21 de dezembro de 2024

TCU vai monitorar impacto das apostas online na saúde e economia

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Setor de apostas deve movimentar entre R$ 90 bilhões e R$ 130 bilhões em 2024.

O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu nesta quarta-feira (2) que vai acompanhar de perto os efeitos do mercado de apostas online, conhecidas como “bets”, no Brasil. Essas apostas, promovidas por empresas nacionais e internacionais, têm movimentado valores impressionantes e levantado preocupações sobre possíveis impactos na saúde pública e economia.

Acompanhamento é necessário

Segundo a decisão do plenário do TCU, esse acompanhamento é essencial para entender como as apostas online podem afetar a saúde mental dos jogadores, o poder de compra das famílias, e para garantir que o governo esteja preparado para prevenir crimes como lavagem de dinheiro e roubo de dados. Além disso, há preocupação com a participação de menores de idade nesse tipo de atividade.

O ministro Bruno Dantas, presidente do TCU, foi quem sugeriu a medida, que foi aprovada por unanimidade. Ele citou dados da XP Investimentos, indicando que o setor de apostas deve movimentar entre R$ 90 bilhões e R$ 130 bilhões ainda neste ano. Também foram apresentados números do Itaú, mostrando que, nos últimos 12 anos, os apostadores já gastaram cerca de R$ 68,2 bilhões.

Impactos na saúde

Dantas destacou ainda que o mercado de apostas pode sobrecarregar o sistema de saúde, especialmente nos atendimentos voltados para pessoas com vício em apostas. Ele alertou para a possibilidade de aumento nos atendimentos em saúde mental, tanto na Atenção Primária quanto nos Centros de Atenção Psicossocial.

Bloqueio de sites ilegais

Além disso, o Ministério da Fazenda divulgou ontem (1º) uma lista das plataformas de apostas que solicitaram autorização até 30 de setembro e que cumprem os requisitos legais para operar no país. A partir do dia 11 deste mês, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai começar a bloquear sites que operam de forma ilegal. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que até 600 páginas podem ser derrubadas.