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  • É #FATO: jacaré de três metros é achado entre pneus de avião militar e capturado nos EUA; VÍDEO
    on 25 de abril de 2024 at 07:01

    O animal foi encontrado entre os pneus de uma aeronave na base da Força Aérea nos EUA. Ele foi solto logo depois no rio Hillsborough. Jacaré 'invade' Base Aérea dos EUA na Flórida Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que um aligátor – espécie de jacaré americano – é capturado na pista de uma base aérea na Flórida, ao lado de um avião militar. É #FATO. g1 O episódio ocorreu na segunda-feira (22) e foi relatado por jornais profissionais. O animal foi encontrado entre os pneus de uma aeronave na Base da Força Aérea de MacDill. As cenas mostram o animal, de aproximadamente três metros de comprimento, próximo a uma aeronave. Após o flagrante, ele foi amarrado e removido por agentes da comissão de conservação da fauna e flora da Flórida. O bicho foi solto logo depois no rio Hillsborough. Os jornais apontam que jacarés são presenças constantes na Base da Força Aérea de MacDill. O frequentador mais famoso é Elvis, um jacaré de cerca de 3,6 metros conhecido por frequentar um campo de golfe dentro da base. Em um perfil no Facebook, a base confirmou que o animal foi realocado com sucesso e sugeriu, de forma bem humorada, que Elvis, o jacaré residente, pode ter afastado o recém-chegado. É #FATO: réptil de três metros é flagrado e preso em pista de base aérea na Florida; veja o vídeo reprodução Fato ou Fake Explica: VEJA outras checagens feitas pela equipe do FATO ou FAKE Adicione nosso número de WhatsApp +55 (21) 97305-9827 (após adicionar o número, mande uma saudação para ser inscrito)

  • Em entrevista, autoridade do Hamas diz que grupo abandonará armas se Israel concordar com criação de Estado Palestino
    on 25 de abril de 2024 at 06:52

    À Associated Press, Khalil Al-Hayya disse que grupo se tornaria político e formaria um governo unificado, com trégua de 5 anos ou mais. Dificilmente proposta seria considerada por Israel. Khalil Al-Hayya, uma importante autoridade política do Hamas, em entrevista à Associated Press Khalil Hamra/AP Khalil Al-Hayya, uma alta autoridade política ligada ao Hamas, disse em uma entrevista à Associated Press que o grupo terrorista está disposto a se desarmar e impor uma trégua de 5 anos ou mais, se Israel concordar com a criação de um Estado Palestino independente. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A entrevista foi publicada nesta quinta-feira (25). Khalil Al-Hayya disse ainda que, nesse cenário, o Estado da Palestina seria estabelecido baseado nas "fronteiras pré-1967", ou antes da Guerra dos Seis Dias. Apesar de a proposta do Hamas indicar uma concessão importante ao prometer desarmamento, é pouco provável que Israel considere aceitar uma negociação do tipo. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, já afirmou ser contrário à criação de um Estado Palestino. Al-Hayya participou das negociações que garantiram um cessar-fogo temporário entre Israel e Hamas, além da troca de reféns, em novembro de 2023. À Associated Press, ele afirmou que o Hamas deseja aderir à Organização para a Libertação da Palestina — atualmente liderada pelos rivais do Fatah — e criar um governo unificado para a Faixa de Gaza e Cisjordânia. Em um cenário em que Israel aceitasse a criação da Palestina e devolvesse refugiados palestinos de acordo com resoluções internacionais, o líder político disse que a ala militar do Hamas se dissolveria. "Todas as experiências das pessoas que lutaram contra ocupantes, quando se tornaram independentes e obtiveram seus direitos e seu Estado, o que essas forças fizeram? Elas se tornaram partidos políticos, e suas forças de defesa se tornaram o exército nacional", disse ele. Por outro lado, Al-Hayya não disse se a "Solução de Dois Estados" seria um ponto final no conflito ou se seria apenas um passo no objetivo declarado do grupo de destruir Israel. A guerra entre Israel e o Hamas começou no dia 7 de outubro de 2023, após o grupo terrorista lançar um ataque e invadir o território israelense, resultando na morte de centenas de pessoas. Por outro lado, segundo o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas, o conflito já provocou a morte de mais de 34 mil palestinos. Gif com mapas sobre a disputa por território na região da Palestina Arte/g1 Operação em Rafah As falas da autoridade política do Hamas coincidem com a preparação de Israel para uma ofensiva em Rafah, no sul de Gaza, onde mais de 1 milhão de palestinos estão refugiados. Os Estados Unidos já demonstraram preocupação com tal ofensiva. Por outro lado, Israel defende que a operação é necessária para vencer o Hamas. Já Al-Hayya afirmou que uma ofensiva israelense em Rafah não conseguiria destruir o grupo terrorista. Segundo ele, em mais de seis meses de guerra, Israel destruiu menos de 20% das capacidades do Hamas. “Se eles não conseguem acabar [com o Hamas], qual é a solução? A solução é chegar a um consenso.” A tensão em universidades dos EUA após prisões de estudantes que protestavam contra guerra em Gaza Acordo de cessar-fogo Durante a entrevista à Associated Press, Al-Hayya negou que o Hamas não esteja levando a sério as negociações para um novo acordo de cessar-fogo, travado há meses. O político afirmou que o Hamas tem feito concessões em relação ao número de reféns que poderia libertar. Por outro lado, demonstrou desconfiança. "Se não tivermos a certeza de que a guerra vai acabar, por que entregaríamos os prisioneiros?" disse se referindo aos reféns restantes. VÍDEOS: mais assistidos do g1

