O corpo de Arlindo Cruz foi sepultado no início da tarde deste domingo, 10 de agosto, no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O cortejo saiu da quadra da escola de samba Império Serrano, em Madureira, onde o velório começou na noite de sábado, 9, e se estendeu pela madrugada, reunindo centenas de pessoas.
A despedida aliás, seguiu o estilo gurufim, tradição das religiões de matriz africana que mistura música e dança em clima de celebração. Conforme o pedido da família, todos compareceram vestindo roupas claras, simbolizando luz e alegria.
Durante o velório, na quadra do Império Serrano, Arlindinho, filho do sambista, tocou cavaquinho e cantou sucessos do pai, como “O Show Tem Que Continuar”. Ele afirmou que a cerimônia ocorreu como Arlindo gostaria, ou seja: com samba, amigos e a presença de quem o amava.
“Meu pai, até na hora de partir, foi ensinamento, de sempre lutar pela vida, de estar perto dos filhos e de quem ama. Ele vai estar sempre vivo”, disse, primeiramente. Ao lado de artistas como por exemplo Diogo Nogueira e Hélio de la Peña, fãs e admiradores formaram uma longa fila para prestar as últimas homenagens.
Viúva é amparada pela filha, Flora Cruz
Babi Cruz, viúva do cantor, se emocionou ao se aproximar do caixão e foi amparada pela filha caçula, Flora. A cerimônia também contou com a presença de nomes como Xande de Pilares, Regina Casé e Andrezinho.
Após o velório, o corpo seguiu em cortejo no carro do Corpo de Bombeiros até o cemitério, passando por ruas da cidade e recebendo aplausos e cânticos de quem acompanhava.
O sepultamento ocorreu em cerimônia restrita à família, mas o clima de celebração se manteve até o último momento, com batuques e cânticos ecoando pelo local. Para muitos presentes, a despedida representou a síntese do legado deixado por Arlindo Cruz, marcado pela música, pela alegria e pelo amor ao samba.












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