil e paroquial, que foram sendo reunidos e organizados ao longo do tempo por meio de iniciativas que visam higienizar, catalogar e disponibilizar o acervo para consulta pública e acadêmica.

Um exemplo é o Livro de Batismo da Vila de Ega (1800) — a antiga Tefé — um registro paroquial conservado no acervo da Prelazia de Tefé e frequentemente citado por pesquisadores como fonte primária para a reconstrução da história local. Esses livros documentais contêm informações cruciais sobre famílias, vínculos sociais e aspectos da escravidão e da demografia regional nos séculos XVIII e XIX, sendo utilizados em estudos históricos e genealógicos.

Livro de batismo da Vila de Ega em 1800, nome atigo dado ao município de Tefé é umas das obras presentes no acervo de Tefé. Foto: Revista Confluências – Luciano Teles, Tenner de Abreu e Alcemir Teixeira

O acervo de Tefé não se restringe aos arquivos oficiais, pois documentos relacionados à vida cotidiana, atividades comunitárias e descrições de eventos importantes da região também fazem parte das coleções em processo de preservação.

Os documentos estão sob a guarda da prelazia de Tefé, no prédio da Rádio Rural. O projeto de intervenção no acervo é liderado por uma equipe composta por professores de História e estudantes da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

Parintins: Museu Eterniza a História da Cidade

Foto: Centro de Cultura e Memoria de Parintins (CCMP) – Divulgação

O Museu da Cidade de Parintins, instalado no Palácio Cordovil — um dos patrimônios públicos mais importantes do município, é um espaço dedicado à preservação e à apresentação da memória local. O prédio, que já sediou o Poder Executivo em 1969, está integrado a um conjunto arquitetônico histórico ao lado da Praça Eduardo Ribeiro, reunindo elementos que auxiliam na compreensão da trajetória política e cultural da cidade.

O acervo do Museu da Cidade de Parintins reúne peças que preservam a história e a identidade cultural da ilha Tupinambarana, com destaque para fotografias, objetos, indumentárias e artesanatos relacionados ao folclore dos bois-bumbás, incluindo o Caprichoso e o Garantido, que simbolizam a tradição local e a memória coletiva da cidade. Entre os itens do acervo estão peças doadas pelas agremiações Boi Campineiro, Veludinho, Az de Ouro, Diamante Negro, Estrela de Fogo e Marronzinho.

De acordo com a historiadora e administradora do museu, Larice Butel, o espaço possui sete salas organizadas por temas, como cultura popular, história do município, influência de grupos estrangeiros e uma sala audiovisual com capacidade para 25 pessoas. O funcionamento é diário, com horários ampliados nos fins de semana, especialmente durante o Festival de Parintins.

A exposição também aborda a presença dos povos indígenas que compõem a origem histórica de Parintins, com artefatos dos Sateré-Mawé, como porantins, inhanbés e luvas. O acervo inclui ainda peças relacionadas ao promotor público Marcos Salomão Zagury (1883–1938), cuja sala reúne objetos pessoais sob a curadoria de Leão Azulai. Com essa diversidade de materiais, o Museu da Cidade de Parintins se consolida como um espaço onde diferentes épocas e influências socioculturais são preservadas, oferecendo ao público acesso a importantes referências sobre a formação do município.

Com informações do Portal Amazônia.

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