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- Bolsonaro tem 'boa evolução clínica' e corte da cirurgia 'em excelente aspecto', diz boletimon 21 de abril de 2025 at 14:03
Ex-presidente passou por cirurgia de 12 horas, no último dia 13, para corrigir complicações no intestino. Ele segue na UTI, sem visitas e sem precisão de alta. O ex-presidente Jair Bolsonaro segue internado no hospital DF Star, em Brasília, com "boa evolução clínica, sem febre e pressão arterial controlada", informa boletim médico divulgado nesta segunda-feira (21). Bolsonaro está na UTI desde que passou por uma cirurgia no último dia 13. O procedimento durou 12 horas. Nesse período, os médicos liberaram aderências intestinais e reconstruíram a parede abdominal. Segundo a equipe médica, entre domingo (20) e segunda (21), "foram retirados os drenos do abdômen e realizada a troca do curativo da incisão cirúrgica, que se encontra em excelente aspecto". "Continua em jejum oral e com nutrição parenteral [por sonda] exclusiva. Segue intensificando a fisioterapia motora e medidas de reabilitação." Bolsonaro segue na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), sem receber visitas e sem previsão de alta. O procedimento cirúrgico foi realizado para tratamento de uma "suboclusão intestinal" – uma obstrução parcial do intestino causada por aderências formadas após múltiplas cirurgias anteriores, em decorrência da facada que levou em 2018. No domingo, Bolsonaro publicou uma foto nas redes sociais em que aparece sem as bandagens no tórax, com uma cicatriz à mostra. "Hoje pela manhã retiraram o curativo na área dos pontos centrais para limpeza e averiguação da situação, além de dreno na lateral esquerda de meu abdômen", escreveu na legenda. O ex-presidente também cita, no post, "sessões diárias e mais acentuadas de fisioterapia para acelerar minha recuperação". Bolsonaro em ato na Avenida Paulista, em 6 de abril de 2025 Miguel Schincariol/AFP Caminhadas pelo hospital Em vídeos publicados ao longo da semana, Bolsonaro apareceu caminhando com a ajuda de um andador e foi acompanhado pela equipe médica. Depois, em outro registro, o ex-presidente apareceu acompanhado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro durante uma caminhada. Segundo a equipe médica, Bolsonaro apresenta estabilidade clínica, sem dor, sangramentos ou outras intercorrências. Após cirurgia de 12 horas, Bolsonaro aparece andando acompanhado de equipe médica Procedimento complexo Segundo o cardiologista da equipe, Leandro Echenique, esta cirurgia – a sétima desde o atentado – está entre "as mais complexas" feitas no ex-presidente. A longa duração do procedimento, inclusive, já era esperada. 👨⚕️ Durante a cirurgia, os médicos identificaram que a obstrução intestinal era causada por uma dobra no intestino delgado, que dificultava o trânsito intestinal. O problema foi corrigido com a liberação de aderências. Bolsonaro publica foto de cicatriz, uma semana após cirurgia Arquivo pessoal
- Lula decreta luto oficial de sete dias pela morte de Papa Franciscoon 21 de abril de 2025 at 12:15
Jorge Bergoglio morreu nesta segunda no Vaticano aos 88 anos. Primeiro pontífice latino-americano deixa legado de tolerância e diálogo; promoveu reformas importantes, acolheu minorias e priorizou os pobres. Papa Francisco deixa legado de transformação na Igreja Católica O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou nesta segunda-feira (21) luto oficial de sete dias no Brasil pela morte do papa Francisco. "É declarado luto oficial em todo o País, pelo período de sete dias, contado da data de publicação deste Decreto, em sinal de pesar pelo falecimento de Jorge Mario Bergoglio, Sua Santidade o Papa Francisco, a quem serão tributadas honras fúnebres de Chefe de Estado", diz o decreto. Por volta das 10h, as bandeiras em frente ao Palácio do Planalto e ao Supremo Tribunal Federal já eram hasteadas a meio-mastro – símbolo do luto nos prédios públicos. Jorge Mario Bergoglio morreu aos 88 anos às 7h35 desta segunda no horário do Vaticano (2h35, no horário de Brasília). O pontífice ocupou o cargo máximo da Igreja Católica por 12 anos. À frente da Igreja Católica por quase 12 anos, Francisco foi o papa número 266. Em 13 de março de 2013, durante o segundo dia do conclave para eleger o substituto de Bento XVI, Bergoglio foi escolhido como o novo líder – inclusive contra a sua própria vontade, segundo ele mesmo admitiu. "A humanidade perde hoje uma voz de respeito e acolhimento ao próximo. O Papa Francisco viveu e propagou em seu dia a dia o amor, a tolerância e a solidariedade que são a base dos ensinamentos cristãos", escreveu Lula em uma nota oficial. "Assim como ensinado na oração de São Francisco de Assis, o argentino Jorge Bergoglio buscou de forma incansável levar o amor onde existia o ódio. A união, onde havia a discórdia. E a compreensão de que somos todos iguais, vivendo em uma mesma casa, o nosso planeta, que precisa urgentemente dos nossos cuidados", seguiu. "Com sua simplicidade, coragem e empatia, Francisco trouxe ao Vaticano o tema das mudanças climáticas. Criticou vigorosamente os modelos econômicos que levaram a humanidade a produzir tantas injustiças. Mostrou que esse mesmo modelo é que gera desigualdade entre países e pessoas. E sempre se colocou ao lado daqueles que mais precisam: os pobres, os refugiados, os jovens, os idosos e as vítimas das guerras e de todas as formas de preconceito." Bandeiras a meio-mastro no Palácio do Planalto em luto oficial pelo papa Francisco Gioconda Brasil/TV Globo "Nas vezes em que eu e Janja fomos abençoados com a oportunidade de encontrar o Papa Francisco e sermos recebidos por ele com muito carinho, pudemos compartilhar nossos ideais de paz, igualdade e justiça. Ideais de que o mundo sempre precisou. E sempre precisará", continuou Lula. "Que Deus conforte os que hoje, em todos os lugares do mundo, sofrem a dor dessa enorme perda. Em sua memória e em homenagem à sua obra, decreto luto de sete dias no Brasil. O Santo Padre se vai, mas suas mensagens seguirão gravadas em nossos corações." Veja o momento em que o Vaticano anuncia a morte do Papa Francisco Repercussão Veja abaixo as mensagens divulgadas por autoridades e políticos brasileiros: Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República "A humanidade perde hoje uma voz de respeito e acolhimento ao próximo. O Papa Francisco viveu e propagou em seu dia a dia o amor, a tolerância e a solidariedade que são a base dos ensinamentos cristãos. Assim como ensinado na oração de São Francisco de Assis, o argentino Jorge Bergoglio buscou de forma incansável levar o amor onde existia o ódio. A união, onde havia a discórdia. E a compreensão de que somos todos iguais, vivendo em uma mesma casa, o nosso planeta, que precisa urgentemente dos nossos cuidados. Com sua simplicidade, coragem e empatia, Francisco trouxe ao Vaticano o tema das mudanças climáticas. Criticou vigorosamente os modelos econômicos que levaram a humanidade a produzir tantas injustiças. Mostrou que esse mesmo modelo é que gera desigualdade entre países e pessoas. E sempre se colocou ao lado daqueles que mais precisam: os pobres, os refugiados, os jovens, os idosos e as vítimas das guerras e de todas as formas de preconceito. Nas vezes em que eu e Janja fomos abençoados com a oportunidade de encontrar o Papa Francisco e sermos recebidos por ele com muito carinho, pudemos compartilhar nossos ideais de paz, igualdade e justiça. Ideais de que o mundo sempre precisou. E sempre precisará. Que Deus conforte os que hoje, em todos os lugares do mundo, sofrem a dor dessa enorme perda. Em sua memória e em homenagem à sua obra, decreto luto de sete dias no Brasil O Santo Padre se vai, mas suas mensagens seguirão gravadas em nossos corações." Geraldo Alckmin, vice-presidente da República "É com grande tristeza que o mundo recebe hoje a notícia do falecimento do Papa Francisco. Sua simplicidade e seu humanismo são legados marcantes de um sacerdócio vivido como vocação para a universalidade cristã, que nos inspira a encontrar convergências, onde quer que se insista em divisões. Primeiro pontífice latino-americano, primeiro jesuíta a se tornar papa e primeiro papa a se chamar Francisco, evocando o que de mais precioso existe na cristandade - a humildade, a compaixão e a fraternidade - fez história ao inaugurar um novo tempo para a Igreja e ao apontar a perseverança pela igualdade, por meio da convivência harmoniosa do diálogo, como o caminho para a humanidade." Janja da Silva, primeira-dama "Acordamos com a triste notícia da partida do nosso amado Papa Francisco. Ele, que diariamente viveu para pregar a palavra da fraternidade, da solidariedade e da paz entre os povos nos deixa hoje, mas seus ensinamentos seguem em nossos corações para sempre. Um Papa latino que, com sua simplicidade e com o verdadeiro amor ao próximo, sempre esteve ao lado dos mais pobres, vulneráveis e marginalizados e que em sua última aparição pública, tão simbólica no domingo de Páscoa, dirigiu suas palavras ao povo de Gaza, ressaltando a situação humanitária dramática vivida pelos palestinos, e reforçando que não é possível haver paz no mundo sem um verdadeiro desarmamento. Levo diariamente comigo as palavras que me disse em nosso último encontro, em fevereiro deste ano, quando me entregou uma imagem dizendo: “Não deveria haver diferença entre os homens, todos devem se olhar nos olhos. O único momento em que devemos olhar para alguém de cima para baixo é para dar a mão e ajudar a essa pessoa a se reerguer”. A partida de Papa Francisco nos deixa um enorme vazio. Digo sempre que Francisco era uma grande fortaleza, um farol no meio de tantas trevas. Seguiremos vivendo o que ele sempre pregou, com muita fé, devoção e amor no coração. Descanse em paz! 