Prevista para começar na manhã desta quarta-feira, 16, a greve dos servidores do transporte público de Porto Velho, foi a maneira que os profissionais encontraram para pressionar a empresa a cumprir acordos firmados entre o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo (Sitetuperon) e o consórcio SIM.
Segundo representantes dos trabalhadores, há atrasos no repasse de benefícios como cesta básica de alimentos, vale alimentação e auxílio saúde. Eles também afirmam que o salário dos trabalhadores vem sendo pago de forma parcelada.
“Nós trabalhadores precisamos alimentar os familiares, pagar nossas contas, precisamos pagar aluguel, pensão e etc. Então essa diretoria decidiu, nesse momento, junto com os trabalhadores, pela paralização, logo após uma assembleia, a ser realizada na quarta-feira”, disse um dos dirigentes, em um vídeo divulgado nas redes sociais, logo após a reunião do sindicato, no final da manhã de terça-feira, 15.
“É inadmissível que um servidor tenha de pedir demissão, para poder pagar suas contas” acrescentou o sindicalista.
Abandonado

Há relato de motoristas abandonando ônibus no meio da rua. Um reflexo do desespero e dos transtornos emocionais por que a categoria está sofrendo por falta de condições mínimas de subsistência.
Se a greve for efetivada, cerca de 300 mil usuários que usam o transporte público todos os dias na capital, serão afetados.
Dificuldades
É a terceira paralização em 11 meses. Em fevereiro e agosto de 2018, outras paralizações já haviam acontecido. A empresa alega dificuldades financeiras e concorrência desleal para atuar em Porto Velho.
Outras opções de transporte se instalaram na cidade de Porto Velho e tem agradado o público. Além do mototáxi, os passageiros contam com diversos aplicativos e táxi compartilhado. As corridas custam a partir de cinco reais.
Modallidades
Mas esses serviços surgiram exatamente por causa da demanda reprimida. Sem atender à bom grado a população, novas modalidades de transporte de passageiros surgiram na cidade. Ou o transporte de passageiros urbanos nos antigos coletivos se reinventa ou sucumbe. Um caminho quase que natural. A falta de um terminal que facilite a integração dos bairros, pelo transporte coletivo em Porto Velho é outro fator que compromete a prestação desse serviço, deixando-o cada vez menos atrativo.