21 de novembro de 2024

Prefeitura de Porto Velho reforça alerta sobre arboviroses e intensifica vigilância no período chuvoso

peixe-post-madeirao

Com o aumento das temperaturas dos últimos meses e a chegada do período chuvoso, a Prefeitura de Porto Velho, através da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), emitiu o Alerta de Arboviroses Urbanas nº. 002/2024 para todas as unidades da rede municipal de saúde. O documento destaca a necessidade e intensificação das ações de vigilância e assistência para prevenir a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor das arboviroses como dengue, chikungunya e zika.

Elaborado pelo Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) da Semusa, o Alerta aponta que as condições climáticas típicas deste período aumentam os riscos de surtos dessas doenças, o que pode resultar em hospitalizações e óbitos, além de sobrecarregar os serviços de saúde.

Além de orientar os serviços de saúde, o documento reforça também a importância da mobilização coletiva para eliminar criadouros do mosquito, como locais com acúmulo de água parada.

Arboviroses e suas consequências para a saúde

As arboviroses são causadas por vírus transmitidos por artrópodes, como o Aedes aegypti. A dengue, considerada a mais relevante arbovirose urbana nas Américas, circula em Porto Velho com os sorotipos DENV-1 e DENV-2.

Por sua vez, a chikungunya pode causar dores intensas e limitações físicas importantes, enquanto o vírus zika, além da transmissão vetorial, pode ser transmitido por via sexual, transfusões e até de mãe para filho, causando malformações graves no feto.

O município de Porto Velho confirmou, em 2022, 1.970 casos de dengue contra 1.155 em 2023. Esse ano, de janeiro a setembro foram 546 notificações positivas para a doença.

Importância da notificação e organização dos serviços de saúde

O documento também aponta a necessidade da rede municipal de saúde notificar corretamente os casos suspeitos de dengue, chikungunya e zika, conforme a Portaria GM/MS nº. 3.418, de 31 de agosto de 2023. A notificação é obrigatória e deve ser feita por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

 

Além disso, expressa orientações para a organização dos serviços de saúde, tanto na atenção primária como no atendimento especializado. Entre as medidas estão a garantia do diagnóstico precoce, a classificação de risco e o tratamento adequado, busca ativa de casos suspeitos nos territórios das unidades de saúde, atualização dos fluxos de referência e contra referência, capacitação das equipes para identificação dos casos suspeitos, entre outras recomendações.

PREVENÇÃO

Devido à gravidade das doenças transmitidas pelo mosquito, a Semusa reforça a necessidade de envolvimento de toda a sociedade na eliminação de criadouros. A prevenção passa pela conscientização da população sobre a importância de evitar o acúmulo de água parada, onde o mosquito se reproduz.

Confira algumas medidas para evitar a proliferação do mosquito:
1 – Mantenha bem tampados: caixas e barris de água;
2 – Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira sempre bem fechada;
3 – Não jogue lixo em terrenos baldios;
4 – Se for guardar garrafas de vidro ou plástico, mantenha-as sempre com a boca para baixo;
5 – Não deixe a água da chuva acumular sobre a laje e calhas entupidas;
6 – Encha os pratinhos ou vasos de planta com areia até a borda;
7 – Se for guardar pneus velhos em casa ou borracharias, retire toda a água e mantenha-os em locais cobertos, protegidos da chuva;
8 – Limpe as calhas com frequência, evitando que galhos e folhas possam impedir a passagem da água;
9 – Lave constantemente, com água e sabão, os recipientes utilizados para guardar água, pelo menos uma vez por semana;
10 – Os vasos de plantas aquáticas devem ser lavados com água e sabão, toda semana. É importante trocar a água desses vasos com frequência;
11- Piscinas e fontes decorativas devem ser sempre limpas e cloradas.