🤍🙏" Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal A espiritualidade verdadeira é a expressão do bem, do amor e da paz, com sabedoria, tolerância e compaixão. O Papa Francisco encarnou essas virtudes como poucas lideranças nos dias de hoje. E a elas acrescentou o carisma e a empatia. A compreensão em lugar dos dogmas. Num tempo em que há muita escuridão, foi uma luz iluminando a humanidade. A história o reconhecerá como um dos maiores. Paulo Gonet, procurador-geral da República É com profunda tristeza que nos despedimos hoje do Papa Francisco. Líder de inestimável grandeza, mostrou a todos o poder da fé inabalável e da importância da defesa da dignidade humana. Sua Santidade deixa um legado de amor, humildade e esperança. A passagem de Mario Bergoglio por este mundo foi marcada por gestos de compaixão, palavras de sabedoria e um compromisso irrenunciável com os mais vulneráveis. O Papa Francisco sempre demonstrou coragem, guiando milhões de fiéis com ternura e firmeza. Que seu exemplo continue a inspirar gerações na trilha da justiça, da misericórdia e da paz." Jair Bolsonaro, ex-presidente "O mundo e os católicos se despedem daquele que ocupava uma das figuras mais simbólicas da fé cristã: o Papa. Mais que um líder religioso, o papado representa a continuidade de uma tradição milenar, guardiã de valores espirituais que moldaram civilizações. Para o Brasil e o mundo, a figura do Papa sempre foi sinal de unidade, esperança e orientação moral. Sua partida nos convida à reflexão e à renovação da fé, lembrando-nos da força da espiritualidade como guia para tempos de incerteza." Flávio Dino, ministro do Supremo Tribunal Federal O Papa Francisco integra, com destaque eterno, a história da nossa Igreja Católica. Foi um exemplar Cristão latino-americano. Lembro suas tão necessárias palavras: “ 1. «FRATELLI TUTTI»:[1] escrevia São Francisco de Assis, dirigindo-se a seus irmãos e irmãs para lhes propor uma forma de vida com sabor a Evangelho. Destes conselhos, quero destacar o convite a um amor que ultrapassa as barreiras da geografia e do espaço; nele declara feliz quem ama o outro, «o seu irmão, tanto quando está longe, como quando está junto de si».[2] Com poucas e simples palavras, explicou o essencial duma fraternidade aberta, que permite reconhecer, valorizar e amar todas as pessoas independentemente da sua proximidade física, do ponto da terra onde cada uma nasceu ou habita. 2. Este Santo do amor fraterno, da simplicidade e da alegria, que me inspirou a escrever a encíclica Laudato si’, volta a inspirar-me para dedicar esta nova encíclica à fraternidade e à amizade social. Com efeito, São Francisco, que se sentia irmão do sol, do mar e do vento, sentia-se ainda mais unido aos que eram da sua própria carne. Semeou paz por toda a parte e andou junto dos pobres, abandonados, doentes, descartados, dos últimos. “ Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal "Diante de um mundo de intolerância e ódio, Francisco nos deixou lições que transcendem a fé: acolher o próximo, semear a inclusão e combater a desigualdade. Seu legado na defesa dos mais vulneráveis o tornou um farol de paz e fraternidade mesmo nos momentos mais difíceis." Morre o Papa Francisco Davi Alcolumbre, presidente do Senado (União-AP) "É com profunda tristeza que recebo a notícia do falecimento de Sua Santidade, o Papa Francisco. Neste momento de luto e tristeza, o Congresso Nacional do Brasil une-se em solidariedade à comunidade católica em todo o mundo, à Santa Sé e a todos aqueles que tiveram suas vidas tocadas pelo papado de Francisco. Como Presidente do Senado e do Congresso Nacional e, como judeu, expresso a minha mais profunda admiração e respeito pela vida e obra do Papa. Em 2019 tive a honra de assistir a uma missa celebrada pelo Papa Francisco, e essa experiência me deixou uma marca profunda. Sua presença, sua palavra e sua benção ficarão para sempre em minha memória. Papa Francisco foi um líder espiritual de grande coragem, que pregou o respeito, o perdão e a caridade. Sua luta e seu serviço aos mais necessitados em todos os cantos do planeta inspirou milhões de pessoas. Que sua herança espiritual permaneça como seu maior legado e que o amor que tanto pregou influencie o mundo a trabalhar pela justiça, pela paz e respeito entre os povos. Que Jorge Mario Bergoglio,o Papa Francisco, descanse em paz." Hugo Motta, presidente da Câmara (Republicanos-PB) "Poucos líderes foram tão marcantes para mim como o Jorge Mário Bergoglio. Papa Francisco foi o primeiro jesuíta e o primeiro latino a ocupar o posto mais alto da Igreja. Porém, para mim, o que mais marcou sua passagem foram as transformações que ele promoveu. Francisco foi o símbolo do diálogo, do acolhimento, da compreensão e, principalmente, da inclusão. Foi o papa que abriu a Igreja e a colocou no século XXI. Um líder que ficará na história pela força dos seus gestos. Eu e minha família seguiremos em oração por este líder que foi símbolo de esperança e justiça. Sem dúvida um exemplo de vida e luta para todos nós." Gleisi Hoffmann, ministra de Relações Institucionais Com o coração apertado, nos despedimos do Papa Francisco. Liderou a Igreja com coragem, humildade e amor pelos que mais sofrem. Sua fé caminhava junto com a justiça, resgatando a esperança ao redor do mundo. Seus ensinamentos e posições permanecerāo entre nós. Siga em paz Francisco. Rui Costa, ministro da Casa Civil "Hoje, todo o mundo chora a morte do Papa Francisco. Tive a alegria de conhecer este homem simples e de gestos grandiosos que liderou a Igreja Católica com humildade, resiliência e amor. Que seja eterna sua memória e contribuição para um mundo mais justo e fraterno." Camilo Santana, ministro da Educação "Obrigado por tanto, Papa Francisco. Que Deus te receba em sua infinita misericórdia. O mundo, pelo qual o senhor lutou para deixar mais humano e justo, fica com seus ensinamentos sobre fé e amor aos que mais precisam." Fernando Haddad, ministro da Fazenda "O Papa que apontou um caminho para uma sociedade mais tolerante, justa, fraterna e solidária. Deixa um valoroso exemplo de vida." Do funeral ao Conclave: quais são os próximos passos da Igreja Católica após a morte do papa Francisco Luciana Santos, ministra de Ciência e Tecnologia "Lamentamos a perda do Papa Francisco, que morreu nesta segunda, aos 88 anos. Primeiro Pontífice latino-americano e jesuíta, Francisco buscou trazer uma mensagem de simplicidade, defesa dos mais humildes e marginalizados, e de luta pelas causas climáticas e humanitárias." Simone Tebet, ministra de Planejamento e Orçamento "Setembro de 2017, fomos a Cartagena. Ruas repletas, orações, louvores. De repente, acenando e nos abençoando, Papa Francisco. Aquele tempo medido pelo ponteiro dos segundos foi suficiente para inundar minha alma por um profundo sentimento de paz e sem que me desse conta meu rosto estava molhado por lágrimas que sequer percebi caindo. Hoje, o Papa Francisco desfila no infinito do céu, não antes de pedir, em sua última oração, por paz. Que os senhores da guerra se sensibilizem ante o aceno pacificador do Papa Francisco; que de todos os telhados do poder saia uma fumaça branca e que à janela anunciem, finalmente: HABEMUS PAZ! Amém." Alexandre Padilha, ministro da Saúde "Papa Francisco, luz eterna. O Papa Francisco foi um grande defensor do acesso gratuito à saúde, durante toda a pandemia ergueu sua voz em favor da vacina contra o negacionismo, orou pelos doentes, pelos médicos e por todos os profissionais da saúde. Tive a graça de conhecer pessoalmente o Papa Francisco durante sua visita ao Rio de Janeiro. Francisco fez questão de visitar o nosso querido SUS — estivemos juntos em uma unidade de saúde que implantamos durante minha primeira gestão no Ministério da Saúde. Hoje nos despedimos de Francisco, que, como São Francisco de Assis, pregou o Evangelho com a própria vida. Que sua luz continue a iluminar os caminhos da Igreja. Descanse em paz, Papa Francisco." Renato Casagrande, governador do Espírito Santo "Recebo com muita tristeza a notícia da partida do Santo Padre, Papa Francisco. Ele nos deixa um legado de simplicidade, compaixão e coragem, uma Igreja próxima dos mais vulneráveis e firmemente posicionada diante dos grandes desafios da política mundial. Gratidão eterna, Papa". Randolfe Rodrigues, líder do governo no Congresso Nacional (PT-AP) É com o coração profundamente entristecido e a alma em oração que recebo a notícia do falecimento de Sua Santidade, o Papa Francisco, ocorrido nesta segunda-feira, 21 de abril de 2025, aos 88 anos, na Casa Santa Marta, no Vaticano. Como senador da República e, acima de tudo, como cristão, uno-me à dor da Igreja e de todos os fiéis ao redor do mundo. O