Rondônia entra ‘em estado de emergência’ para conter doença do cacaueiro

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Rondônia entra ‘em estado de emergência’ para conter doença do cacaueiro

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Monilíase do Cacaueiro (Moniliophthora roreri) foi detectada pela primeira vez no Acre, estado vizinho a Rondônia. Medida visa conter praga que atinge lavouras cacaueiras
Secom/Divulgação
Rondônia entrou em ‘estado de emergência’ por causa de uma praga que atinge lavouras cacaueiras. A medida é portaria do Ministério da Agricultura, e está em vigor desde a quinta-feira (5).
A medida fitossanitária tem o objetivo de facilitar possíveis ações preventivas a serem tomadas por produtores, que visa conter a Monilíase do Cacaueiro (Moniliophthora roreri), que foi detectada pela primeira vez no Brasil no município de Cruzeiro do Sul (AC), que faz divisa com Rondônia.
João Paulo De Souza Quaresma, coordenador de vigilância e controle de pragas da Idaron, não existe caso confirmado da Monilíase do Cacaueiro em Rondônia.
“A portaria do Ministério da Agricultura possibilita o fortalecimento das ações fitossanitárias, além de podermos realizar ações em conjunto com outras instituições da cadeia produtiva de cacau. Estamos fazendo ações ações de diligências desde 8 de julho em Rondônia, inclusive levantamento de emergência na divisa com o Acre. Nenhuma suspeita de Monilíase também foi encontrada aqui no nosso estado”, disse João.
O estado de emergência é válido também para o Acre e Amazonas.
O que é a monilíase do cacaueiro?
A monilíase é uma doença devastadora que afeta, principalmente, plantas do gênero Theobroma, como o cacau (Theobroma cacao L.) e o cupuaçu (Theobroma grandiflorum), causando perdas na produção e uma elevação nos custos devido à necessidade de medidas adicionais de manejo e aplicação de fungicidas para o controle da praga.
Essa é uma doença que atinge somente as plantas hospedeiras do fungo, sem riscos de danos à saúde humana.
O Ministério alerta que, devido ao seu potencial de danos às culturas, “é de fundamental importância a notificação imediata de quaisquer suspeitas de ocorrência da praga nas demais regiões do país às autoridades fitossanitárias locais.”
Na América do Sul, a praga já está no Equador, Colômbia, Venezuela, Bolívia e Peru.
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