Um novo estudo revela o papel fundamental de Comunidades e Povos Tradicionais e Agricultores Familiares na conservação ambiental do Brasil. O 6º Relatório de Povoamento do Tô no Mapa, iniciativa que apoia o mapeamento territorial dessas comunidades, demonstra que seus territórios preservam, em média, 80% da vegetação nativa.
A pesquisa analisou 399 territórios tradicionais em 11 estados, comparando dados de 1985 a 2024 com informações do MapBiomas. Os resultados indicam que o desmatamento dentro desses territórios foi 16 vezes menor do que nas áreas vizinhas entre 2023 e 2024.

Esses territórios atuam como “barreiras vivas” contra a degradação, especialmente em biomas sob forte pressão, como o Cerrado. “O modo de vida das Comunidades e povos Tradicionais conserva os territórios e os territórios conservados viabilizam o modo de vida, em uma relação cuja permanência é essencial para um equilíbrio ambiental que beneficia a sociedade como um todo”, destaca André Moraes, coordenador executivo da iniciativa Tô No Mapa.
Atualmente, 1,3 milhão de hectares já foram mapeados no aplicativo Tô No Mapa, representando 19 segmentos de Povos e Comunidades Tradicionais, incluindo quilombolas, extrativistas e indígenas. O Maranhão lidera o número de comunidades cadastradas, com 231.

A iniciativa se integra à Plataforma de Territórios Tradicionais (PTT) do Ministério Público Federal (MPF) e do Conselho Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais (CNPCT), fortalecendo a defesa dos direitos territoriais.
O Tô No Mapa é uma realização do IPAM, ISPN, Instituto Cerrados e Rede Cerrado, com apoio financeiro de diversas organizações. A ferramenta gratuita e acessível, construída em diálogo com as comunidades, permite identificar sobreposições com atividades como desmatamento e mineração, fornecendo subsídios para políticas públicas e regularização fundiária.

Com informações do Portal Amazônia.