Papa Francisco foi um verdadeiro pastor, cuja vida foi dedicada à promoção da paz, da justiça social e da dignidade humana. Sua liderança espiritual transcendeu fronteiras, tocando corações e inspirando ações em prol dos mais necessitados. Recordo com emoção suas palavras e gestos de humildade, que nos ensinaram o verdadeiro significado do amor cristão. Seu compromisso com os marginalizados e sua incansável luta por um mundo mais justo permanecerão como legado eterno. Neste momento de luto, elevo minhas preces para que Deus, em Sua infinita misericórdia, acolha o Papa Francisco em Seu Reino Celestial. Que o Espírito Santo conforte os corações enlutados e guie a igreja na escolha de um novo sucessor de Pedro, que continue a missão de amor e serviço iniciada por Francisco. Descanse em paz, Santo Padre. Seu exemplo permanecerá vivo em nossos corações e ações." José Guimarães, líder do governo na Câmara (PT-CE) "Um líder humanista que cuidou da Igreja católica como nenhum outro. Nos deixa muita saudade, mas sobretudo referência de vida e de amor ao próximo. Descanse em paz, Papa Francisco." Arthur Lira, deputado federal (PP-AL) "O Brasil e o mundo amanheceram tristes com a notícia da morte do Papa Francisco. Líder da Igreja Católica, Francisco nos deixa um legado de amor ao próximo, de determinação na luta pelo fim dos conflitos, de preocupação com o planeta." Duda Salabert, deputada federal (PDT-MG) "Perdemos hoje uma das vozes mais humanas da fé. Papa Francisco foi uma luz progressista que criticou o fascismo, defendeu os pobres, acolheu minorias e denunciou a destruição do planeta. Hoje, o mundo perde mais que um líder religioso. Perde um símbolo de coragem." Frente Parlamentar Católica da Câmara "Com profunda dor e tristeza, a Frente Parlamentar Católica da Câmara dos Deputados se une à Igreja em todo o mundo pela Páscoa de Sua Santidade, o Papa Francisco, que acaba de ser chamado à eternidade. Em tempos confusos, Francisco resplandece como um testemunho de caridade pastoral, de serviço humilde e de firmeza na fé. Herdando o peso das chaves e a cruz da barca de Pedro, ele soube, com coragem, guiar a Igreja pelas águas revoltas de uma era desorientada, não pelo brilho fugaz dos discursos ou pela aprovação dos homens, mas pelo exemplo de suas atitudes e fidelidade ao chamado do Céu. Homem de oração e de gestos marcantes, Francisco compreendeu que a autoridade reside na coerência de uma vida ofertada. Seu pontificado, marcado por um zelo incansável pelos pobres, pelos descartados, pelos menores — ícones do próprio Cristo sofredor — foi expressão viva da misericórdia que não contradiz a verdade. Ainda que o mundo o tenha muitas vezes compreendido mal — ora exaltando-o por motivos terrenos, ora atacando-o por não ceder às pressões do espírito do tempo — os que veem com os olhos da fé reconhecem em seu pastoreio uma alma unida à Cruz, um coração consagrado à vontade do Pai e um olhar sempre voltado ao Alto, guiado por São José. Que Sua Santidade, após ter combatido o bom combate, possa descansar no Senhor, pois deixa na Igreja e em suas ovelhas a marca de um amor que ardeu até o fim. A Frente Parlamentar Católica, em espírito de oração, esperança e fé rende graças a Deus pelo dom da vida de Francisco e se compromete a continuar promovendo, na vida pública, os valores que ele incansavelmente reiterou: a dignidade inviolável da vida humana, o clamor da justiça e do bem comum, a sacralidade do matrimônio e da família, a Igreja em saída, o primado absoluto de Deus em todas as coisas. Papa Francisco, com seu coração rico em Misericórdia, rogai por nós neste Ano Jubilar da Esperança! Deputado Federal Luiz Gastão (PSD/CE) Presidente da Frente Parlamentar Católica na Câmara" LEIA TAMBÉM: Bem-humorado, torcedor do San Lorenzo e primeiro papa latino-americano: conheça a trajetória de Francisco Do funeral ao Conclave: quais são os próximos passos da Igreja Católica após a morte do papa Francisco VÍDEOS: brincadeiras, quebra de protocolos e a descontração do papa Francisco Pulmão, intestino e mais: os problemas de saúde enfrentados por Francisco VÍDEOS: 9 vídeos que resumem o papado de Francisco
- Papa Francisco: veja mensagens de autoridades sobre a morte; Lula decretou luto oficial de 7 diason 21 de abril de 2025 at 10:29
Primeiro pontífice latino-americano deixa legado de tolerância e diálogo. Promoveu reformas importantes, acolheu minorias e priorizou os pobres. Papa Francisco deixa legado de transformação na Igreja Católica Políticos e autoridades lamentaram nesta segunda-feira (21) a morte do papa Francisco. Jorge Mario Bergoglio morreu aos 88 anos às 7h35 desta segunda-feira (21) no horário do Vaticano (2h35, no horário de Brasília). O pontífice ocupou o cargo máximo da Igreja Católica por 12 anos. À frente da Igreja Católica por quase 12 anos, Francisco foi o papa número 266. Em 13 de março de 2013, durante o segundo dia do conclave para eleger o substituto de Bento XVI, Bergoglio foi escolhido como o novo líder – inclusive contra a sua própria vontade, segundo ele mesmo admitiu. Veja o momento em que o Vaticano anuncia a morte do Papa Francisco Veja abaixo as mensagens divulgadas por autoridades e políticos brasileiros: Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República "A humanidade perde hoje uma voz de respeito e acolhimento ao próximo. O Papa Francisco viveu e propagou em seu dia a dia o amor, a tolerância e a solidariedade que são a base dos ensinamentos cristãos. Assim como ensinado na oração de São Francisco de Assis, o argentino Jorge Bergoglio buscou de forma incansável levar o amor onde existia o ódio. A união, onde havia a discórdia. E a compreensão de que somos todos iguais, vivendo em uma mesma casa, o nosso planeta, que precisa urgentemente dos nossos cuidados. Com sua simplicidade, coragem e empatia, Francisco trouxe ao Vaticano o tema das mudanças climáticas. Criticou vigorosamente os modelos econômicos que levaram a humanidade a produzir tantas injustiças. Mostrou que esse mesmo modelo é que gera desigualdade entre países e pessoas. E sempre se colocou ao lado daqueles que mais precisam: os pobres, os refugiados, os jovens, os idosos e as vítimas das guerras e de todas as formas de preconceito. Nas vezes em que eu e Janja fomos abençoados com a oportunidade de encontrar o Papa Francisco e sermos recebidos por ele com muito carinho, pudemos compartilhar nossos ideais de paz, igualdade e justiça. Ideais de que o mundo sempre precisou. E sempre precisará. Que Deus conforte os que hoje, em todos os lugares do mundo, sofrem a dor dessa enorme perda. Em sua memória e em homenagem à sua obra, decreto luto de sete dias no Brasil O Santo Padre se vai, mas suas mensagens seguirão gravadas em nossos corações." Geraldo Alckmin, vice-presidente da República "É com grande tristeza que o mundo recebe hoje a notícia do falecimento do Papa Francisco. Sua simplicidade e seu humanismo são legados marcantes de um sacerdócio vivido como vocação para a universalidade cristã, que nos inspira a encontrar convergências, onde quer que se insista em divisões. Primeiro pontífice latino-americano, primeiro jesuíta a se tornar papa e primeiro papa a se chamar Francisco, evocando o que de mais precioso existe na cristandade - a humildade, a compaixão e a fraternidade - fez história ao inaugurar um novo tempo para a Igreja e ao apontar a perseverança pela igualdade, por meio da convivência harmoniosa do diálogo, como o caminho para a humanidade." Janja da Silva, primeira-dama "Acordamos com a triste notícia da partida do nosso amado Papa Francisco. Ele, que diariamente viveu para pregar a palavra da fraternidade, da solidariedade e da paz entre os povos nos deixa hoje, mas seus ensinamentos seguem em nossos corações para sempre. Um Papa latino que, com sua simplicidade e com o verdadeiro amor ao próximo, sempre esteve ao lado dos mais pobres, vulneráveis e marginalizados e que em sua última aparição pública, tão simbólica no domingo de Páscoa, dirigiu suas palavras ao povo de Gaza, ressaltando a situação humanitária dramática vivida pelos palestinos, e reforçando que não é possível haver paz no mundo sem um verdadeiro desarmamento. Levo diariamente comigo as palavras que me disse em nosso último encontro, em fevereiro deste ano, quando me entregou uma imagem dizendo: “Não deveria haver diferença entre os homens, todos devem se olhar nos olhos. O único momento em que devemos olhar para alguém de cima para baixo é para dar a mão e ajudar a essa pessoa a se reerguer”. A partida de Papa Francisco nos deixa um enorme vazio. Digo sempre que Francisco era uma grande fortaleza, um farol no meio de tantas trevas. Seguiremos vivendo o que ele sempre pregou, com muita fé, devoção e amor no coração. Descanse em paz! 