Com muitos registros de casos de hepatites onde não há manifestação de sintomas latentes, a Agevisa orienta sobre o tratamento precoce mediante diagnóstico com teste rápido realizado gratuitamente em todas as unidades básicas de saúde. Programas de vigilância na utilização da água são fortalecidos e auxiliam no combate à proliferação do vírus da doença.
O tipo mais registrado em Rondônia é Hepatite B. Em 2018, foram confirmados pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Rondônia (Lacen) 490 casos. Doença sexualmente transmissível, também pode ser transmitida por via sanguínea.
A vigilância sanitária trabalha com ações específicas em locais propícios, como salões de beleza e estúdios de tatuagem. E, a Agevisa capacita e fiscaliza, cobrando procedimentos nos serviços de esterilização de materiais.
Nos casos de hepatite B, há possibilidade de agravo da doença em até 20% das pessoas contaminadas. A doença pode evoluir para cirrose ou carcinoma hepatocelular (tumor maligno que origina metástase, acometimento em outros órgãos), mas tem tratamento com medicação.

Cobertura
A vacina, maior arma de prevenção, é destinada em três doses para toda a população, independente da faixa etária. “Nossa cobertura de vacinação em crianças é de 95%, atendendo à solicitação da Organização Mundial de Saúde”, acrescentou a gerente técnica de vigilância epidemiológica, Arlete Baldez, devido os casos em crianças evoluírem para agravos crônicos na maioria dos casos.
A coordenadora de hepatites virais, Stella Maris Pessoa Garcia, alerta para a atenção no início do pré-natal, quando a gestante deve passar por exames de teste rápido, para verificar hepatite B e C, Sífilis e Aids. Dependendo do resultado é solicitada a sorologia e verificação de infecção, para que a criança não nasça com o vírus, importando que até ao final da gestação sejam realizados testes para que se comprove a inexistência da doença.
O Estado registrou em menores números mais dois tipos da doença. A Hepatite A, com 22 casos confirmados em 2018; e a Hepatite C, com 167 casos confirmados no último ano. A contaminação do vírus tipo A é via fecal e oral, transmitido por água e alimentos contaminados. A maior ocorrência de casos assim se dá em locais com saneamento básico precário e higiene sanitária deficiente, e a maior incidência em crianças abaixo de 14 anos. Essa hepatite é considerada uma doença benigna, que não tem agravo crônico, mas em 1% dos casos, pode ocorrer hepatite fulminante em idosos.
“A maioria dos casos da doença são assintomáticos ou oligossintomático, com poucos sintomas, sem icterícia. Com isso, a pessoa só descobre que foi exposta ao vírus, por meio de exame de sangue”, explicou Arlete.
As vacinas são disponibilizadas em todas as unidades básicas de saúde desde 2015 para crianças até 2 anos ou pacientes com indicação, como problemas hepáticos. E, exige cuidados básicos como repouso e alimentação sem gordura, pois estimula o vômito.