  • Aos 60 anos, modelo argentina vence concurso de beleza e pode virar candidata ao Miss Universo
    on 25 de abril de 2024 at 05:30

    Antes de ir para a competição internacional, Alejandra Rodríguez precisa ser eleita 'Miss Argentina'. Etapa nacional está marcada para o dia 25 de maio. Alejandra Rodríguez tem 60 anos e vai disputar o Miss Argentina Marcos Gomez/AFP Uma argentina de 60 anos venceu a edição do Miss Universo da província de Buenos Aires, no domingo (21). Agora, a modelo Alejandra Rodríguez irá para a disputa nacional. Se vencer o Miss Argentina, poderá representar o país na edição internacional do Miss Universo. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp "Foi uma decisão bastante pensada, mas, graças à diretora do Miss Universo Buenos Aires, decidi me inscrever aos 60 anos", disse Alejandra Rodríguez ao canal TN, nesta terça-feira (24). Para disputar o Miss Universo internacional, Alejandra precisa vencer as demais 27 finalistas da etapa nacional do Miss Universo Argentina. A competição acontecerá no dia 25 de maio, em Buenos Aires. Aos 60 anos, Alejandra Rodríguez sonha em disputar o Miss Universo Marcos Gomez/AFP Advogada e jornalista, a agora modelo vive e trabalha na cidade de La Plata e foi estreante na competição regional. Esta foi a primeira vez que a disputa ocorreu sem ter limite de idade. "Eu nunca havia me inscrito. Agora surgiu essa oportunidade e me pareceu um desafio, uma proposta muito interessante", contou Alejandra. "A beleza não é apenas o físico, e sim tem a ver com a atitude perante a vida, que vai além da estética. Por isso, acho que o concurso veio para quebrar esses estereótipos, e é isso que está lhe dando tanta visibilidade." O concurso Miss Universo, criticado por muito tempo por promover ideias ultrapassadas e estereotipadas de feminilidade, é realizado desde 1952. Alejandra Rodríguez foi eleita Miss Universo Buenos Aires e disputará concurso nacional Marcos Gomez/AFP VÍDEOS: mais assistidos do g1

  • VÍDEO: Mais de 100 baleias-piloto encalham em praia turística da Austrália
    on 25 de abril de 2024 at 05:13

    Essa é a segunda vez em menos de um ano que baleias-piloto encalham na costa australiana. Especialistas montaram força-tarefa para resgatar animais. Mais de 100 baleias-piloto encalham em praia da Austrália Equipes de resgate estão fazendo uma operação para tentar salvar cerca de 140 baleias que encalharam em uma praia na costa sudoeste de Austrália, nesta quinta-feira (25). Segundo especialistas, mais de 20 animais não resistiram e morreram. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Essa é a segunda vez em menos de um ano que baleias-piloto encalham na costa australiana. Em julho de 2023, quase 100 animais morreram após ficarem presos em uma praia remota na Austrália Ocidental. Desta vez, o grupo encalhou em uma praia de águas rasas popular entre os turistas. As autoridades informaram que profissionais foram enviados para a região, incluindo veterinários e cientistas marinhos. Apesar da força-tarefa, o Departamento de Biodiversidade, Conservação e Atrações da Austrália Ocidental afirmou que, com base em casos anteriores, o resgate dos animais deve ser muito difícil. “Estes eventos geralmente resultam na eutanásia dos animais encalhados como o resultado mais humano”, disse o porta-voz do órgão. As baleias-piloto são conhecidas pelos laços sociais e união forte entre os membros de um mesmo grupo. Por isso, quando uma delas acaba encalhando, as restantes a seguem. Baleias-piloto encalhadas na costa da Austrália, em 25 de abril de 2024 Australian Broadcasting Corporation/Reuters VÍDEOS: mais assistidos do g1

  • VÍDEO: Protesto pró-Palestina em universidade de Los Angeles tem confusão com a polícia e estudantes presos
    on 25 de abril de 2024 at 03:01

