18 de outubro de 2024

Suspeito de matar integrantes do ICMBio é preso

A Polícia Civil de Rondônia prendeu Antônio Mijoler Garcia Filho. Ele é suspeito de matar e desaparecer com os corpos dos trabalhadores rurais e integrantes do ICMBio, em Canutama no interior do Amazonas. O suspeito foi localizado em uma residência no bairro Agenor de Carvalho, zona Leste de Porto Velho na manhã desta sexta-feira (3).
Antônio tem 62 anos, e se declara inocente. Ele afirma que não tem nenhum envolvimento com o caso,e que não estava em Canutama na época em que os agricultores desapareceram. Antônio justificou que não se apresentou a Justiça porque estava em uma fazenda na época em que sua presença foi requisitada. O suspeito deve permanecer preso provisoriamente, e as investigações vão continuar.

Suspeitos

A Justiça do Amazonas determinou a prisão preventiva de Antônio Mijoler Garcia Filho e Rinaldo da Silva Mota, funcionários da fazenda Shalom, o decreto foi feito no dia 28 de dezembro de 2017 pela juíza Joselida Pereira Bilio, titular da Comarca de Canutama.
Ela atendeu um pedido da Delegacia da Polícia Civil de Humaitá e determinou a realização de busca e apreensão nas residências dos suspeitos e na fazenda. Antônio e Rinaldo foram considerados como foragidos pela juíza.
Além disso, os representados empreenderam fuga do distrito da culpa, encontrando-se atualmente foragidos. Dessa forma, a medida constritiva faz-se também necessária para garantir futura aplicação da lei penal”, diz a decisão.

Desaparecidos

Flávio Lima de Souza, Marinalva Silva de Souza e Jairo Feitosa Pereira estão desaparecidos desde 14 de dezembro de 2017 em uma área de conflito agrário no município de Canutama (AM), na divisa com o estado de Rondônia. De acordo com a Polícia Militar (PM), Flávio Lima de Souza é ex-brigadista do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
A propriedade onde os três agricultores estavam é alvo de um processo na Justiça do AM e a posse da área está sendo discutida entre autoridades.
Segundo familiares, o local é uma área de conflito de terras em disputa pelos supostos donos com 360 famílias e agora em dezembro houve decisão favorável aos agricultores. “Eles já tinham sido ameaçados e há registros na Delegacia de Humaitá. Registraram queixa contra o gerente da fazenda, já tinham derrubado casas. Existia esse tipo de ameaça sim, meu irmão estava ali defendendo causa comum”.