A região amazônica, com sua beleza natural e diversidade cultural, enfrenta desafios importantes quando o assunto é o desenvolvimento infantil. Para ajudar a mudar essa realidade, diversas organizações não governamentais (ONGs) têm se dedicado a promover a educação, a cultura e o bem-estar das crianças, buscando oferecer um futuro melhor.
Essas organizações desempenham um papel crucial na inserção consciente das crianças na sociedade, contribuindo para a construção de um futuro mais justo e igualitário para as novas gerações da Amazônia. Veja algumas iniciativas que estão fazendo a diferença:
Instituto Vaga Lume: o poder da leitura
Desde 2001, o Instituto Vaga Lume atua em comunidades rurais da Amazônia Legal, incentivando o desenvolvimento de crianças e jovens através da leitura e da gestão de bibliotecas comunitárias. Até agora, a organização já impactou mais de 111 mil crianças e jovens, capacitando 6.000 mediadores de leitura e doando mais de 195 mil livros.
O Instituto também promove intercâmbios culturais, conectando jovens da Amazônia com escolas e organizações do Sudeste, fortalecendo a troca de conhecimentos e experiências. A organização possui escritórios em São Paulo (SP), Manaus (AM) e Belém (PA).
Associação Mapinguari: cultura e educação na floresta
Com sede em Porto Velho (RO), a Associação Mapinguari desenvolve projetos culturais e educacionais em diversas comunidades da Amazônia. As atividades incluem oficinas, apresentações, exibição de filmes, cursos para professores e ações voltadas para crianças e adolescentes das escolas públicas.
A associação trabalha de forma voluntária, dependendo de doações, e valoriza as culturas locais, atuando em comunidades ribeirinhas, quilombolas, indígenas e extrativistas. Um dos projetos de destaque é o “Amazônia das Palavras”, que leva literatura e atividades educativas pelas comunidades ribeirinhas, navegando pelos rios Negro, Amazonas e Madeira.
Projeto “Somos Ribeirinhos”: apoio às famílias da Amazônia
O Projeto Somos Ribeirinhos, sediado em Vila do Cuia, no município de Anamã (AM), oferece apoio material, educativo, social e espiritual às famílias ribeirinhas. Fundado por Max Dacampo, o projeto distribui cestas básicas, roupas, materiais escolares e ajuda na construção de moradias.
Além disso, oferece atividades para crianças, como reforço escolar, oficinas culturais, eventos recreativos e assistência em saúde e bem-estar. O projeto conta com o trabalho de 21 voluntários locais e está registrado como associação privada com foco em defesa de direitos sociais.
ACNUR: proteção e educação para crianças refugiadas
A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) também tem projetos importantes na Amazônia, voltados para a proteção e o desenvolvimento de crianças refugiadas. Um exemplo é o aplicativo ‘Jardim Sésamo’, que oferece mais de 450 materiais educativos para crianças refugiadas e migrantes em Roraima, com acesso Wi-Fi gratuito.
Em parceria com o UNICEF e outras agências da ONU, o projeto “Proteção Integral e Promoção dos Direitos de Crianças, Adolescentes e Jovens Indígenas na Amazônia Legal” busca integrar saúde, educação, proteção e bioeconomia em seis estados da região, com foco na população indígena.