    Campus da Universidade do Sul da Califórnia precisou ser fechado após ação da polícia. Protestos semelhantes acontecem em outras regiões dos Estados Unidos. Policiais prendem manifestantes pró-Palestina em universidade dos EUA Estudantes foram presos durante um protesto pró-Palestina em uma universidade de Los Angeles, nos Estados Unidos, nesta quarta-feira (24). Um vídeo mostra uma confusão entre policiais e manifestantes. Assista acima. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O protesto aconteceu na Universidade do Sul da Califórnia. A instituição afirmou que a polícia estava conduzindo uma operação no campus para dispersar manifestantes e avisou que prisões poderiam acontecer. Cerca de meia-hora depois, a universidade anunciou que o campus estava sendo fechado. Estudantes que estavam dentro da instituição seriam autorizados a sair. Imagens aéreas gravadas por uma emissora da TV dos Estados Unidos registraram o momento em que policiais tentaram abordar dois estudantes. Na sequência, começou um empurra-empurra. Uma outra imagem mostrou o momento em que a polícia prendeu alguns manifestantes. O número exato de prisões não foi divulgado pelas autoridades. A ação desta quarta-feira na Califórnia faz parte de uma onda de protestos que está acontecendo em universidades dos Estados Unidos nos últimos dias. Diante do crescimento do movimento, as instituições têm buscado apoio das autoridades policiais. Manifestações semelhantes aconteceram em diversas instituições mundialmente conhecidas, como as universidades de Columbia, Yale e de Nova York. Mais de 100 pessoas foram presas. Ainda nesta quarta-feira, estudantes também foram detidos na Universidade de Austin, no Texas. Por lá, a polícia entrou no campus com bastões e cavalos. A tensão em universidades dos EUA após prisões de estudantes que protestavam contra guerra em Gaza Estudantes montaram acampamento durante protesto pró-Palestina na Universidade do Sul da Califórnia, nos EUA REUTERS/David Swanson Os protestos Os estudantes estão protestando contra a violência na Faixa de Gaza e a favor de um cessar-fogo na região. Entre as reivindicações dos manifestantes também está o rompimento de laços financeiros entras as universidades e Israel. Os manifestantes consideram a relação com Israel insustentável e repudiam a campanha militar do país em Gaza, onde mais de 34 mil pessoas morreram desde outubro, de acordo com dados do governo controlado pelo Hamas. Uma parte dos estudantes judeus afirma não se sentir segura dentro das universidades. Por outro lado, há judeus que também fazem parte do movimento pró-Palestina. VÍDEOS: mais assistidos do g1

  • Presidente de Portugal fala em reparação ao Brasil por escravidão; entenda o que significa na prática
    on 25 de abril de 2024 at 03:00

    O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, disse na terça-feira (23) que seu país tem responsabilidade sobre crimes da era colonial, como tráfico de pessoas na África, massacres a indígenas e bens saqueados. Por ora, a fala não tem efeito prático e gerou críticas do partido Chega, de extrema direita. Presidente de Portugal diz que país deve pagar preço pela escravidão e crimes coloniais O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, disse na noite de terça-feira (23) que o país foi responsável por uma série de crimes contra escravos e indígenas no Brasil na era colonial e que o Estado português deveria reparar danos causados nesse período. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Esta foi a primeira vez que um presidente de Portugal -- que é o chefe de Estado no país -- reconhece a culpa. No ano passado, Rebelo de Sousa disse que Portugal deveria se desculpar pela escravidão transatlântica e pelo colonialismo, mas não chegou a pedir desculpas completas. O presidente de Portugal não tem as mesmas atribuições que o presidente do Brasil, por exemplo. Lá, as funções executivas e decisórias ficam com o primeiro-ministro, eleito pelo Parlamento. Portugal foi o país que mais traficou africanos na era colonial. Foram quase 6 milhões deles, quase a metade do total de pessoas escravizadas à época pelos países europeus. Os principais destinos foram o Brasil e Caribe. Nesta reportagem, você vai ver: O que disse Marcelo Rebelo? Qual o efeito prático de sua fala? Qual foi a repercussão em Portugal e no Brasil Impacto da escravização Algum país já promoveu iniciativas similares de reparação? O que o presidente português disse? Marcelo Rebelo de Sousa falou sobre a dívida histórica de Portugal pela escravidão em conversa com correspondentes estrangeiros na noite de terça-feira (23). Ele também disse que sugeriu a seu governo fazer reparações pela escravidão e que seu país "assume total responsabilidade pelos danos causados", como massacres a indígenas, a escravidão de milhões