🤍🙏" Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal A espiritualidade verdadeira é a expressão do bem, do amor e da paz, com sabedoria, tolerância e compaixão. O Papa Francisco encarnou essas virtudes como poucas lideranças nos dias de hoje. E a elas acrescentou o carisma e a empatia. A compreensão em lugar dos dogmas. Num tempo em que há muita escuridão, foi uma luz iluminando a humanidade. A história o reconhecerá como um dos maiores. Jair Bolsonaro, ex-presidente "O mundo e os católicos se despedem daquele que ocupava uma das figuras mais simbólicas da fé cristã: o Papa. Mais que um líder religioso, o papado representa a continuidade de uma tradição milenar, guardiã de valores espirituais que moldaram civilizações. Para o Brasil e o mundo, a figura do Papa sempre foi sinal de unidade, esperança e orientação moral. Sua partida nos convida à reflexão e à renovação da fé, lembrando-nos da força da espiritualidade como guia para tempos de incerteza." Paulo Gonet, procurador-geral da República É com profunda tristeza que nos despedimos hoje do Papa Francisco. Líder de inestimável grandeza, mostrou a todos o poder da fé inabalável e da importância da defesa da dignidade humana. Sua Santidade deixa um legado de amor, humildade e esperança. A passagem de Mario Bergoglio por este mundo foi marcada por gestos de compaixão, palavras de sabedoria e um compromisso irrenunciável com os mais vulneráveis. O Papa Francisco sempre demonstrou coragem, guiando milhões de fiéis com ternura e firmeza. Que seu exemplo continue a inspirar gerações na trilha da justiça, da misericórdia e da paz." Flávio Dino, ministro do Supremo Tribunal Federal O Papa Francisco integra, com destaque eterno, a história da nossa Igreja Católica. Foi um exemplar Cristão latino-americano. Lembro suas tão necessárias palavras: “ 1. «FRATELLI TUTTI»:[1] escrevia São Francisco de Assis, dirigindo-se a seus irmãos e irmãs para lhes propor uma forma de vida com sabor a Evangelho. Destes conselhos, quero destacar o convite a um amor que ultrapassa as barreiras da geografia e do espaço; nele declara feliz quem ama o outro, «o seu irmão, tanto quando está longe, como quando está junto de si».[2] Com poucas e simples palavras, explicou o essencial duma fraternidade aberta, que permite reconhecer, valorizar e amar todas as pessoas independentemente da sua proximidade física, do ponto da terra onde cada uma nasceu ou habita. 2. Este Santo do amor fraterno, da simplicidade e da alegria, que me inspirou a escrever a encíclica Laudato si’, volta a inspirar-me para dedicar esta nova encíclica à fraternidade e à amizade social. Com efeito, São Francisco, que se sentia irmão do sol, do mar e do vento, sentia-se ainda mais unido aos que eram da sua própria carne. Semeou paz por toda a parte e andou junto dos pobres, abandonados, doentes, descartados, dos últimos." Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal "Diante de um mundo de intolerância e ódio, Francisco nos deixou lições que transcendem a fé: acolher o próximo, semear a inclusão e combater a desigualdade. Seu legado na defesa dos mais vulneráveis o tornou um farol de paz e fraternidade mesmo nos momentos mais difíceis." Morre o Papa Francisco Davi Alcolumbre, presidente do Senado (União-AP) "É com profunda tristeza que recebo a notícia do falecimento de Sua Santidade, o Papa Francisco. Neste momento de luto e tristeza, o Congresso Nacional do Brasil une-se em solidariedade à comunidade católica em todo o mundo, à Santa Sé e a todos aqueles que tiveram suas vidas tocadas pelo papado de Francisco. Como Presidente do Senado e do Congresso Nacional e, como judeu, expresso a minha mais profunda admiração e respeito pela vida e obra do Papa. Em 2019 tive a honra de assistir a uma missa celebrada pelo Papa Francisco, e essa experiência me deixou uma marca profunda. Sua presença, sua palavra e sua benção ficarão para sempre em minha memória. Papa Francisco foi um líder espiritual de grande coragem, que pregou o respeito, o perdão e a caridade. Sua luta e seu serviço aos mais necessitados em todos os cantos do planeta inspirou milhões de pessoas. Que sua herança espiritual permaneça como seu maior legado e que o amor que tanto pregou influencie o mundo a trabalhar pela justiça, pela paz e respeito entre os povos. Que Jorge Mario Bergoglio,o Papa Francisco, descanse em paz." Hugo Motta, presidente da Câmara (Republicanos-PB) "Poucos líderes foram tão marcantes para mim como o Jorge Mário Bergoglio. Papa Francisco foi o primeiro jesuíta e o primeiro latino a ocupar o posto mais alto da Igreja. Porém, para mim, o que mais marcou sua passagem foram as transformações que ele promoveu. Francisco foi o símbolo do diálogo, do acolhimento, da compreensão e, principalmente, da inclusão. Foi o papa que abriu a Igreja e a colocou no século XXI. Um líder que ficará na história pela força dos seus gestos. Eu e minha família seguiremos em oração por este líder que foi símbolo de esperança e justiça. Sem dúvida um exemplo de vida e luta para todos nós." Gleisi Hoffmann, ministra de Relações Institucionais Com o coração apertado, nos despedimos do Papa Francisco. Liderou a Igreja com coragem, humildade e amor pelos que mais sofrem. Sua fé caminhava junto com a justiça, resgatando a esperança ao redor do mundo. Seus ensinamentos e posições permanecerāo entre nós. Siga em paz Francisco. Rui Costa, ministro da Casa Civil "Hoje, todo o mundo chora a morte do Papa Francisco. Tive a alegria de conhecer este homem simples e de gestos grandiosos que liderou a Igreja Católica com humildade, resiliência e amor. Que seja eterna sua memória e contribuição para um mundo mais justo e fraterno." Camilo Santana, ministro da Educação "Obrigado por tanto, Papa Francisco. Que Deus te receba em sua infinita misericórdia. O mundo, pelo qual o senhor lutou para deixar mais humano e justo, fica com seus ensinamentos sobre fé e amor aos que mais precisam." Fernando Haddad, ministro da Fazenda "O Papa que apontou um caminho para uma sociedade mais tolerante, justa, fraterna e solidária. Deixa um valoroso exemplo de vida." Do funeral ao Conclave: quais são os próximos passos da Igreja Católica após a morte do papa Francisco Luciana Santos, ministra de Ciência e Tecnologia "Lamentamos a perda do Papa Francisco, que morreu nesta segunda, aos 88 anos. Primeiro Pontífice latino-americano e jesuíta, Francisco buscou trazer uma mensagem de simplicidade, defesa dos mais humildes e marginalizados, e de luta pelas causas climáticas e humanitárias." Simone Tebet, ministra de Planejamento e Orçamento "Setembro de 2017, fomos a Cartagena. Ruas repletas, orações, louvores. De repente, acenando e nos abençoando, Papa Francisco. Aquele tempo medido pelo ponteiro dos segundos foi suficiente para inundar minha alma por um profundo sentimento de paz e sem que me desse conta meu rosto estava molhado por lágrimas que sequer percebi caindo. Hoje, o Papa Francisco desfila no infinito do céu, não antes de pedir, em sua última oração, por paz. Que os senhores da guerra se sensibilizem ante o aceno pacificador do Papa Francisco; que de todos os telhados do poder saia uma fumaça branca e que à janela anunciem, finalmente: HABEMUS PAZ! Amém." Alexandre Padilha, ministro da Saúde "Papa Francisco, luz eterna. O Papa Francisco foi um grande defensor do acesso gratuito à saúde, durante toda a pandemia ergueu sua voz em favor da vacina contra o negacionismo, orou pelos doentes, pelos médicos e por todos os profissionais da saúde. Tive a graça de conhecer pessoalmente o Papa Francisco durante sua visita ao Rio de Janeiro. Francisco fez questão de visitar o nosso querido SUS — estivemos juntos em uma unidade de saúde que implantamos durante minha primeira gestão no Ministério da Saúde. Hoje nos despedimos de Francisco, que, como São Francisco de Assis, pregou o Evangelho com a própria vida. Que sua luz continue a iluminar os caminhos da Igreja. Descanse em paz, Papa Francisco." Renato Casagrande, governador do Espírito Santo "Recebo com muita tristeza a notícia da partida do Santo Padre, Papa Francisco. Ele nos deixa um legado de simplicidade, compaixão e coragem, uma Igreja próxima dos mais vulneráveis e firmemente posicionada diante dos grandes desafios da política mundial. Gratidão eterna, Papa". Randolfe Rodrigues, líder do governo no Congresso Nacional (PT-AP) É com o coração profundamente entristecido e a alma em oração que recebo a notícia do falecimento de Sua Santidade, o Papa Francisco, ocorrido nesta segunda-feira, 21 de abril de 2025, aos 88 anos, na Casa Santa Marta, no Vaticano. Como senador da República e, acima de tudo, como cristão, uno-me à dor da Igreja e de todos os fiéis ao redor do mundo. O Papa Francisco foi um verdadeiro pastor, cuja vida foi dedicada à promoção da paz, da justiça social e da dignidade humana. Sua liderança espiritual transcendeu fronteiras, tocando corações e inspirando ações em prol dos mais necessitados. Recordo com emoção suas palavras e gestos de humildade, que nos ensinaram o verdadeiro significado do amor cristão. Seu compromisso com os marginalizados e sua incansável luta por um mundo mais justo permanecerão como legado eterno. Neste momento de luto, elevo minhas preces para que Deus, em Sua infinita misericórdia, acolha o Papa Francisco em Seu Reino Celestial. Que o Espírito Santo conforte os corações enlutados e guie a igreja na escolha de um novo sucessor de Pedro, que continue a missão de amor e serviço iniciada por Francisco. Descanse em paz, Santo Padre. Seu exemplo permanecerá vivo em nossos corações e ações." José Guimarães, líder do governo na Câmara (PT-CE) "Um líder humanista que cuidou da Igreja católica como nenhum outro. Nos deixa muita saudade, mas