A Superintendência de Proteção e Defesa Civil (SMDC) de Porto Velho tem reforçado o monitoramento constante e intensificado as ações preventivas no período de estiagem. Com a chegada do verão amazônico, que pode trazer desafios como uma nova crise hídrica, é preciso redobrar a atenção.
“Estamos em diálogo contínuo com agências reguladoras e especialistas. Os primeiros indicadores apontam que, ao contrário do ano passado, o nível do rio Madeira se mantém acima do esperado para este período, com cerca de 10 metros, contra 5 metros registrados no ano anterior”, comentou o titular da SMDC, Marcos Berti.
Ele acrescentou que o cenário sugere um quadro mais favorável para o abastecimento de água às populações ribeirinhas. No entanto, a Defesa Civil alerta que a situação pode se modificar rapidamente.
Qualidade – Berti afirma que a seca traz impactos significativos não apenas para o ecossistema e a biodiversidade, mas especialmente para a população que sofre com o aumento das queimadas criminosas, que comprometem a qualidade do ar, além da crise hídrica. Em razão disso, a Prefeitura mantém a atuação preventiva constante, realizando vistorias técnicas, emitindo alertas e interditando áreas de risco.
Para reforçar as ações, em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema), Ministério Público de Rondônia e demais secretarias municipais, foi criado um Comitê de Ações Integradas para enfrentar a crise hídrica, garantindo atendimento emergencial às comunidades, sobretudo o fornecimento de água potável, quando necessário.
“Com a chegada das condições climáticas mais adversas, a Defesa Civil ressalta a importância das ações educativas e da participação comunitária para mitigar os efeitos da seca e das queimadas”, acrescentou.
Fenômeno
Experiências anteriores, conforme Marcos Berti, demonstram que o verão amazônico impacta diretamente no racionamento e na escassez de água para consumo humano. As mais afetadas com esse fenômeno são as famílias que moram nas comunidades ribeirinhas.
Mas não é só isso. A situação torna-se ainda mais grave porque acaba afetando diretamente a agricultura familiar. Sem água para irrigação, muitos agricultores acabam perdendo toda produção e a qualidade de vida nessas localidades é seriamente impactada.
“O enfrentamento desses desafios depende da atuação conjunta entre órgãos federais, estaduais, municipais e até mesmo o terceiro setor”, ressalta Berti, acrescentando que as pessoas também precisam colaborar, especialmente evitando o desperdício de água.