de africanos e bens saqueados. "Temos que pagar os custos (pela escravidão). Há ações que não foram punidas e os responsáveis não foram presos? Há bens que foram saqueados e não foram devolvidos? Vamos ver como podemos reparar isso", declarou o presidente português. Na conversa, no entanto, Marcelo Rebelo não especificou de que forma a reparação será feita. Ele afirmou ainda que reconhecer o passado e assumir a responsabilidade por ele era mais importante do que pedir desculpas. "Pedir desculpas é a parte mais fácil", disse. A fala tem um efeito prático? Por ora, não. Em Portugal, o presidente é o chefe de Estado, que é o representante público mais elevado do país e tem poder mais simbólico do que prático. O primeiro-ministro Luis Montenegro é o chefe de governo do país, que representa a figura principal da política do país e governa de fato. Ele foi empossado em março. Uma eventual medida de reparação teria que passar pelo Parlamento português e ser assinada por Montenegro. Acontece que Montenegro, de centro-direita, não tem maioria; ele precisa do apoio da esquerda, por exemplo, para aprovar projetos importantes. O Chega, de extrema direita, já se manifestou contrário à ideia (veja mais abaixo). O jornal português "Expresso" relatou ter ouvido integrantes do governo, que, segundo a publicação, classificaram o tema de "tóxico" e "inoportuno". De toda forma, a fala de Marcelo Rebelo é importante por marcar a primeira vez que um presidente de Portugal reconhece a culpa pela escravidão e a colonização. Luis Montenegro em imagem de 18 de março de 2024 Patricia de Melo Moreira/AFP Repercussão em Portugal e no Brasil A fala do presidente Marcelo Rebelo gerou reações tanto em Portugal quanto no Brasil. O partido de extrema direita Chega classificou a proposta de Marcelo Rebelo como uma "vergonha" e uma "traição à pátria". O deputado André Ventura, líder do Chega, disse que, se fosse possível, o partido entraria com um pedido de destituição do presidente. "O que o Presidente da República disse hoje ao país é a maior traição à pátria e ao povo português de que há memória. Não esqueceremos", disse o partido Chega em publicação no X (antigo Twitter). Nas últimas eleições, em março, o Chega conquistou 48 cadeiras no Parlamento português, quadruplicando o número de assentos que ocupavam. Eles são agora a terceira força política do país. Já no Brasil, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, disse que a fala do presidente português, que considera a possibilidade de reparação dos custos decorrentes da escravidão e de crimes da era colonial, é "fruto de séculos de cobrança da população negra” e um "salto do debate e da importância [do assunto]". Impacto da escravização Durante mais de quatro séculos, pelo menos 12,5 milhões de africanos foram sequestrados, transportados à força por longas distâncias, principalmente por navios e comerciantes europeus, e vendidos como escravos. Os que sobreviviam à viagem foram enviados para trabalhar sem qualquer remuneração em plantações no Brasil e no Caribe. Portugal foi o país que mais traficou africanos na era colonial. Foram quase 6 milhões deles, quase a metade do total de pessoas escravizadas à época pelos países europeus. Até hoje, no entanto, autoridades do país falam pouco do crime, e as escolas também quase não abordam o papel de Portugal na escravidão transatlântica. Em vez disso, a era colonial de Portugal -- durante a qual países como Angola, Moçambique, Brasil, Cabo Verde e Timor Leste, além de partes da Índia, foram submetidos ao domínio português -- é frequentemente vista como uma fonte de orgulho. A ideia de pagar reparações ou tomar outras medidas pela escravidão transatlântica vem ganhando força em todo o mundo, incluindo esforços para estabelecer um tribunal especial sobre a questão. Algum país já promoveu iniciativas similares de reparação? Alguns países ao redor do mundo já tomaram ações de reparação histórica decorrentes de colonização ou escravização, mas ainda são poucos. Na Holanda, o primeiro-ministro Mark Rutte pediu desculpas em 2022 pelo envolvimento do país no comércio de escravos e anunciou a criação de um fundo de 200 milhões de euros (cerca de R$ 1,1 trilhão) para iniciativas, sobretudo no campo da educação, de combate ao legado da escravização em ex-colônias. No Canadá, o governo criou uma comissão de reconciliação com os povos indígenas locais e anunciaram em 2023 um pacote de indenização de US$17,35 bilhões (R$ 89,3 bilhões). A Organização das Nações Unidas (ONU) lançou em 2023 um relatório pedindo para que os países considerassem adotar reparações financeiras pelo período de escravidão. O relatório destacou que a dificuldade em viabilizar uma reivindicação legal de compensação financeira "não pode ser a base para anular a existência de obrigações legais devidas".