sobretudo referência de vida e de amor ao próximo. Descanse em paz, Papa Francisco." Arthur Lira, deputado federal (PP-AL) "O Brasil e o mundo amanheceram tristes com a notícia da morte do Papa Francisco. Líder da Igreja Católica, Francisco nos deixa um legado de amor ao próximo, de determinação na luta pelo fim dos conflitos, de preocupação com o planeta." Duda Salabert, deputada federal (PDT-MG) "Perdemos hoje uma das vozes mais humanas da fé. Papa Francisco foi uma luz progressista que criticou o fascismo, defendeu os pobres, acolheu minorias e denunciou a destruição do planeta. Hoje, o mundo perde mais que um líder religioso. Perde um símbolo de coragem." Frente Parlamentar Católica da Câmara "Com profunda dor e tristeza, a Frente Parlamentar Católica da Câmara dos Deputados se une à Igreja em todo o mundo pela Páscoa de Sua Santidade, o Papa Francisco, que acaba de ser chamado à eternidade. Em tempos confusos, Francisco resplandece como um testemunho de caridade pastoral, de serviço humilde e de firmeza na fé. Herdando o peso das chaves e a cruz da barca de Pedro, ele soube, com coragem, guiar a Igreja pelas águas revoltas de uma era desorientada, não pelo brilho fugaz dos discursos ou pela aprovação dos homens, mas pelo exemplo de suas atitudes e fidelidade ao chamado do Céu. Homem de oração e de gestos marcantes, Francisco compreendeu que a autoridade reside na coerência de uma vida ofertada. Seu pontificado, marcado por um zelo incansável pelos pobres, pelos descartados, pelos menores — ícones do próprio Cristo sofredor — foi expressão viva da misericórdia que não contradiz a verdade. Ainda que o mundo o tenha muitas vezes compreendido mal — ora exaltando-o por motivos terrenos, ora atacando-o por não ceder às pressões do espírito do tempo — os que veem com os olhos da fé reconhecem em seu pastoreio uma alma unida à Cruz, um coração consagrado à vontade do Pai e um olhar sempre voltado ao Alto, guiado por São José. Que Sua Santidade, após ter combatido o bom combate, possa descansar no Senhor, pois deixa na Igreja e em suas ovelhas a marca de um amor que ardeu até o fim. A Frente Parlamentar Católica, em espírito de oração, esperança e fé rende graças a Deus pelo dom da vida de Francisco e se compromete a continuar promovendo, na vida pública, os valores que ele incansavelmente reiterou: a dignidade inviolável da vida humana, o clamor da justiça e do bem comum, a sacralidade do matrimônio e da família, a Igreja em saída, o primado absoluto de Deus em todas as coisas. Papa Francisco, com seu coração rico em Misericórdia, rogai por nós neste Ano Jubilar da Esperança! Deputado Federal Luiz Gastão (PSD/CE) Presidente da Frente Parlamentar Católica na Câmara"
- Denúncia do golpe: STF julga 'núcleo 2' nesta semana; relembre denúncia da PGRon 21 de abril de 2025 at 05:00
Ministros da Primeira Turma vão definir se pedido de abertura de ação penal quanto a 6 acusados deve ser ou não aceito pela Corte. Se recebido, envolvidos no caso vão se tornar réus. A denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados por participação na tentativa de golpe de Estado em 2022 foi apresentada em fevereiro desde ano pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Com base em investigações realizadas pela Polícia Federal — reunidas em um relatório entregue no fim do ano passado — a PGR apresentou ao Supremo cinco pedidos de abertura de ação penal. ➡️No último dia 11, o Supremo abriu uma ação penal contra Jair Bolsonaro e mais sete aliados acusados de tramar para manter o ex-presidente no poder, apesar do resultado das urnas. Este núcleo, chamado de "crucial" está na etapa das prévias. Réu por golpe de Estado, alvo de outras investigações e inelegível: a situação jurídica de Bolsonaro Jair Bolsonaro é o 1º ex-presidente a se tornar réu por atentar contra a democracia Nesta semana, os ministros irão julgar o chamado "núcleo 2", que teria atuado no gerenciamento de ações para o golpe. No total, foram acusadas 34 pessoas, divididas em cinco núcleos. São elas: Fernando de Sousa Oliveira, delegado da Polícia Federal (PF) e ex-secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública (SSP); Marcelo Costa Câmara, coronel da reserva e ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro; Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor especial de Assuntos Internacionais de Bolsonaro; Marília Ferreira de Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça na gestão de Anderson Torres; Mário Fernandes, ex-número dois da Secretaria-Geral da Presidência, general da reserva e homem de confiança de Bolsonaro; Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF); Crimes O órgão de cúpula do Ministério Público apontou que houve cinco crimes: ➡️abolição violenta do Estado Democrático de Direito: acontece quando alguém tenta "com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais". A pena varia de 4 a 8 anos de prisão. ➡️golpe de Estado: fica configurado quando uma pessoa tenta "depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído". A punição é aplicada por prisão, no período de 4 a 12 anos. ➡️organização criminosa: quando quatro ou mais pessoas se reúnem, de forma ordenada e com divisão de tarefas, para cometer crimes. Pena de 3 a 8 anos. ➡️dano qualificado: destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia, com violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima. Pena de seis meses a três anos. ➡️deterioração de patrimônio tombado: destruir, inutilizar ou deteriorar bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial. Pena de um a três anos. PGR apresenta argumentos que sustentam denúncia contra 'núcleo crucial'; veja a íntegra O que disse a PGR Na denúncia, o procurador-geral Paulo Gustavo Gonet Branco afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) liderou uma organização criminosa que praticou "atos lesivos" contra a ordem democrática e que estava baseada em um "projeto autoritário de poder". A acusação apontou que o ex-presidente, junto a Alexandre Ramagem, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, o ex-comandante do Exército Paulo Sérgio Nogueira e o ex-ministro da Casa Civil Walter Souza Braga Netto formaram o "núcleo crucial da organização criminosa". Foto de arquivo de 12/08/2021 mostra o então presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), conversando com o então ministro da Defesa, general Braga Netto, emcerimônia de cumprimento aos oficiais recém-promovidos, no Palácio do Planalto, em Brasília. A Polícia Federal indiciou Bolsonaro, o deputado federal e ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) Alexandre Ramagem, os generais Heleno e Braga Netto, e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, no inquérito que apura tentativa de golpe de Estado após o resultado das eleições presidenciais de 2022. Além deles, foram indiciadas mais de 30 pessoas. Gabriela Biló/ESTADÃO CONTEÚDO Segundo a PGR, "deles partiram as principais decisões e ações de impacto social", ou seja, a série de ações para tentar impedir a mudança de governo. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid também fazia parte desse núcleo - atuava como "porta-voz" de Bolsonaro e transmitia "orientações aos demais membros do grupo". De acordo com a PGR, a organização criminosa estava enraizada na própria estrutura do Estado e "com forte influência de setores militares". Além disso, tinha uma ordem hierárquica e contava com divisão de tarefas preponderantes entre seus integrantes. Outros pedidos Além da condenação pelos crimes, a denúncia lista outros pedidos. ➡️Reparação de danos: a PGR pediu que o Supremo condene o grupo a uma indenização por danos, mas não sugeriu um valor. Este montante só será definido se, ao final de todo o curso do processo, houver a condenação pelo Supremo e os ministros entenderem que a reparação é necessária. Para ajudar na definição do valor, a PGR pediu que sejam anexados ao processo documentos que comprovam os danos causados pelos atos de 8 de janeiro. Entre eles, relatórios dos estragos feitos por autoridades dos Três Poderes. ➡️Medidas cautelares: o Ministério Público também defendeu que sejam mantidas as medidas cautelares fixadas contra os denunciados. Para a PGR, as restrições de direitos "permanecem necessárias e adequadas". "O conhecimento dos réus acerca das graves imputações que lhes foram feitas reforça a necessidade de se resguardar a ordem pública, a aplicação da lei penal e a higidez da instrução processual", defendeu Gonet. O ex-presidente Bolsonaro, por exemplo, está com o passaporte apreendido. ➡️Preservação do acordo de delação de Mauro Cid: a PGR solicitou ainda que sejam mantidas as cláusulas do acordo de colaboração firmado com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid. A proposta é manter o acerto até o fim da instrução do processo, momento em que a PGR vai avaliar os benefícios que podem ser aplicados ao Cid, por ter colaborado com as apurações. ➡️Testemunhas: se a denúncia for aceita, a PGR quer ouvir, na fase de instrução o processo, seis testemunhas. Entre elas, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e os comandantes do Exército e da Aeronáutica à época, Marco Antônio Freire Gomes e Carlos de Almeida Baptista Junior.
