O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, se encontraram nesta quinta-feira (13) em Washington para discutir as tarifas impostas pelos EUA a produtos brasileiros. Após o encontro, ambos os representantes comentaram sobre as negociações.
“Reuni-me hoje com o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, no Departamento. Discutimos assuntos de importância mútua e um marco recíproco para a relação comercial entre os Estados Unidos e o Brasil”, afirmou Rubio em publicação nas redes sociais.
Negociações Bilaterais
Mauro Vieira informou que o Brasil aguarda uma resposta dos Estados Unidos sobre um “mapa do caminho” para orientar as negociações bilaterais e solucionar as pendências comerciais. “Apresentamos nossas propostas para a solução das questões. Agora estamos esperando que eles nos respondam”, declarou o ministro.
O Brasil busca reverter a imposição de tarifas de 50% sobre diversos produtos exportados ao país norte-americano. Os encontros entre Vieira e Rubio ocorreram duas vezes durante o G7 no Canadá e uma vez em Washington.
Segundo o chanceler brasileiro, Rubio demonstrou interesse pessoal e do governo dos EUA em acelerar as tratativas com o Brasil. Em 4 de novembro, autoridades do Itamaraty, do Ministério da Fazenda e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) participaram de uma reunião virtual com seus equivalentes americanos para discutir o tema.
Naquela ocasião, o Brasil apresentou uma resposta detalhada à lista de demandas enviada por Washington em 16 de outubro. Rubio indicou que a análise do documento brasileiro será concluída “muito rapidamente”, com uma resposta esperada ainda esta semana ou no início da próxima.
Interesse de Trump
Vieira relatou que Rubio mencionou o interesse do presidente Donald Trump em avançar na resolução das questões comerciais, após um encontro positivo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Malásia. O objetivo é estabelecer um acordo provisório até o final do mês ou, no máximo, no início do próximo, que sirva como um roteiro para as negociações futuras, com a perspectiva de um acordo abrangente em um a dois anos.
“É uma demonstração do interesse do governo americano em solucionar as questões pendentes e de se aproximar do Brasil”, ressaltou o ministro. Questões técnicas específicas, como as tarifas sobre o café brasileiro, estão sendo tratadas em outros canais de comunicação. O governo Trump sinalizou a possibilidade de suspender as tarifas extras sobre o café, mas ainda não detalhou quais países seriam beneficiados.