  • Caso da atriz pornô: quem são as figuras-chave do julgamento criminal de Trump; júri será retomado nesta quinta
    on 25 de abril de 2024 at 03:00

    Ex-editor de tabloide é primeira testemunha do caso envolvendo a compra de silêncio da ex-atriz pornô Stormy Daniels. Ex-presidente dos EUA é acusado de fraudar pagamentos de suborno para encobrir caso extraconjugal. Personagens-chave no julgamento criminal de Trump no caso da atriz pornô Stormy Daniels. Katia Shigeno/Globonews Após a escolha de 12 jurados do processo criminal contra o ex-presidente Donald Trump, a Justiça dos EUA começou a ouvir testemunhas do caso em que ele é acusado de falsificar documentos para omitir o pagamento pelo silêncio da ex-atriz pornô Stormy Daniels. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Este é o primeiro de quatro processos nos quais o republicano é réu. Trump se tornou o primeiro ex-presidente da história americana a enfrentar um julgamento criminal. O primeiro a ser ouvido foi o ex-editor do tabloide “The National Enquirer”, David Pecker, considerado uma testemunha-chave do caso. Pecker já iniciou seu depoimento e descreveu como a publicação "enterrava" histórias prejudiciais para Trump. Ele deve ser ouvido novamente nesta quinta (25). Além dele, outras figuras podem ser decisivas no julgamento das 34 acusações criminais de falsificação de registros comerciais. Veja abaixo alguns nomes de destaque no caso. Trump x Ex-Atriz Pornô: veja as personagens-chave do julgamento Stormy Daniels A ex-atriz pornô, diretora e produtora Stormy Daniels é a figura central na acusação contra Trump. Daniels alega que, pouco antes da eleição de 2016, o advogado de Trump, Michael Cohen, deu a ela um pagamento secreto de US$130 mil (cerca de R$ 669 mil) em troca do silêncio sobre um encontro sexual com o ex-presidente. Essa reunião teria acontecido 10 anos antes, em 2006. Segundo as investigações, Trump teria classificado falsamente os reembolsos a Cohen como despesas legais para encobrir o pagamento às vésperas da campanha eleitoral. O ex-presidente negou o encontro e atacou Stormy Daniels diversas vezes desde que o pagamento se tornou público, em 2018. LEIA TAMBÉM: Caso da atriz pornô: entenda por que o público não pode assistir ao julgamento de Donald Trump O que se sabe sobre homem que ateou fogo em si mesmo diante de tribunal que julga Trump em NY Julgamento de Trump: tabloide comprava e 'matava' histórias que prejudicavam ex-presidente, diz Promotoria; júri segue nesta terça Stormy Daniels durante uma cerimônia em sua homenagem em West Hollywood, na Califórnia, em 23 de maio Reuters/Mike Blake/File Photo Michael Cohen Ex-advogado de Trump e conhecido como “pitbull” do ex-presidente, Michael Cohen é agora uma das testemunhas principais do caso criminal. Cohen era alto executivo da imobiliária de Trump antes de se tornar seu advogado pessoal e mediador por mais de uma década – até ele mesmo ser alvo de problemas jurídicos pessoais. Michael Cohen foi condenado a 3 anos de prisão por violar as leis de financiamento de campanha eleitoral e por dar falso testemunho ao Congresso. Ele admitiu que o pagamento secreto a Stormy Daniels foi feito por ordem de Trump, que tentou encobrir o acordo por meio de uma série de reembolsos. Segundo os promotores, Cohen pagou Daniels com dinheiro do próprio bolso por meio de uma empresa de fachada e providenciou para que ela assinasse um acordo de sigilo. Trump chama Cohen de mentiroso e tentou bloquear seu testemunho neste caso, além de o acusar de perjúrio. Ex-advogado de Trump confirma pagamento a atriz pornô Reprodução/JN Juan M. Merchan De origem colombiana, o juiz Juan Manuel Merchan tem uma trajetória marcada por decisões firmes. Esta não é a primeira vez que Trump e Merchan se cruzam no tribunal. O juiz presidiu o julgamento por fraude fiscal de 2022 da Organização Trump, que levou à condenação do diretor financeiro da empresa, Allen Weisselberg. Ele também é o juiz do caso de fraude e lavagem de dinheiro contra Steve Bannon, um forte aliado de Trump. Veterano de 17 anos no tribunal, o juiz Merchan e a família dele também já foram alvo de ataques verbais por parte de Trump. Arte retrata Trump sorrindo ao ser apresentado para o júri do julgamento criminal caso da atriz pornô Stormy Daniels. O juiz Juan Merchan está ao fundo. Jane Rosenberg/Pool/Reuters David Pecker Outra testemunha-chave no caso, David Pecker é o primeiro a ser ouvido pelo tribunal de Nova York. Os promotores querem saber detalhes do acordo que Pecker teria feito com Donald Trump e sua equipe para evitar que a história com a ex-atriz pornô se tornasse pública. O ex-diretor do tabloide “The National Enquirer” é acusado de concordar em trabalhar com Cohen para suprimir histórias negativas sobre Trump antes das eleições de 2016. Em seus depoimentos no tribunal nesta semana, Pecker admitiu que orientou um funcionário do jornal a não publicar nenhuma matéria que poderia prejudicar a campanha eleitoral de Trump em 2016 e assumiu que o jornal encobria escândalos que pudessem prejudicar o ex-presidente. Pecker, amigo de longa data de Trump, também é acusado de ajudar a intermediar os acordos secretos com Daniels e uma ex-modelo da Playboy, Karen McDougal, que afirmou ter um caso com Trump. Equipe de acusação Alvin Bragg - Promotor Conhecido por uma carreira consistente, Bragg herdou diversas investigações de Trump quando assumiu o cargo em 2022. A prioridade do promotor foi o acordo de silêncio investigado neste momento, levando, no ano passado, à primeira acusação criminal de Trump. Agora, Bragg é o primeiro promotor criminal a levar Trump a julgamento, o que o tornou um alvo frequente dos ataques do ex-presidente. Mateus Colangelo - Promotor Mateus Colangelo também é um rosto conhecido de Trump. Ex-funcionário de alto escalão do gabinete do procurador-geral de Nova York, Colangelo já comandou um inquérito civil sobre Trump e supervisionou uma investigação sobre a Fundação Donald J. Trump, que levou à sua dissolução. Caso da atriz pornô: entenda julgamento que pode levar Trump à prisão Defesa de Trump Todd Blanche - Advogado de Trump Ex-promotor federal, Blanche deixou um grande escritório de advocacia para defender Trump neste caso. Blanche também representa Trump no caso de documentos confidenciais federais encontrados na casa do ex-presidente e no caso de interferência nas eleições federais. Susan Necheles - Advogada de Trump Advogada de Trump desde 2021, Susan Necheles é especializada em “crimes de colarinho branco”, comumente cometidos por empresários e políticos. Necheles também representou a Organização Trump no julgamento criminal de fraude fiscal em Manhattan, que resultou em uma condenação e multa de US$1,6 milhão. Antes, a advogada representou réus em grandes casos de crime organizado e corrupção pública.

