O presidente Jair Bolsonaro disse ontem (12) esperar que os parlamentares não façam alterações profundas na proposta de reforma da Previdência enviada pelo governo ao Congresso Nacional no mês passado.
“Se não fizermos uma reforma da Previdência mais próxima dessa que enviamos, o Brasil pode correr um sério risco no tocante a sua economia”, disse o presidente, participar de eventos com o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, no Palácio do Planalto.
Bolsonaro voltou a dizer que não haverá nomeações para cargos de confiança ou liberação de emendas parlamentares em troca de votos pela reforma previdenciária. “Nós vamos liberar as emendas impositivas, porque não temos que fugir delas. As negociações no nível que existia no passado não existirão no meu governo”, afirmou.
Tramitação
Em evento no Itamaraty, o presidente disse acreditar em uma tramitação mais rápida do que a que ocorreu no ano passado, quando o então presidente Michel Temer apresentou uma proposta para reformar a Previdência. “É difícil, mas acredito que vai ser possível aprovar. Acredito que, desta vez, [o tema] vai ter a agilidade que merece.”
O texto está na Câmara dos Deputados e depende da formação das comissões para tramitar. Sugestões de alterações no texto foram feitas por líderes de partidos em uma reunião com o presidente, na semana passada.
O governo foi criticado ontem por ter liberado o pagamento de R$ 1 bilhão em emendas parlamentares, que teria sido considerado um agrado a deputados que vão analisar o projeto de reforma da Previdência. Levantamento do governo mostrou que havia R$ 3 bilhões de em emendas impositivas que não haviam sido pagas desde 2014, mas apenas parte delas – que representa cerca de R$ 1 bilhão – cumpria todos os requisitos para liberação. (EBC)











