A Cooperativa Extrativista de Castanhas (Coocasin), formada por etnias indígenas de Ji-Paraná, recebeu um incentivo importante da Prefeitura Municipal. Um prédio público foi cedido para ser a nova sede da Cooperativa. No local, 25 índios de quatro etnias trabalham com o processamento de Castanha do Pará extraídas pelas comunidades.
Conforme explicou o presidente da Coocasin, João Paulo Alves Cinta Larga , o trabalho com a castanha nativa, começa ainda nas aldeias onde são colhidas, depois segue transportadas para Ji-Paraná para o processamento industrial, passando por secagem, limpeza, autoclave (choque térmico para soltar a casca), quebra manual, classificação, forno, desidratação e embalagem.
Antes toda a operação funcionava em um prédio alugado e pequeno que não reunia as condições necessárias para a expansão.
Com a nova sede, foi possível implementar toda estrutura para secagem, limpeza, armazenamento e embalagem da castanha, permitindo inclusive, a ampliação do número de pessoas trabalhando no local. A produção mensal na sede antiga era cerca de dois mil quilos. Agora com a nova sede, a produção já está em cinco mil quilos mês, porém, a expectativa é de que em breve sejam produzidos 10 mil quilos mensalmente.
Mercado
Hoje eles já vendem o produto para o mercado local e para outros estados como o Rio Grande Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. A intenção agora é ampliar a relações comerciais e exportar o produto para o Estados Unidos e Canadá.
Cedência
Conforme explicou o Prefeito Marcito Pinto (PDT), a cedência é de cinco anos, podendo ser prorrogada pelo mesmo período. A intenção é contribuir com geração de renda para as comunidades indígenas, contribuir com o desenvolvimento e expansão das atividades comerciais, propiciar condições para ampliar a produção de castanha nativa e oferecer melhores acomodações aos trabalhadores.
O prefeito lembrou ainda que a transferência de prédio público para a cooperativa resolve outro problema. O local estava abandonado há vários anos, pois quando foi construído em 2012 tinha como destinação se tornar a casa de apoio ao estudante indígena, porém, o prédio não foi utilizado. “Com esta cedência estamos contribuindo com o desenvolvimento da cooperativa e assegurando uma finalidade social para o uso de um prédio que estava inutilizado há vários anos”, comentou Marcito.