- Denúncia do golpe: entenda por que a análise da acusação ocorre na Primeira Turma do STFon 21 de abril de 2025 at 05:00
Em 2023, uma mudança nas regras internas da Corte restabeleceu a competência das Turmas para analisar investigações e processos em que se apura se houve crime. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) vai começar a analisar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra seis envolvidos na tentativa de golpe de Estado de 2022. Estátua 'A Justiça', de Alfredo Ceschiatti, pichada por vândalos do 8 de janeiro, em frente à sede do STF, em Brasília Joédson Alves/Agência Brasil O grupo faz parte de um dos núcleos acusados pela Procuradoria-Geral da República de participação na tentativa de ruptura democrática. Eles estão no “núcleo 2”, acusado do gerenciamento de ações ilícitas. São eles: Fernando de Sousa Oliveira, delegado da Polícia Federal (PF) e ex-secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública (SSP); Marcelo Costa Câmara, coronel da reserva e ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro; Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor especial de Assuntos Internacionais de Bolsonaro; Marília Ferreira de Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça na gestão de Anderson Torres; Mário Fernandes, ex-número dois da Secretaria-Geral da Presidência, general da reserva e homem de confiança de Bolsonaro; Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O colegiado conta com cinco ministros – além do relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, fazem parte do grupo os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e o presidente da turma, Cristiano Zanin. O g1 explica porque o tema está sob análise da Primeira Turma. Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal. Antonio Augusto/STF Competência das Turmas Em 2023, uma mudança nas regras internas da Corte restabeleceu a competência das Turmas para analisar casos penais, ou seja, investigações e processos em que se apura se houve crime. Assim, estes colegiados voltaram a ter a atribuição de analisar matérias deste tipo, desde que apresentados após a mudança na norma. Este é o caso da denúncia contra os envolvidos na tentativa de golpe, que chegou ao STF em fevereiro de 2025. Com isso, se o relator faz parte de uma Turma, quando ele libera o tema para julgamento, remete ao colegiado ao qual faz parte. Como o ministro Alexandre de Moraes compõe a Primeira Turma, a acusação fica sob a responsabilidade dela. Ainda pelas regras da Corte, o relator pode decidir afetar o caso ao plenário, mudando o local de julgamento. A maioria da Turma também pode decidir neste sentido, caso o relator submeta a questão à análise colegiada, por exemplo. 'Pedir vênia', 'document dumping', 'fishing expedition': o que significam termos usados no julgamento da denúncia do golpe Denúncia Neste primeiro momento, o colegiado vai decidir se a denúncia será recebida, ou seja, se há elementos mínimos para iniciar uma ação penal. Se isso ocorrer, o grupo se transforma em réu e passa a responder a um processo. O julgamento que vai definir condenação ou absolvição só ocorre após a tramitação do procedimento. ➡️No último dia 11, o Supremo abriu uma ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados por participação na tentativa de golpe de Estado. Este núcleo, chamado de "crucial" está na etapa das prévias.
- Denúncia do golpe: quem são os ministros que vão decidir sobre julgamento contra o 'núcleo 2'on 21 de abril de 2025 at 05:00
Colegiado vai analisar se denúncia contra 6 dos 34 acusados de participação na tentativa de golpe de Estado deve ser transformada em processo penal. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir, a partir da próxima terça-feira (22), se recebe ou não a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra 6 acusados de envolvimento na tentativa de golpe de Estado em 2022. O grupo faz parte de um dos núcleos apontados pela PGR como participantes de uma organização criminosa voltada para realizar ataques ao Estado Democrático de Direito. ➡️No último dia 11, o Supremo abriu uma ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados acusados de tramar um golpe para manter o ex-presidente no poder. Este núcleo, chamado de "crucial" está na etapa das prévias. Processo que tem Bolsonaro e sete aliados réus por tentativa de golpe de Estado já tem os próximos passos definidos Nesta semana, os ministros irão julgar o chamado "núcleo 2", que teria atuado no gerenciamento de ações para o golpe. No total, foram acusadas 34 pessoas, divididas em cinco núcleos. Fazem parte deste grupo de acusados: Fernando de Sousa Oliveira, delegado da Polícia Federal (PF) e ex-secretário-executivo da Secretaria de Segurança Pública (SSP); Marcelo Costa Câmara, coronel da reserva e ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro; Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor especial de Assuntos Internacionais de Bolsonaro; Marília Ferreira de Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça na gestão de Anderson Torres; Mário Fernandes, ex-número dois da Secretaria-Geral da Presidência, general da reserva e homem de confiança de Bolsonaro; Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF); Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF, durante depoimento à CPI dos Atos Golpistas Evaristo SA / AFP O colegiado vai avaliar se deve ser recebido o pedido de abertura de uma ação penal. Se isso ocorrer, os envolvidos podem se tornar réus no tribunal. O g1 explica o que é, como funciona e quem faz parte da Primeira Turma. Como são formadas as Turmas do STF? O Supremo Tribunal Federal conta com 11 ministros. Além do plenário, o tribunal tem duas Turmas, cada uma formada por cinco ministros. Primeira Turma: Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia. Segunda Turma: Edson Fachin, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, André Mendonça e Nunes Marques. Pelas regras internas, o presidente Supremo não participa das Turmas. A composição das Turmas pode mudar com o ingresso de um novo ministro na Corte ou a pedido de magistrados que já estão no tribunal. No primeiro caso, o novo ministro ocupa a cadeira na Turma onde estava seu antecessor. No segundo caso, o pedido de troca de um ministro de uma Turma pode ser atendido se houver vaga na outra. Os ministros se revezam na presidência das Turmas por um ano. Os dois colegiados julgam alguns tipos de processos que chegam ao tribunal. Entre eles, pedidos de liberdade de presos, além de recursos em matérias de vários ramos do Direito que podem ter alguma relação com as previsões da Constituição. Como são definidas as regras de competência de julgamento do plenário e das Turmas? O Regimento do Supremo — ou seja, as regras internas de funcionamento da Corte — estabelecem a quem cabe julgar quais casos. 🔎O plenário é responsável, por exemplo, por processos como as ações constitucionais, ações penais contra o presidente da República, parlamentares e outras autoridades, recursos que tramitam pelo sistema de repercussão geral. 🔎Já as Turmas julgam pedidos de liberdade, ações penais e recursos em geral. O que o STF estabeleceu em termos de competência para o julgamento de ações penais? Em 2023, uma mudança nas regras internas da Corte restabeleceu a competência das Turmas para analisar casos penais, ou seja, investigações e processos em que se apura se houve crime. Assim, estes colegiados voltaram a ter a atribuição de analisar matérias deste tipo, desde que apresentados após a mudança na norma. Este é o caso da denúncia contra os envolvidos na tentativa de golpe, apresentada em fevereiro de 2025. Com isso, se o relator faz parte de uma Turma, quando ele libera o tema para julgamento, remete ao colegiado ao qual faz parte. Como o ministro Alexandre de Moraes compõe a Primeira Turma, a acusação fica sob a responsabilidade dela. O que a Primeira Turma vai decidir? Caberá à Primeira Turma avaliar se a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra os envolvidos na tentativa de golpe de Estado deve ser recebida. É uma etapa que pode determinar o prosseguimento do caso na Corte. Se os ministros entenderem que o pedido não deve ser admitido, ele é arquivado. Se considerarem que a denúncia deve ser recebida, será aberta uma ação penal, em que o grupo será réu. A partir daí, começa a tramitação do processo, com a coleta de depoimentos e outras provas. Encerrada esta fase, o caso vai a julgamento. Só neste segundo momento os ministros decidem se o grupo deve ser absolvido ou condenado. Na primeira situação, o processo é arquivado. Na segunda, é fixada uma pena para cada um.
- Há 40 anos morria Tancredo Neves, presidente que não tomou posse mas virou peça-chave da redemocratizaçãoon 21 de abril de 2025 at 03:00
Eleito no colégio eleitoral, Tancredo seria o primeiro civil a presidir o país após 21 anos de ditadura. Internado na véspera da posse, passou por série de cirurgias e morreu em 21 de abril de 1985. Tancredo Neves não tomou posse, mas entrou para a história Tancredo de Almeida Neves morreu há 40 anos, em 21 de abril de 1985, como presidente da República eleito. Não tomou posse no cargo, mas sua principal obra política foi executada com sucesso: a devolução do poder à população civil, encerrando duas décadas de ditadura militar (1964-1985). Opositor do regime, Tancredo catalisou esperanças e conduziu a costura final da transição de poder. "Articulador", "arquiteto" e "fiador da redemocratização" são termos usados para descrever o político mineiro – um senhor calvo, estrategista, comunicativo, contador de causos e contrário aos extremos. “A trajetória dele identifica o mais autêntico liberal, defensor permanente da democracia. Não foi a luta armada, não foi o radicalismo verborrágico de alguns políticos que conseguiram terminar com o governo militar. Foi a negociação política”, avalia o historiador Antônio Barbosa. Escolhido pelo voto indireto para suceder o general João Figueiredo na Presidência da República, Tancredo foi hospitalizado na véspera da posse com fortes dores abdominais. Após sete cirurgias e 39 dias de uma agonia compartilhada com o país, morreu em São Paulo, aos 75 anos. “Lamento informar que o excelentíssimo senhor presidente da República, Tancredo de Almeida Neves, faleceu esta noite, no Instituto do Coração [InCor], às 