A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação de combate ao garimpo ilegal no Rio Madeira, resultando na destruição de mais de 270 embarcações e um prejuízo estimado em R$ 30 milhões para os garimpeiros. A ação, que ocorreu entre os dias 15 e 19 de setembro, atingiu áreas nos estados de Rondônia e Amazonas.
Condições de Trabalho e Protestos
Durante a operação, os agentes da PF encontraram trabalhadores em condições precárias dentro das embarcações utilizadas na extração ilegal de ouro. Os casos estão sendo investigados pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que avaliarão as condições de trabalho e possíveis irregularidades.
A ação policial também gerou protestos. Em Humaitá, Amazonas, garimpeiros se reuniram na sede da prefeitura local em protesto contra a operação. A manifestação escalonou para um confronto com a polícia, levando à suspensão de aulas e serviços públicos como medida de segurança.
Impacto em Rondônia e Estratégia da PF
As fiscalizações se concentraram em áreas de forte atuação de garimpo, abrangendo municípios como Humaitá e Manicoré, no Amazonas, e diversas regiões de Rondônia. A operação demonstra a crescente preocupação com os impactos ambientais e sociais da mineração ilegal na região amazônica, incluindo a pressão sobre os recursos hídricos e a exploração de trabalhadores.
A PF informou que a operação faz parte de um plano mais amplo, iniciado em 2023, para combater a mineração ilegal, proteger o meio ambiente e garantir os direitos dos trabalhadores. A iniciativa busca desmantelar as estruturas financeiras e logísticas que sustentam a atividade ilegal.
A ação contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional de Segurança Pública, Ibama, Secretaria de Meio Ambiente de Rondônia (Sedam) e do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI Amazônia).