Cerca de 26.500 metros cúbicos de madeira em toras foram apreendidos em Rondônia. A carga é suficiente para encher mais de 1.200 caminhões. A operação Ágata- Ajuricaba I, realizada pelo Exército Brasileiro em parceria com as forças de segurança, localizou as toras em galpões. Os estabelecimentos faziam parte de um esquema que fraudava os sistemas eletrônicos federal DOF (Documento de Origem Florestal). Todas as madeireiras foram lacradas.
Depois da análise da madeira apreendida, será definida a destinação do material, que pode ir a leilão, ser doado ou até destruído.
Além das multas, as empresas envolvidas foram notificadas por formação de quadrilha, fraude nos sistemas oficiais de administração ambiental e crimes fiscais.
O general de Brigada José Eduardo Leal de Oliveira, comandante da 17ª Brigada de Infantaria de Selva,durante coletiva de imprensa, realizada na sexta-feira (11), explicou que esse tipo crime interfere diretamente no desempenho da economia do Estado
“Os resultados positivos desta operação é fruto de um trabalho coordenado com a utilização da inteligência e tecnologia. A sinergia entre as forças policiais é o caminho para combatermos a criminalidade em área com a complexidade da fronteira”. Frisou o general Leal.
De acordo com o coordenador de fiscalização do Ibama, Ricardo Alexandre, quando ocorre um roubo ilegal de madeira, tráfico de fauna não só se perde um produto físico da biodiversidade, mas em conhecimento da nossa regionalidade. “Precisamos frear esse descontrole”.
Para o Gerente de Integração de Segurança e Fronteira (GISF-RO), coronel PM Almeida, a participação do exército é primordial para realização de todas as operações no combate transfronteiriço nacional.
“Temos uma área muito extensa, e a vigilância, observação e monitoramento só é possível quando se trabalha em conjunto com a logística do exército. A permanência na ação é ponto capital, e quando aliamos as qualidades policiais, com a capacidade de durar na operação das Forças Armadas, temos resultados positivos tanto do ponto de vista operacional, quanto da integração”, destacou coronel Almeida.
O coronel esclarece ainda que a GGIF, tem reunido as instituições todo mês para tratar das questões de combate ao ilícito nas fronteiras, com ênfase ao combate de extração ilegal de madeira, o desmatamento e suas conseqüências, o cruzo de mercadorias em contrabando, o tráfico de armas, as drogas, tudo com reflexos nos centros urbanos.
A operação envolveu um efetivo de 901 militares, e teve apoio de 367 integrantes de órgãos parceiros, destes 61 são policiais militares, civis e bombeiros. Foram empregados 68 viaturas,11 embarcações e três helicópteros.
Foram inspecionadas 111 embarcações, 1.246 vistorias de motos, 1.667 vistorias de veículos leves, 204 vistorias de caminhões, 66 vistorias de ônibus e vans, 122 vistorias de pedestres e bicicletas, 2 inspeções de aeródromos, 5 inspeções de aeronaves, 1 constatação de pista de pouso clandestina ou não regularizada.
Houve ainda fiscalização de produtos controlados em três em pedreiras. A polícia apreendeu ainda 3 embarcações, 5 motos, 27 armas, 7.350 munições maquinários e ferramentas diversos, pequenas quantidades de drogas, combustível, carne e valores em espécie. Totalizando R$ 22.150.000,00.