10 horas e 23 minutos [22h23]”, anunciou o porta-voz Antônio Britto, em um comunicado transmitido ao vivo para todo o Brasil. Tancredo Neves, em foto de arquivo Reprodução/TV Globo Passadas quatro décadas, Britto acredita que falta ao Brasil buscar os consensos como ensinou Tancredo. “Política é o exercício do diálogo e o diálogo é necessário quando se faz entre quem pensa diferente”, diz o ex-porta-voz. Britto testemunhou a comoção nas ruas, com milhares de pessoas a acompanhar o périplo do esquife do presidente por São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e São João del-Rei. Cenas de pessoas aos prantos e de semblantes desolados se replicaram pelo país. Antonio Britto relembra anúncio da morte de Tancredo Neves “A morte de Tancredo foi o centro dos acontecimentos que levaram, naquele instante, o Brasil à maior comoção da sua história”, afirma o ex-presidente José Sarney, que era vice na chapa de Tancredo. Ex-aliado da ditadura, Sarney dirigia o governo desde 15 de março e assumiu em definitivo a tarefa de Tancredo: convocou a assembleia que redigiu a Constituição de 1988 e entregou, em março de 1990, o poder a Fernando Collor, o primeiro presidente eleito pelo voto direto desde 1960. Ministro de Getúlio Vargas Tancredo nasceu em 4 de março de 1910 em São João del-Rei, um dos 12 filhos de Francisco Paula Neves e Antonina de Almeida Neves. Cresceu em uma família de comerciantes abastados, políticos e militares. Formou-se em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e voltou à sua cidade, onde se casou com Risoleta, com quem teve três filhos. Tancredo iniciou a carreira política como vereador em São João del-Rei (1935-1937), foi deputado estadual (1947-1950) e deputado federal (1951-1953). Tancredo Neves durante discurso, em foto de julho de 1984 Antonio Lúcio/Estadão Conteúdo/Arquivo No Rio de Janeiro, então capital federal, foi nomeado ministro da Justiça do segundo governo de Getúlio Vargas (1951-1954). Estava no Palácio do Catete quando o presidente se matou com um tiro. Ouviu o estampido e se deparou com Vargas sem vida no quarto da ala residencial. Primeiro-ministro Tancredo foi aliado de Juscelino Kubitschek. Em 1955, auxiliou na tratativa que desarmou um golpe para impedir a posse do conterrâneo como presidente. O político também foi secretário de finanças de Minas Gerais e, em 1960, perdeu a eleição para o governo estadual. Em seguida, foi escalado para resolver uma das maiores crises da República. Em agosto de 1961, o presidente Jânio Quadros renunciou. Militares e adversários políticos do vice, João Goulart, se opuseram à posse, o impasse beirou o conflito armado e Tancredo foi enviado ao Uruguai, onde convenceu o novo presidente a aceitar o regime parlamentarista, que durou até 1963. Tancredo foi primeiro-ministro de setembro de 1961 a junho de 1962, o mais alto cargo que exerceu em sua carreira. Tancredo Neves, primeiro ministro de João Goulart, tem seu nome inscrito em termo de posse conjunto de 1961 Senado Federal Agência Senado/Divulgação Ditadura militar Deputado outra vez, Tancredo estava no Congresso no dia 2 de abril de 1964, quando o presidente do Senado, Auro de Moura Andrade, declarou vaga a Presidência da República – mesmo com João Goulart no país. 🗣️ O mineiro esbravejou “canalha’, “canalha” contra a decisão que endossou o golpe. “Ele defende a democracia, principalmente se você pensar que não fazia parte do bloco progressista ou dos grupos de esquerda que apoiam João Goulart”, destaca a historiadora Heloisa Starling. 🚫 A ditadura, com cinco generais como presidentes ao longo de 21 anos, foi marcada pela ausência de eleições diretas para presidente e pela repressão violenta, com cassações, censura à imprensa, tortura e assassinato de opositores e períodos de fechamento do Congresso. Com a imposição do bipartidarismo, Tancredo ingressou no MDB, legenda contrária ao regime. Fez oposição dentro das regras da ditadura, desviando das cassações e criando pontes com militares. “Ele acreditava que política é, antes de tudo, negociação. Negociação em que se avança e se retrocede, mas sem jamais se afastar dos seus princípios”, relata o historiador Antônio Barbosa. Tancredo Neves não tomou posse, mas entrou para a história Diretas Já Tancredo se reelegeu deputado até conquistar uma cadeira no Senado, em 1978. Após a vitória, afirmou ao jornal “Folha de S. Paulo” que temia que radicalismos atrapalhassem o caminho até a democracia: “Temos que reunir uma poderosa aliança democrática, a fim de conjurar tais perigos”. 🗳️ Em 1982, Tancredo se elegeu governador de Minas Gerais. Apoiou a campanha das “Diretas Já”, pela volta da eleição direta para presidente, porém entendia que o caminho viável para vitória da oposição seria o voto indireto no colégio eleitoral, conforme relatou em 1983 ao “Jornal do Brasil”: “a campanha pelas diretas é necessária, mas lírica. E o PMDB necessita instrumentalizar-se para a negociação possível.” 🗳️ A emenda Dante de Oliveira, como ficou conhecida a proposta para determinar o voto direto na eleição de 1985, não obteve o quórum de aprovação, mas criou o ambiente pró-redemocratização. “Tancredo tinha uma leitura que aquele era um movimento cívico de enorme potencial e havia se transformado no maior do Brasil. E essa mobilização popular toda das Diretas Já foi canalizada para o projeto da oposição de voltar ao poder”, explica o historiador Ronaldo Costa Couto. Movimento das 'Diretas Já' completou 40 anos em 2024 Vitória no colégio eleitoral Tancredo se tornou o candidato da oposição. O deputado Ulysses Guimarães, uma das principais lideranças do PMDB, não tinha o mesmo trânsito com parlamentares governistas e enfrentava maior resistência de militares, muitos deles contrários à redemocratização. Com o slogan “Muda Brasil. Tancredo Já”, a campanha contra o governista Paulo Maluf prosperou. O senador José Sarney trocou o PDS, aliado do regime, pelo MDB para ser o vice da chapa. Composto por deputados, senadores e delegados dos estados, o colégio eleitoral se reuniu em 15 de janeiro de 1985 no plenário da Câmara dos Deputados. Foram 480 votos para Tancredo, contra 180 de Maluf. Tancredo comemorou de mãos erguidas e entrelaçadas com Risoleta e Ulysses. Em seguida, discursou. Anunciou que aquela era a “última eleição indireta do país” e que vinha “em nome da conciliação” para “realizar urgentes e corajosas mudanças políticas, sociais e econômicas”. O presidente eleito assumiu o compromisso de buscar uma nova Constituição, de combater à inflação e gerar empregos. Reconheceu o papel das Forças Armadas naquele momento de transição e defendeu a política e a democracia, pilares da Nova República que se anunciava. “Reencontramos, depois de ilusões perdidas e pesados sacrifícios, o bom e velho caminho democrático. Não há pátria onde falta democracia”, disse. ‘Brasil em Constituição’: o futuro da democracia brasileira Internação às pressas e agonia de um país A cerca de 12 horas da posse, marcada para manhã de 15 de março no Congresso, Tancredo foi internado no Hospital de Base, em Brasília, com dores abdominais. A equipe médica optou pela cirurgia. Um país incrédulo acompanhou aquela saga. Antes da cirurgia foi divulgado que Tancredo sofria de apendicite aguda, diagnóstico mudado para diverticulite. Na verdade, a cirurgia retirou um leiomioma benigno, um tumor do intestino do presidente. Duas décadas depois, em 2005, o Fantástico revelou que os médicos divulgaram o laudo falso diante do receio da cúpula do novo governo de que a transição fosse barrada pelos militares. “O doutor Tancredo foi o fiador da transição. Foi uma transição negociada, e ele permitia unir os que lutavam pela democracia e obter apoios entre os que tinham participado do regime militar”, diz Antônio Britto. Após uma madrugada de negociações, Sarney foi empossado vice e ficou como presidente em exercício. Último general a governar o país, João Figueiredo se recusou a passar a faixa por considerar Sarney um traidor. Marco da redemocratização do Brasil, posse de José Sarney completa 40 anos Nação em luto A retirada do tumor não foi suficiente, e Tancredo foi operado novamente em Brasília. Em 25 de março, posou para fotos ao lado de Risoleta e dos médicos. À noite, sofreu uma hemorragia no intestino. O presidente foi transferido para o Instituto do Coração (InCor), em São Paulo. Submetido a outras cinco cirurgias, não reagiu e seus órgãos foram parando. Morreu em 21 de abril de 1985, Dia de Tiradentes, de “síndrome da resposta inflamatória sistêmica”, conforme revelou o Fantástico. Multidões acompanharam o cortejo de Tancredo em São Paulo e Brasília. No dia 22 de abril, o artífice da redemocratização subiu a rampa do Palácio do Planalto em um caixão. Foi velado no prédio onde deveria estar governando. O esquife ainda passou por Belo Horizonte antes do repouso no cemitério aos fundos da Igreja de São Francisco, em São João del-Rei. Um ano depois, Sarney sancionou a lei que deu a Tancredo status de ex-presidente. Passados 40 anos, o vice alçado a presidente avalia que foi possível “construir uma engenharia política” para mostrar às diferentes forças políticas a importância da democracia e prosseguir com a transição. “A democracia não morreu nas minhas mãos. Pelo contrário, ela floresceu”, celebra Sarney. José Sarney (ao centro, de bigode preto) toma posse após morte de Tancredo Neves Agência Senado
- Barroso rebate críticas da revista 'The Economist' e defende atuação do STFon 20 de abril de 2025 at 18:33
