Um grupo diversificado de personalidades, incluindo o príncipe Harry e sua esposa, Meghan Markle, artistas, líderes religiosos e o ex-estrategista de Donald Trump, Steve Bannon, assinou um manifesto pedindo a proibição do desenvolvimento de inteligência artificial (IA) “superinteligente”. A carta foi divulgada nesta quarta-feira (22) pelo instituto Future of Life, fundado em 2014.
O documento afirma que “pedimos a proibição do desenvolvimento de superinteligência, que só deve ser suspensa quando houver amplo consenso científico de que será feita de forma segura e controlável, com forte apoio público.”
Quem assinou o manifesto
Além do príncipe Harry e Meghan Markle, a declaração conta com as assinaturas do comentarista político conservador Glenn Beck, do cofundador da Apple, Steve Wozniak, da ex-presidente da Irlanda, Mary Robinson, e do fundador do grupo Virgin, Richard Branson. Líderes cristãos e evangélicos também estão entre os signatários.
O manifesto reconhece o potencial benéfico das ferramentas de IA para a saúde e a prosperidade, mas alerta para o objetivo declarado de grandes empresas de tecnologia em construir uma superinteligência “capaz de superar significativamente todos os humanos em praticamente todas as tarefas cognitivas”.
Essa busca, de acordo com o texto, levanta preocupações que variam desde recessão econômica e perda de liberdade e dignidade humanas, até riscos à segurança nacional e a possibilidade de extinção da espécie.
Em uma declaração pessoal, o príncipe Harry enfatizou que “o futuro da IA deve servir à humanidade, não substituí-la”. Ele acrescentou: “Acredito que o verdadeiro teste do progresso não será o quão rápido avançamos, mas quão sabiamente conduzimos esse avanço. Não há segunda chance.”