As negociações entre Estados Unidos e China sobre o futuro do TikTok parecem estar caminhando para uma resolução. O presidente Donald Trump anunciou um avanço em um acordo que prevê a mudança de propriedade do aplicativo, com o objetivo de mitigar preocupações sobre a segurança de dados de usuários americanos e a possível influência do governo chinês através do algoritmo da plataforma.
O acordo, confirmado pelo Secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, deverá ser finalizado em uma conversa telefônica entre Trump e o presidente chinês Xi Jinping na próxima sexta-feira (19). Trump indicou que a negociação, realizada em Madri, “correu muito bem” e que o relacionamento entre os países permanece “forte”.
A pressão americana sobre a ByteDance, empresa chinesa proprietária do TikTok, tem se intensificado nos últimos meses. A exigência é que a plataforma encontre um proprietário com sede nos Estados Unidos, evitando que dados de 170 milhões de usuários americanos fiquem acessíveis ao governo chinês. Apesar das preocupações, até o momento, não foram apresentadas evidências concretas que comprovem o acesso indevido a informações ou manipulação algorítmica.
O prazo para que a ByteDance encontre um comprador americano expira nesta quarta-feira (17), mas Trump já prorrogou o prazo em outras ocasiões. A negociação ocorre em paralelo a tensões comerciais entre os países, com a China acusando os EUA de “intimidação unilateral” ao pressionar aliados a impor tarifas sobre produtos chineses.
A situação do TikTok no mercado americano tem implicações globais, e a resolução do conflito pode definir o futuro da plataforma e do mercado de redes sociais no mundo todo. No Brasil, o TikTok é um dos aplicativos mais populares, com milhões de usuários, e o desfecho da negociação pode impactar a forma como a plataforma opera no país.











