O Banco Central (BC) informou nesta segunda-feira (10) que as transações realizadas via Pix registraram um aumento de 27,6% no primeiro semestre de 2025, totalizando 36,9 bilhões de operações. Os dados constam das Estatísticas de Pagamentos de Varejo e de Cartões no Brasil, referentes ao período.
Segundo o BC, o Pix se consolidou como o instrumento de pagamento mais utilizado, sendo responsável por 50,9% do total de transações efetuadas no primeiro semestre de 2025. De todas as transações liquidadas no Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI), operado pelo BC, 45% ocorreram entre pessoas físicas, enquanto 42,1% foram realizadas entre pessoas físicas e jurídicas.
Participação por tipo de transação
Os pagamentos de pessoas jurídicas a pessoas físicas ou outras empresas somaram 12,5% do total, e as transações envolvendo órgãos do governo representaram 0,4%. Apesar do crescimento do Pix, a Transferência Eletrônica Disponível (TED) ainda lidera em volume financeiro, com 37,1% de participação, seguida pelo Pix, com 26,5% do valor total transacionado no primeiro semestre de 2025.
Considerando todas as modalidades de pagamento – cartões de débito, crédito e pré-pagos, TED, boletos, cheques e pagamentos em espécie –, o número de operações aumentou 15,2% nos primeiros seis meses do ano, atingindo 72,5 bilhões, no valor de R$ 59,7 trilhões. Em comparação com o primeiro semestre de 2024, houve um crescimento de 15,2% no volume de transações e de 14,5% no volume financeiro.
O mercado de cartões continuou em expansão, com o crédito apresentando um aumento de 9,7% e o pré-pago, de 8,9%. O cartão de débito, por sua vez, permaneceu estável (-0,1%). Juntos, os cartões representam 34,3% do total de transações, com 24,9 bilhões de operações no primeiro semestre de 2025.
Entre os cartões, o de crédito foi o que apresentou maior crescimento em volume financeiro (14,2%), e também o que detém a maior participação no volume financeiro total (69,3%). O BC informou que, ao final do primeiro semestre de 2025, havia 243 milhões de cartões de crédito ativos, contra 159,3 milhões de cartões de débito e 74,3 milhões de cartões pré-pagos.
Os boletos apresentaram um aumento de 4,6% no valor transacionado, representando 8,1% do volume total. Já os cheques registraram uma queda de 16,5% no volume financeiro, correspondendo a apenas 0,6% do valor total transacionado, com 73,4 milhões de cheques emitidos e um valor médio de R$ 4,7 mil.