  • Premiê da Espanha diz que cogita renunciar após investigação judicial contra sua esposa
    on 24 de abril de 2024 at 17:37

    Socialista Pedro Sánchez, no segundo mandato à frente do país europeu, negou suspeitas de tráfico de influência e corrupção por parte de sua esposa e acusou extrema direita de perseguição. Justiça abriu investigação após denúncia de grupo ligado à ultradireita. Primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez Juan Medina/REUTERS O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou nesta quarta-feira (24) que fará uma "pausa" nas funções de chefe de governo após a Justiça abrir uma investigação contra sua esposa por suspeitas de corrupção --e que cogita renunciar ao cargo. A investigação contra a primeira-dama, Begoña Gómez, partiu de uma denúncia apresentada pelo coletivo Manos Limpias, um coletivo civil ligado à extrema direita do país. O Tribunal Superior de Justiça de Madri acatou a denúncia e abriu uma investigação preliminar contra Gómez por suspeitas de tráfico de influência e corrupção. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Em uma carta publicada em suas redes sociais, Sánchez negou as acusações, mas disse que se afastará para refletir se continuará no cargo, para o qual ele foi reeleito em novembro depois de eleições antecipadas que ele mesmo convocou (leia mais abaixo). Ele argumentou que a reflexão é para proteger sua esposa da intensa perseguição que, segundo o premiê, ela vem sofrendo por parte de partidos e grupo da extrema direita do país. "Preciso parar para refletir. Preciso responder à pergunta de se vale a pena (seguir no governo), apesar da lama em que a direita e a ultradireita pretendem converter a política. Se devo continuar à frente do governo ou renunciar a esse grande horror. Sinceramente, não sei", escreveu Sánchez. Em nota, o tribunal de Madri afirmou que a investigação foi aberta na semana passada e disse o processo correrá em sigilo. Questionado nesta quarta no Congresso dos Deputados sobre a investigação, Sánchez respondeu que confia na Justiça. A decisão do tribunal foi anunciada poucas horas depois de o site de notícias espanhol "El Confidencial" ter noticiado a investigação judicial contra a primeira-dama. Segundo o jornal, investigadores examinam supostos vínculos de Gómez com empresas privadas, como a companhia aérea Air Europa, que acabaram recebendo fundos e contratos públicos do governo. Ainda de acordo com o jornal, o centro de negócios para a África que Gómez dirigia na ocasião, ligado a uma escola de economia da Espanha, assinou em 2020 um acordo de patrocínio com a Globalia, proprietária da Air Europa na mesma época em que a cia aérea, em crise, negociava também um plano de ajuda milionário do governo espanhol. No mesmo ano, o governo de Sánchez ofereceu uma linha de crédito de 475 milhões de euros (cerca de R$ 2,7 bilhões na cotação da época) à Air Europa. A empresa espanhola foi a primeira a se beneficiar desse tipo de ajuda governamental por conta da pandemia. O Partido Popular, sigla conservadora que lidera a oposição a Sánchez, exigiu que o primeiro-ministro dê explicações. Trajetória política Parlamento espanhol elege Pedro Sánchez como primeiro-ministro Líder do Partido Socialista, Sánchez cumpre atualmente seu segundo mandato como primeiro-ministro. Ele foi reeleito em novembro de 2023, em um pleito antecipado que o próprio Sánchez convocou em abril do ano passado, após seu partido sofrer grandes perdas em eleições regionais. Pedro Sánchez terminou em segundo lugar nas eleições, atrás dos conservadores do PP. No entanto, o PP não conseguiu alianças para obter o número mínimo de assentos para governar. Já Sánchez arriscou um polêmico pacto com separatistas da Catalunha, que têm grande rejeição entre os socialistas no resto do país. Ele chegou ao poder pela primeira vez em 2018, quando comandou uma moção de censura contra o então premiê, o conservador Mariano Rajoy, que o derrubou. Nesses casos, pela Legislação do país, é o líder da oposição quem assume. Em abril deste ano, ele dissolveu o Parlamento e convocou a nova votação depois de resultados ruins para seu partido em eleições regionais naquele mês. Na ocasião, a sigla de Sánchez, o Partido Socialista, perdeu na maior parte dos municípios que governava. Em paralelo, os conservadores do Partido Popular, sigla rival dos socialistas, abocanharam mais governos locais, e o Vox, de extrema direita, avançou em Parlamentos regionais.

  • Biden assina ajuda de R$ 490,4 bilhões para Israel, Ucrânia e Taiwan
    on 24 de abril de 2024 at 16:48

    O presidente dos EUA aprovou imediatamente o envio de US$ 1 bilhão (R$ 5,16 bi) para a Ucrânia. Zelensky haia pedido ajuda de aliados para financiar esforços de guerra contra a Rússia. Bandeiras da Ucrânia e dos Estados Unidos em frente ao Capitólio, em 20 de abril de 2024 REUTERS/Ken Cedeno O presidente dos EUA, Joe Biden, assinou nesta quarta-feira (24) uma medida de auxílio de guerra de US$ 95 bilhões (o equivalente a R$ 490,4 bi) que inclui ajuda para Ucrânia, Israel e Taiwan e que também possui uma disposição que forçaria o site de mídia social TikTok a ser vendido ou banido nos EUA. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O pacote havia sido aprovado na terça pelo Congresso americano antes de ser enviado para a sanção presidencial. Com as leis aprovadas, os Estados Unidos devem os seguintes valores para seus aliados no exterior: US$ 61 bilhões para a Ucrânia; US$ 26 bilhões para Israel e ajuda humanitária para civis em zonas de conflito; US$ 8,12 bilhões para Taiwan. O pacote também inclui a transferência de bens russos apreendidos para a Ucrânia, novas sanções contra o Irã, além de uma lei que pode abrir caminho para que o TikTok seja banido no país. Entenda mais abaixo. Ucrânia Após a aprovação no Congresso, o presidente Joe Biden afirmou que os Estados Unidos já estão preparando o envio de US$ 1 bilhão em ajuda militar para a Ucrânia. "Agora precisamos agir rápido, e estamos fazendo isso", disse Biden, em evento na Casa Branca para anunciar a assinatura. A ajuda dos Estados Unidos para a Ucrânia chegará em um momento que o país enfrenta escassez de suprimentos militares. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vinha pressionando o Ocidente por colaboração. A imprensa norte-americana disse que o pacote de ajuda pode ser o último aprovado pelo Congresso antes da eleição presidencial, marcada para novembro. TikTok A lei aprovada pela Congresso dos Estados Unidos, e que deve ser sancionada por Biden, obriga a ByteDance — dona do TikTok — a se desfazer de seus ativos em solo norte-americano e encontrar um comprador de "confiança". Em tese, a ByteDance terá de vender as operações do TikTok dentro dos Estados Unidos para outra empresa que não tenha relação com a chinesa. A empresa terá 270 dias para vender o TikTok. O prazo poderá ser prorrogado por meio de um acordo por mais 90 dias. Caso a lei não seja cumprida, as big techs Apple e Google terão de remover a rede social de suas lojas de aplicativo. A expectativa é que a ByteDance entre com um processo na Justiça para impedir o cumprimento da lei aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos, argumentando que a medida é inconstitucional. VÍDEOS: mais assistidos do g1