Para publicação inglesa, Alexandre de Moraes tem poder excessivo e Supremo deve agir com 'moderação'. Presidente da Corte, por outro lado, diz que Brasil vive 'democracia plena, com Estado de direito e respeito aos direitos fundamentais' O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso STF O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, divulgou uma nota neste sábado (19) na qual rebateu pontos de um texto publicado pela revista inglesa "The Economist" na quarta-feira (16). A publicação inglesa afirmou que a desinformação no Brasil é grande e que a democracia sofreu ataques do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas que o ministro Alexandre de Moraes comete alguns excessos. O texto da "Economist" também diz que as normas brasileiras dão muito poder e muita visibilidade aos integrantes do Supremo. "O enfoque dado na matéria corresponde mais à narrativa dos que tentaram o golpe de Estado do que ao fato real de que o Brasil vive uma democracia plena, com Estado de direito, freios e contrapesos e respeito aos direitos fundamentais", afirmou Barroso na nota publicada em português e em inglês. A "Economist" diz que "Bolsonaro, um agitador de extrema-direita, supostamente planejou um golpe para permanecer no poder após perder a eleição em 2022". Mas a democracia brasileira também tem "outro problema: juízes com poder excessivo". A revista lista as ameaças à democracia feitas por apoiadores do ex-presidente, como os ataques de 8 de janeiro de 2023 às sedes dos três Poderes, em Brasília, a tentativa de explodir uma bomba no aeroporto da capital federal na véspera do Natal de 2022 e o plano para assassinar o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice, Geraldo Alckmin, conforme apontado pela investigação da Polícia Federal. A "Economist" afirma, porém, que Bolsonaro deveria ser julgado pelo plenário do STF, composto por todos os 11 ministros, e não pela Primeira Turma, formada por cinco magistrados, incluindo Moraes. Barroso rebateu esse ponto afirmando que o julgamento pela turma segue a regra em vigor atualmente. "A regra de procedimento penal em vigor no Tribunal é a de que ações penais contra altas autoridades seja julgada por uma das duas turmas do tribunal, e não pelo plenário. Mudar isso é que seria excepcional. Quase todos os ministros do tribunal já foram ofendidos pelo ex-presidente. Se a suposta animosidade em relação a ele pudesse ser um critério de suspeição, bastaria o réu atacar o tribunal para não poder ser julgado. O ministro Alexandre de Moraes cumpre com empenho e coragem o seu papel, com o apoio do tribunal, e não individualmente", escreveu Barroso. Sobre Moraes, a publicação inglesa diz que ele "tem travado uma cruzada contra o discurso antidemocrático online, exercendo poderes extraordinariamente expansivos". "No ano passado, ele [Moraes] ordenou que o X, uma plataforma de mídia social de propriedade de Elon Musk, removesse centenas de contas pró-Bolsonaro", relembra a "Economist". A esse respeito, Barroso destacou que o X (antigo Twitter) "foi suspenso do Brasil por haver retirado os seus representantes legais do país, e não em razão de qualquer conteúdo publicado. E assim que voltou a ter representante, foi restabelecido." A publicação inglesa também criticou as decisões tomadas por um único ministro do Supremo, chamadas de decisões monocráticas. "Um único juiz pode unilateralmente emitir decisões com repercussões sérias. O Supremo Tribunal Federal frequentemente intervém porque as outras instituições do Brasil fazem seu trabalho de forma inadequada. O Congresso há muito tempo está sentado sobre um projeto de lei que estabeleceria regras claras para o discurso online", diz a "Economist". Segundo Barroso, contudo, "as chamadas decisões individuais ou 'monocráticas' foram posteriormente ratificadas pelos demais juízes" do tribunal. Por fim, a revista inglesa propõe que o Supremo Tribunal Federal exerça "moderação". Leia abaixo a íntegra da nota publicada pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso. Nota à revista The Economist Acerca da matéria “Brazil’s Supreme Court is on trial”, venho esclarecer alguns pontos. A reportagem narra algumas das ameaças sofridas pela democracia no Brasil, embora não todas. Entre elas se incluem a invasão da sede dos três Poderes da República por uma multidão insuflada por extremistas; acampamentos de milhares de pessoas em portas de quartéis pedindo a deposição do presidente eleito; tentativa de atentado terrorista a bomba no aeroporto de Brasília; e tentativa de explosão de uma bomba no Supremo Tribunal Federal. E, claro, uma alegada tentativa de golpe, com plano de assassinato do presidente, do vice-presidente e de um ministro do tribunal. Os responsáveis estão sendo processados criminalmente, com o devido processo legal, como reconhece a matéria. Foi necessário um tribunal independente e atuante para evitar o colapso das instituições, como ocorreu em vários países do mundo, do leste Europeu à América Latina. A pesquisa DataFolha mais recente revela que, somados os que confiam muito (24%) e os que confiam um pouco (35%) no STF, a maioria confia no Tribunal. Não existe uma crise de confiança. As chamadas decisões individuais ou “monocráticas” foram posteriormente ratificadas pelos demais juízes. O X (ex-Twitter) foi suspenso do Brasil por haver retirado os seus representantes legais do país, e não em razão de qualquer conteúdo publicado. E assim que voltou a ter representante, foi restabelecido. Todas as decisões de remoção de conteúdo foram devidamente motivadas e envolviam crime, instigação à prática de crime ou preparação de golpe de Estado. O presidente do Tribunal nunca disse que a corte “defeated Bolsonaro”. Foram os eleitores. Um outro ponto: a regra de procedimento penal em vigor no Tribunal é a de que ações penais contra altas autoridades seja julgada por uma das duas turmas do tribunal, e não pelo plenário. Mudar isso é que seria excepcional. Quase todos os ministros do tribunal já foram ofendidos pelo ex-presidente. Se a suposta animosidade em relação a ele pudesse ser um critério de suspeição, bastaria o réu atacar o tribunal para não poder ser julgado. O ministro Alexandre de Moraes cumpre com empenho e coragem o seu papel, com o apoio do tribunal, e não individualmente. O enfoque dado na matéria corresponde mais à narrativa dos que tentaram o golpe de Estado do que ao fato real de que o Brasil vive uma democracia plena, com Estado de direito, freios e contrapesos e respeito aos direitos fundamentais.
- Lula parabeniza Hugo Calderano por título inédito na Copa do Mundo de Tênis de Mesa: 'Muito feliz com o feito'on 20 de abril de 2025 at 15:42
Mesatenista venceu líder do ranking mundial e conquistou Copa do Mundo da modalidade em Macau, na China. Hugo Calderano, atleta do tênis de mesa, em imagem de arquivo Stephanie Lecocq/Reuters O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou neste domingo (20), nas redes sociais, o título inédito do mesatenista brasileiro Hugo Calderano, conquistado em Macau, na China. 🏓 Calderano foi o primeiro atleta de fora da Ásia e da Europa a chegar em uma final e a vencer o torneio. A modalidade é dominada, historicamente, por atletas asiáticos. 🏓 A final durou menos de uma hora. Atual número 5 do ranking mundial, Calderano venceu o chinês Lin Shidong (líder do ranking) por 4 sets a 1. "Muito feliz com o feito inédito do Hugo Calderano em Macau, na Copa do Mundo de Tênis de Mesa. Num torneio com 48 dos melhores competidores internacionais, o brasileiro levou pela primeira vez um jogador das Américas à decisão e ao título ao vencer, neste domingo de Páscoa, o chinês Lin Shidong, número 1 do ranking mundial", escreveu Lula. "Desempenho incrível do atleta top 5 do mundo que há quase 15 anos tem o apoio do Bolsa Atleta do Governo Federal. Parabéns, Hugo Calderano. Muito orgulho! 🏓", completou. 💰 Citado por Lula, o Bolsa Atleta é um programa de incentivo do governo federal para atletas de alto rendimento. O valor mensal, de R$ 3.437 para atletas olímpicos e paralímpicos, pode ser usado para custear passagens, hospedagem, material e treinamento. Olimpíadas 2024: 9 em cada 10 atletas da delegação brasileira recebem Bolsa Atleta; especialistas veem valor ainda baixo Hugo Calderano está na final da Copa do Mundo de tênis de mesa
- Bolsonaro completa uma semana pós-cirurgia com 'pressão controlada', mas segue na UTI sem previsão de altaon 20 de abril de 2025 at 14:03
Ex-presidente passou por cirurgia de 12 horas, no último dia 13, para corrigir complicações no intestino. Boletim de sábado informou 'episódio de alteração da pressão arterial'. O ex-presidente Jair Bolsonaro tem "pressão controlada" e "boa evolução clínica" neste domingo (20), informou o hospital DF Star. Bolsonaro está internado na unidade desde o último fim de semana. No domingo anterior (13), passou por uma cirurgia de 12 horas para liberar aderências intestinais e reconstruir a parede abdominal. Neste sábado (19), o boletim médico chegou a informar um "episódio de alteração da pressão arterial", que já teria sido "normalizado". Internado há uma semana, Bolsonaro segue na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), sem receber visitas e sem previsão de alta. "Continua em jejum oral e com nutrição parenteral [por sonda] exclusiva. Segue intensificando diariamente a fisioterapia motora e as medidas de reabilitação", informaram os médicos. O procedimento cirúrgico foi realizado para tratamento de uma "suboclusão intestinal" – uma obstrução parcial do intestino causada por aderências formadas após múltiplas cirurgias anteriores, em decorrência da facada que levou em 2018. Pela manhã, Bolsonaro publicou uma foto nas redes sociais em que aparece sem as bandagens no tórax, com uma cicatriz à mostra. "Hoje pela manhã retiraram o curativo na área dos pontos centrais para limpeza e averiguação da situação, além de dreno na lateral esquerda de meu abdômen", escreveu na legenda. O ex-presidente também cita, no post, "sessões diárias e mais acentuadas de fisioterapia para acelerar minha recuperação". Bolsonaro em ato na Avenida Paulista, em 6 de abril de 2025 Miguel Schincariol/AFP Caminhadas pelo hospital Em vídeos publicados ao longo da semana, Bolsonaro apareceu caminhando com a ajuda de um andador e foi acompanhado pela equipe médica. Depois, em outro registro, o ex-presidente apareceu acompanhado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro durante uma caminhada. Segundo a equipe médica, Bolsonaro apresenta estabilidade clínica, sem dor, sangramentos ou outras intercorrências. Após cirurgia de 12 horas, Bolsonaro aparece andando acompanhado de equipe médica Procedimento complexo Segundo o cardiologista da equipe, Leandro Echenique, esta cirurgia – a sétima desde o atentado – está entre "as mais complexas" feitas no ex-presidente. A longa duração do procedimento, inclusive, já era esperada. 👨⚕️ Durante a cirurgia, os médicos identificaram que a obstrução intestinal era causada por uma dobra no intestino delgado, que dificultava o trânsito intestinal. O problema foi corrigido com a liberação de aderências. Bolsonaro publica foto de cicatriz, uma semana após cirurgia Arquivo pessoal