Rondônia contabilizou 610 focos em junho deste ano, segundo levantamento da Secretaria Estadual do Desenvolvimento Ambiental (Sedam). Já em menos de 60 dias – maio e junho –, Porto Velho, sozinha, somou quase 200 pontos de chamas.
Conforme o órgão, em maio de 2019, foram 35% a mais de focos de calor e queimadas registrados no estado do que o mesmo período do ano passado. Já nos 21 dias de junho, houve 610 focos, ou seja, 55% a mais do que a mesma data em 2018.
Fábio Adriano Monteiro, meteorologista da Sedam que faz parte da Sala de Situação responsável pelo monitoramento, explica que o prognóstico que se desenha é cruel: “Caso seja mantida essa tendência, a gente já vê que junho, julho e agosto, além de setembro, principalmente, que é o mês que mais queima, se torna preocupante, pois já começa um período com excesso de focos de calor com relação ao ano passado. Então isso já acende a luz de alerta”.
É em Porto Velho onde são registrados os maiores incêndios, tanto florestais como urbanos. Em segundo lugar vem o município de Cujubim.
Apenas incêndios atendidos e combatidos pela Brigada Municipal de Incêndio da capital foram quase 200 casos, entre maio e os 21 dias de junho. Há dois dias, por exemplo, um incêndio de grandes proporções atingiu uma área próxima ao Espaço Alternativo, em Porto Velho.
O secretário de Meio Ambiente (Sema), Robson Damasceno, explica que, além da Brigada, há equipes do PrevFogo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Corpo Bombeiros auxiliando no combate as chamas. Mas, o que falta, segundo ele, é educação e conscientização de todos.
“Depende exclusivamente do nosso cidadão. A saúde pública está ameaçada. O Meio Ambiente está ameaçado e nós estamos muito preocupados. Estamos embuídos em levar educação e conscientização. Mas, infelizmente, vamos ter que partir também às multas, aplicar as multas, fazer a pessoa responder criminalmente por esse ato de queimar que está prejudicando a população”, alertou o secretário.
Fonte: G1