  • Partido de extrema direita de Portugal chama de 'vergonha' e 'traição à pátria' proposta de presidente de reparar Brasil pela escravidão
    on 24 de abril de 2024 at 16:26

    André Ventura, líder do partido Chega, também disse que, se pudesse, pediria a destituição de Marcelo Rebelo de Sousa. O chefe de Estado português reconheceu nesta quarta (24) pela primeira vez a culpa do país pelo tráfico de escravos. Presidente de Portugal diz que país deve pagar preço pela escravidão e crimes coloniais O partido de extrema direita português Chega criticou o presidente Marcelo Rebelo de Sousa depois que ele reconheceu a culpa de Portugal pela escravidão no Brasil e em outras colônias. "O que o Presidente da República disse hoje ao país é a maior traição à pátria e ao povo português de que há memória. Não esqueceremos", disse o partido Chega em publicação no X (antigo Twitter). ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O deputado André Ventura, líder do Chega, também disse que, se fosse possível, o partido pediria a destituição de Marcelo Rebelo de Sousa. "Vergonha! Se houvesse forma de destituir o Presidente da República Portuguesa neste momento, o Chega fá-lo-ia!", afirmou Ventura. Nas últimas eleições, em março, o Chega conquistou 48 cadeiras no Parlamento português, quadruplicando o número de assentos que ocupavam. Eles são agora a terceira força política do país. Em conversa na noite de terça-feira (23) com correspondentes estrangeiros, Rebelo de Sousa disse também que sugeriu a seu governo fazer reparações pela escravidão e afirmou que seu país "assume total responsabilidade pelos danos causados", como massacres a indígenas, a escravidão de milhões de africanos e bens saqueados. "Temos que pagar os custos (pela escravidão). Há ações que não foram punidas e os responsáveis não foram presos? Há bens que foram saqueados e não foram devolvidos? Vamos ver como podemos reparar isso", declarou. Na conversa, no entanto, o presidente português não especificou de que forma a reparação será feita. Esta foi primeira vez que um presidente de Portugal -- que é o chefe de Estado no país -- reconhece a culpa. No ano passado, Rebelo de Sousa disse que Portugal deveria se desculpar pela escravidão transatlântica e pelo colonialismo, mas não chegou a pedir desculpas completas. Já na noite de terça-feira, ele alegou que reconhecer o passado e assumir a responsabilidade por ele era mais importante do que pedir desculpas. "Pedir desculpas é a parte mais fácil", disse ele. REPERCUSSÃO NO BRASIL : Portugal falar em reparação ao Brasil é fruto de 'séculos de cobrança', diz ministra da Igualdade Racial Período colonial é tabu no país Portugal foi o país que mais traficou africanos na era colonial. Foram quase 6 milhões deles, quase a metade do total de pessoas escravizadas à época pelos países europeus. Até hoje, no entanto, autoridades do país falam pouco do crime, e as escolas também quase não abordam o papel de Portugal na escravidão transatlântica. Em vez disso, a era colonial de Portugal -- durante a qual países como Angola, Moçambique, Brasil, Cabo Verde e Timor Leste, além de partes da Índia, foram submetidos ao domínio português -- é frequentemente vista como uma fonte de orgulho. Durante mais de quatro séculos, pelo menos 12,5 milhões de africanos foram sequestrados, transportados à força por longas distâncias, principalmente por navios e comerciantes europeus, e vendidos como escravos. Os que sobreviviam à viagem foram enviados para trabalhar sem qualquer remuneração em plantações no Brasil e no Caribe. A ideia de pagar reparações ou tomar outras medidas pela escravidão transatlântica vem ganhando força em todo o mundo, incluindo esforços para estabelecer um tribunal especial sobre a questão.

