Em janeiro de 2022, o paraquedista brasileiro Luigi Cani realizou um feito surpreendente na Amazônia: a 300 km/h, ele saltou sobre uma área degradada e lançou mais de 100 milhões de sementes de 27 espécies nativas. A ação, além de radical, tinha um propósito importante: chamar a atenção para a necessidade urgente de regenerar a floresta e contribuir para sua recuperação.
O projeto, uma parceria com o banco BTG Pactual, contou com o apoio de especialistas ambientais que selecionaram as sementes, garantindo que fossem todas do ecossistema local e com alta taxa de germinação – acima de 95%. Para o lançamento, foi desenvolvida uma caixa biodegradável capaz de carregar até 300 quilos de sementes, liberadas manualmente a 6.500 pés de altitude.
“Sementes de esperança”
Antes do salto, uma equipe multidisciplinar cuidou de todos os detalhes: desenvolvimento de equipamentos personalizados, obtenção de licenças ambientais e testes em Manaus. Além do lançamento aéreo, 6 milhões de sementes foram doadas a comunidades indígenas da região, que participaram ativamente do plantio, reforçando o aspecto coletivo e sustentável da iniciativa.
“No coração da Amazônia, tentei realizar a missão mais importante da minha carreira: semear árvores e esperança. Quero inspirar as pessoas a encontrar seus próprios caminhos para reparar os danos que causamos à natureza”, declarou Cani em um documentário sobre o projeto.
A logística da operação foi complexa, com 3,7 toneladas de materiais transportadas de barco por 28 horas até Novo Aripuanã, onde a equipe montou a base para a fase final. Com essa ação, Luigi Cani se consolida não apenas como um paraquedista renomado, mas também como um ativista em prol do meio ambiente.
A iniciativa simboliza a importância de combinar criatividade, ciência e coragem na luta pela preservação da Amazônia, um bioma crucial para o equilíbrio climático global e a biodiversidade.











