A Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de prisão contra o presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, e quatro diretores da instituição nesta terça-feira (18), em operação que investiga um esquema de fraudes financeiras.
Investigações e Liquidação Extrajudicial
A prisão ocorreu poucas horas após o consórcio liderado pelo grupo de investimento Fictor Holding Financeira anunciar a compra do Banco Master. O Banco Central (BC) havia rejeitado a aquisição pelo BRB (Banco de Brasília) pouco mais de um mês antes.
De acordo com informações, sete mandados de prisão foram expedidos e cumpridos no âmbito da operação. Além de Vorcaro, foram presos:
- Luiz Antônio Bull, diretor de Riscos, Compliance, RH, Operações e Tecnologia
- Alberto Felix de Oliveira Neto, superintendente executivo de Tesouraria
- Ângelo Antônio Ribeiro da Silva, sócio do banco
- Augusto Ferreira Lima, ex-CEO
- André Felipe de Oliveira Seixas Maia, sócio de empresas envolvidas no esquema
- Henrique Souza Silva Peretto, sócio de empresas envolvidas no esquema
O presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, e o diretor-executivo de finanças e controladoria da instituição foram afastados dos cargos por 60 dias, por decisão judicial.
As investigações iniciaram-se em 2025, após o Banco Central encaminhar um relatório com suspeitas. Na manhã desta terça-feira, o BC decretou a liquidação extrajudicial do Master e a indisponibilidade dos bens dos controladores e ex-administradores. A liquidação extrajudicial interrompe automaticamente o processo de compra.
A liquidação extrajudicial ocorre quando o Banco Central encerra as atividades de uma instituição financeira que não possui condições de operar. Um liquidante assume o controle, encerra as operações, vende os ativos e paga os credores, até a extinção da instituição.
O negócio com o grupo Fictor previa um aporte de R$ 3 bilhões para reforçar o caixa do Master, que enfrentava dificuldades financeiras, e contava com a participação de investidores dos Emirados Árabes Unidos. A finalização da compra ainda dependia da aprovação do Banco Central do Brasil e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).










