Informação é com a gente!

13 de outubro de 2025

Informação é com a gente!

13 de outubro de 2025

Pesquisa propõe biorrefinaria para valorizar produtos da Amazônia

peixe-post-madeirao
peixe-post-madeirao
Jornal Madeirão - 12 anos de notícias

Últimas notícias

08/10/2025
Aviso de licitação: Pregão eletrônico – licitação n. 90011/2025 – menor preço global
02/10/2025
Publicação legal: Termo de Homologação – Pregào 9009/2025
01/10/2025
Termo de Anulação – Processo Administrativo nº: 72868/2024
01/10/2025
Aviso de dispensa de licitação – PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº: 79818/2025
09/09/2025
Publicação legal: Aviso de reagendamento de licitação – 90010/2025
08/09/2025
Aviso de reagendamento de licitação – processo 72868/2024
01/09/2025
Aviso de reagendamento de licitação: processo administrativo 77824/2025
27/08/2025
Publicação Legal: Aviso de Licitação – Processo Administrativo Nº 72868/2024
27/08/2025
Publicação Legal: Aviso de Reagendamento de Licitação – Processo Administrativo Nº 77824/2025
25/08/2025
Publicação legal: Aviso de Reagendamento de Licitação Ampla Participação

A Amazônia, a maior reserva de biodiversidade do mundo, guarda um potencial enorme em suas mais de 30 mil espécies vegetais. No entanto, a cadeia produtiva da região ainda enfrenta limitações, com a maior parte da produção voltada para ingredientes de alto valor agregado que abastecem grandes indústrias. Uma nova pesquisa busca mudar essa realidade, propondo a implementação de uma biorrefinaria para ampliar o potencial econômico das espécies amazônicas.

A ideia é aproveitar ao máximo a matéria-prima da floresta, incluindo resíduos, transformando-os em produtos de alto valor, como óleos essenciais, extratos bioativos e embalagens biodegradáveis. O objetivo é melhorar a qualidade de vida das comunidades locais, gerar novos produtos e diminuir o impacto ambiental, impulsionando a bioeconomia regional.

A biorrefinaria utiliza técnicas inovadoras, como processos de alta pressão, para extrair diferentes componentes de frutos amazônicos. A proposta, financiada pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), visa agregar valor a todas as etapas da produção, aplicando tecnologias sustentáveis que beneficiem tanto empresas quanto produtores locais, gerando renda durante todo o ano.

A pesquisadora Luiza Helena Meller da Silva, da Universidade Federal do Pará (UFPA), lidera o estudo BIORE-AMAZÔNIA, contando com a colaboração de pesquisadores da Universidade de Campinas (Unicamp), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). A pesquisa é realizada em parceria com a empresa 100% Amazônia, em Abaetetuba, no nordeste paraense.

Estudos iniciais já demonstraram o potencial da ucuúba, árvore típica da Amazônia, para a produção de manteiga rica em compostos benéficos e extratos antioxidantes. O pracaxi, outra espécie amazônica, também está sendo estudado, com foco no aproveitamento integral do óleo e dos resíduos para a criação de produtos nas áreas de cosméticos e saúde.

O projeto, iniciado em 2023, faz parte da Iniciativa Amazônia +10, que investiu R$ 41,9 milhões em 39 projetos de pesquisa em 20 estados, beneficiando 500 pesquisadores. A iniciativa busca o uso integral dos resíduos do processo produtivo, o desenvolvimento de equipamentos específicos para as matérias-primas amazônicas e a capacitação de profissionais em boas práticas de fabricação.

Para o presidente da Fapespa, Marcel Botelho, “agregar valor aos produtos da sociobioeconomia é a chave para avançarmos na geração de renda local. Atrelado a isso, teremos mais empregos para nossa população e um fortalecimento de todos os elos das cadeias produtivas”. A Fapespa tem um papel fundamental no financiamento das etapas experimentais e no apoio aos pesquisadores envolvidos no projeto.

A proposta da biorrefinaria se baseia na construção coletiva das demandas regionais, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e apostando na integração entre pesquisa, governo e setor privado para promover uma bioeconomia mais inclusiva e sustentável na Amazônia.