Apesar do nome, a ave mais comum na ceia de Natal é a perua. Descubra por que ela é mais vantajosa para os produtores e consumidores!
Presente em muitas ceias de Natal, o peru é um prato tradicional. No entanto, quem costuma ir à mesa é a fêmea da espécie, a perua. A diferença crucial está no tamanho: as peruas são menores que os machos.
Essa diferença de tamanho impacta diretamente a comercialização. De acordo com o pesquisador Elsio Figueiredo, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Suínos e Aves, é mais vantajoso para o produtor comercializar o peru em pedaços. “Por causa dessa diferença, é mais vantajoso para o produtor comercializar o peru em pedaços”, explica.
A criação de perus e peruas é distinta. 🦃Mesma ração, desenvolvimento diferente: os perus e as peruas são criados separadamente, para evitar que o macho coma todo o alimento sozinho. Esse comportamento ocorre quando o macho se torna significativamente maior que a fêmea. O peru consegue ganhar cerca de 10 kg a mais, consumindo a mesma quantidade de ração.
O ciclo de vida também difere. 🦃Vida mais curta para as peruas: o abate das fêmeas acontece por volta dos 10 semanas de idade, quando atingem cerca de 5 kg, gerando uma carcaça de 4 kg, ideal para o Natal. Já os machos vivem até 20 semanas, alcançando 25 kg. Sua carne é utilizada para produzir peito de peru, salsicha, produtos defumados e outros itens.
Algumas fêmeas são criadas para o mesmo fim que os machos, sendo encaminhadas para o mercado de pedaços após 20 semanas, quando atingem 15 kg. Contudo, o inverso é raro: o macho raramente é vendido inteiro.
🦃Por que a ave é tão cara? A resposta está no início da produção. Segundo o pesquisador da Embrapa, os pintos e os ovos da espécie têm um custo mais elevado. “O motivo de o pinto e de o ovo serem caros é que a fêmea coloca poucos ovos”, relata Figueiredo. Uma galinha comum põe cerca de 180 ovos, enquanto a perua, apenas 80.
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Com informações do G1









