Vacinas são desviadas para empresas privadas em Cacoal

peixe-post-madeirao-48x48

Vacinas são desviadas para empresas privadas em Cacoal

peixe-post-madeirao

O Estado de Rondônia obteve minutos atrás a informação de que servidores da Coordenação de Vigilância e Saúde do Município de Cacoal, teriam arbitrariamente, por deliberação que afronta as prioridades do Plano Nacional de Imunização, procedido a vacinação de dezenas de funcionários de complexo empresarial privado Berno Center, especializado na prestação de serviços terapêuticos e estéticos , que oferece aos seus clientes, além de certas especialidades médicas, serviços de academia, cabeleireiro, nutrição e fisioterapia.

Conversando com fontes ligadas ao Conselho Municipal de Saúde, a reportagem do Estado de Rondônia tomou conhecimento de que foram vacinados, por decisão dos servidores municipais, cerca de 38 funcionários do complexo clínico e estético Berno Center, incluindo personal trainners, zeladores, secretárias, nutricionistas, técnicos de informática e até esteticistas, já que empresas de vários ramos de atividade estão sediadas no mesmo prédio.

Segundo as informações recebidas, o Conselho Municipal de Saúde, ao tomar conhecimento desta ação de vacinação em clínica privada por um de seus funcionários que foi vacinado, procedeu a uma apuração preliminar e denunciou, in continenti, ao Delegado de Policia e ao Ministério Público.

A iniciativa de vacinar os funcionários da clínica estaria violando a escala de ordem e prioridade do Plano Nacional de Imunização. O E.R. contatou alguns servidores da saúde que ainda não foram vacinados, assim como representantes de outras clínicas que não receberam imunização de seus funcionários.

O Secretário Estadual de Saúde gravou hoje pela manhã uma live alertando a população de que Rondônia não tem mais UTIs, há dezenas de pessoas em fila de espera e que outros estados estão recusando receber nosso pacientes, afirmando ainda que só a imunização pode nos salvar desta pandemia.

Nossa reportagem obteve a lista dos funcionários da clínica que foram imunizados, mas deixa consignado que, até onde se sabe, estes trabalhadores não tem culpa de terem sido privilegiados pela imunização. Se há responsabilidade, será dos servidores que a disponibilizaram a quem não teria direito a imunização naquele momento.