Com a nova lista de produtos brasileiros isentos da tarifa de 40%, aproximadamente 37% das exportações do Brasil para os Estados Unidos – equivalentes a cerca de US$ 15,7 bilhões – passarão a ter custos reduzidos ao entrar no mercado americano.
Apesar disso, 63% dos embarques ainda estão sujeitos às tarifas ampliadas em julho, impactando principalmente o setor industrial. A avaliação é de Frederico Lamego, superintendente de Relações Internacionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base em dados de 2024.
Lamego classifica o efeito da medida como misto e ressalta que as negociações entre Brasília e Washington estão agora em uma fase decisiva. “A ordem publicada ontem complementa a de 14 de novembro e amplia para 238 o número de produtos isentos da tarifa adicional de 40%. A lista inclui café, carne, frutas, castanha-do-pará, fertilizantes e insumos agrícolas”, explica.
Embora haja um avanço para parte do agronegócio, Lamego destaca que a maior parte dos bens manufaturados permanece sob a taxação, enfrentando barreiras significativas no mercado americano. “Máquinas e equipamentos, móveis, couro, calçados, aviação, alguns óleos, cera de carnaúba e minerais como a vermiculita continuam sujeitos a custos adicionais para entrar no mercado americano”, detalha.
O superintendente da CNI também aponta que a aviação, por exemplo, opera com uma alíquota de 10%, o que representa uma desvantagem em comparação com o acordo que zera tarifas entre os EUA e a União Europeia.
Reportagem em atualização

Exportação de molduras de madeiras é 100% dependente do mercado dos EUA, diz associação. Divulgação/Abimci











