A safra de acerola no Oeste Paulista foi impactada pelas condições climáticas adversas este ano. A combinação de estiagem prolongada e temperaturas mais baixas atrasou a florada em aproximadamente 30 dias, conforme relatos de produtores da região.
Em Irapuru (SP), a irrigação tem se mostrado essencial para minimizar as perdas. Antônio Eugênio Vicentin, produtor com 30 anos de experiência e 3 mil pés de acerola em seu sítio, explica que o atraso na florada foi uma consequência direta da seca e do frio atípico. Apesar disso, ele prevê uma colheita de cerca de 200 toneladas, resultado viabilizado pelo sistema de irrigação que abrange todo o pomar.
As acerolas colhidas passam por um processo de congelamento em câmaras frias, o que possibilita a comercialização direta para clientes em diversos estados.
Produção Regional
A região de Presidente Prudente (SP) se destaca como a principal produtora de acerola no estado. Dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA) indicam que, na safra entre 2024 e 2025, os municípios da região contabilizaram 84 mil pés em produção, responsáveis por quase 12 mil toneladas da fruta.
Em outra propriedade em Irapuru, a colheita já está em andamento em áreas irrigadas. Já os pés que dependem exclusivamente da chuva ainda estão em fase de floração, o que sugere um desempenho potencialmente superior ao da safra anterior, de acordo com o produtor José Alves Barbosa. Ele relata que a primeira florada sofreu perdas devido à ação de pulgões, mas a produção atual apresenta um cenário mais promissor.
José cultiva tanto manga quanto acerola, sendo esta última a principal fonte de renda devido à sua rentabilidade. Ele trabalha com as variedades Manolo e Olivier, destinando toda a produção para a Cooperativa Agrícola de Junqueirópolis (Coopaj), que centraliza grande parte das entregas da região.
Para mais informações, acesse o site da Instituto de Economia Agrícola (IEA) e da Cooperativa Agrícola de Junqueirópolis (Coopaj).











