Um projeto do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), conduzido pelo Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV), está modernizando as rotas aéreas da Amazônia para diminuir a emissão de gases do efeito estufa. A iniciativa, chamada ECONORTE, já mostra resultados promissores, com a expectativa de reduzir mais de 5 mil toneladas de dióxido de carbono (CO²) por ano.
A terceira etapa do projeto foi implementada recentemente na Terminal de Cuiabá, em Mato Grosso, redesenhando o tráfego aéreo para torná-lo mais eficiente. As mudanças beneficiam companhias aéreas, pilotos e controladores de tráfego aéreo, que passam a contar com rotas otimizadas, gerando economia de combustível e, consequentemente, menor emissão de poluentes.
O ECONORTE abrange toda a Região de Informação de Voo da Amazônia (FIR Amazônica), incluindo áreas de grande movimento como Belém, Manaus e Cuiabá. O objetivo é adequar o espaço aéreo amazônico aos padrões internacionais de eficiência, segurança e sustentabilidade.
“O ECO-Norte é um marco para o controle do tráfego aéreo brasileiro. A grandiosidade desse projeto está no seu duplo impacto: ao mesmo tempo em que garantimos maior segurança e eficiência para a aviação, contribuímos para a preservação da Amazônia, reduzindo emissões e apoiando a sustentabilidade. É a Força Aérea Brasileira unindo tecnologia, inovação e responsabilidade ambiental em benefício de toda a sociedade”, destaca o Major Rui Nunes da Costa, coordenador do projeto.
A implementação do ECONORTE começou em julho de 2023, com a nova rota na TMA (Terminal de Movimentação Aérea) de Belém, e seguiu para Manaus em agosto. Em outubro, foi a vez de Cuiabá. O processo envolveu o redesenho completo das rotas, procedimentos de aproximação e segurança, além de estudos para otimizar o fluxo de aeronaves.
Os resultados iniciais são animadores. Na TMA de Manaus, por exemplo, já foram observadas reduções de mais de 28 toneladas de combustível e 88 toneladas de CO² nas primeiras semanas de operação. A expectativa é de que o projeto, em sua totalidade, contribua para a diminuição de 5070 toneladas de CO² na atmosfera anualmente.
Para a Força Aérea Brasileira, o ECONORTE reforça o compromisso com a soberania e a eficiência do espaço aéreo amazônico. Para a sociedade, representa um avanço em direção a um transporte aéreo mais sustentável, especialmente em uma região de importância ecológica global como a Amazônia.
(Informações da Força Aérea Brasileira)











