Para fomentar o potencial das cidades gêmeas, Guajará-Mirim e Guayaramerín, a Superintendência Estadual de Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura (Sedi) promove no próximo dia 20 o Seminário de Integração Brasil Bolívia, que acontecerá no município rondoniense de fronteira com a cidade boliviana, pertencente ao departamento do Beni.
Segundo a assessora executiva de gabinete da Sedi, Geane Barros, a ideia para que o município, considerado Cidade Verde desde 2009, recebesse incentivo a investimentos partiu de tratativas entre o estado e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), por se tratar de uma zona franca posicionada de frente para Guayaramerín.
“Nós temos um grande mercado para a instalação de indústrias e novas empresas em Guajará. Então estimamos a participação de aproximadamente 150 pessoas, entre autoridades e empresários, onde teremos a apresentação dos representantes da Suframa, sobre benefícios fiscais de áreas de livre comércio de zona franca verde, e uma equipe do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai falar sobre as linhas de crédito destinadas às zonas francas”, explica.
A coordenação do evento espera a participação de empresários de Rondônia e da Bolívia, já que estarão sendo oferecidos o conhecimento e as oportunidades de investimentos. “A localização é privilegiada, a estrada é boa, é um município que com investimentos e indústrias funcionando no local a economia deve crescer e o comércio se expandir. A programação está sendo diagramada, o evento será na Associação Comercial, Industrial e Serviços de Guajará-Mirim, e à tarde nós pretendemos fazer uma visita a uma área que a prefeitura já prevê como um distrito industrial. A integração vai esclarecer quais são os critérios e pré-requisitos para a instalação de uma empresa na cidade, já que temos interessados inclusive lá da cidade de Riberalta, na Bolívia”, conta a gerente de Fomento de Comércio Exterior, Alisângela Lima.
Alisângela enfatiza que o departamento do Beni, com a capital Trinidad, já tem um tratado de irmandade com Rondônia, e o fomento ao comércio também faz parte. “São várias ações compartilhadas como saúde e educação, que já acontecem naturalmente. A movimentação e o comércio já existem entre os dois países. O que falta é nós formalizarmos e apresentarmos ‘essa cartilha’ sobre o processo para que haja um investimento mais forte em Guajará-Mirim como é possível acontecer”, conclui. Até a próxima semana a superintendência deve divulgar a programação e o convite aos empresários rondonienses já está sendo formalizado.