  • TikTok nos EUA: entenda o que acontece após Biden assinar lei que pode banir rede social no país
    on 24 de abril de 2024 at 16:19

    Pelo texto aprovado, rede social chinesa terá de encontrar comprador para seguir ativa nos EUA. Prazo de 270 dias começa nesta quarta-feira (24), após Joe Biden assinar lei. Por que o TikTok pode ser banido dos Estados Unidos? O presidente dos Estados Unidos Joe Biden sancionou projeto de lei nesta quarta-feira (24) que pode resultar no banimento do TikTok no país. O pacote também inclui o envio de ajuda financeira para Ucrânia, Israel e Taiwan. No caso do TikTok, o aplicativo poderá ser banido nos EUA caso a ByteDance, que é dona da rede social, não encontre um comprador de confiança dos norte-americanos. Quando o projeto foi aprovado na Câmara, o TikTok lamentou a decisão e disse que a medida "atropelaria os direitos de liberdade de expressão de 170 milhões de americanos". Leia o comunicado completo mais abaixo. Após sanção de Biden, a ByteDance terá 270 dias – até meados de janeiro de 2025 – para encontrar um comprador das operações do TikTok nos Estados Unidos. Esse prazo poderá ser renovado por mais 90 dias. O novo dono não pode ter relação com a empresa chinesa. A expectativa é que a ByteDance ingresse com uma ação judicial para impedir a aplicação da lei. A empresa alega que o projeto é inconstitucional. Quem é o dono do TikTok e por que a rede desperta desconfiança de políticos nos EUA Entenda a discussão envolvendo o TikTok e os Estados Unidos a seguir: 📱 Por que os EUA estão fechando o cerco contra o TikTok? A ideia de banir a plataforma vem desde o governo de Donald Trump, que dizia que a ByteDance, dona do TikTok, representava um risco para a segurança do país porque a China poderia se aproveitar do poder da empresa para obter dados de usuários americanos. O TikTok, por sua vez, sempre negou. 🤔 Por que o projeto passou junto de um pacote com temas diferentes? Uma versão anterior do texto estava paralisada no Senado desde março. Os congressistas, então, resolveram incluir a rede social em um pacote que inclui ajuda econômica a países aliados dos EUA, como Ucrânia e Israel. Projetos de lei de financiamento costumam andar mais rápido nas casas, além de ser uma prioridade do presidente Joe Biden. 👀 E caso o TikTok não cumpra a lei? Se a ByteDance se recusar a cumprir a decisão americana ou se ela não encontrar um comprador, as big techs Apple e Google terão de remover o TikTok de suas lojas de aplicativo, App Store e Play Store, respectivamente. 🗣️ O que diz o TikTok agora? Segundo a agência Reuters, o TikTok disse em comunicado que "é lamentável que a Câmara dos Deputados esteja usando a cobertura de importante assistência externa e humanitária para mais uma vez aprovar um projeto de lei que atropelaria os direitos de liberdade de expressão de 170 milhões de americanos". TikTok vai sair dos EUA?

  • Biden sanciona lei que pode banir TikTok nos EUA
    on 24 de abril de 2024 at 15:57

    Projeto de lei ordena que rede social seja vendida para uma empresa de confiança dos americanos em até meados de janeiro de 2025. Se isso não acontecer, a plataforma será retirada do ar no país. A ByteDance, dona do TikTok, diz que vai contestar decisão no tribunal. Por que o TikTok pode ser banido dos Estados Unidos? O presidente dos EUA, Joe Biden, sancionou nesta quarta-feira (24) um projeto de lei que ordena que o TikTok, controlado pela empresa chinesa ByteDance, tenha um novo dono nos Estados Unidos. Com isso, a ByteDance terá 270 dias (até meados de janeiro) para encontrar um comprador para a operações do TikTok no país. Esse prazo poderá ser renovado por mais 90 dias. Caso contrário, a rede social terá que deixar o mercado americano. Após a assinatura de Biden, Shou Zi Chew, presidente-executivo do TikTok, disse que "os fatos e a Constituição estão do nosso lado" e que espera reverter a decisão (leia abaixo). "Esta proibição devastaria 7 milhões de empresas e silenciaria 170 milhões de americanos", disse a empresa em comunicado no X, antigo Twitter (leia a íntegra). A proposta de banir o TikTok nos EUA surgiu com o ex-presidente Donald Trump. Hoje, no entanto, em plena campanha eleitoral, o republicano tem outro discurso e diz que os "jovens podem ir à loucura" com a proibição. Segundo ele, "há muita coisa boa e muita coisa ruim" com a plataforma. Ele também diz que não deseja fortalecer o Facebook com o banimento da rede chinesa. Os EUA alegam que o TikTok coleta dados confidenciais de americanos e que isso representa um risco à segurança nacional. O país teme que a China possa usar as informações de mais de 170 milhões de usuários americanos da plataforma para atividades de espionagem. O TikTok, por sua vez, nega a acusação. No sábado (20), a Câmara dos Estados Unidos aprovou a nova versão de lei por 360 votos a 58. O novo texto dava mais tempo para o TikTok encontrar um comprador. O Senado deu aval para o PL na noite desta terça-feira (23) e, para valer, só dependia da sanção de Biden. Biden vence primárias na Carolina do Sul Alex Brandon/AP Caso a empresa não cumpra a decisão americana e não encontre um comprador, as big techs Apple e Google terão que remover o TikTok de suas lojas de aplicativo, App Store e Play Store, respectivamente. O presidente-executivo do TikTok, Shou Zi Chew, disse após a sanção de Biden que a empresa espera vencer uma contestação judicial contra a legislação. "Fiquem tranquilos, não vamos a lugar algum", disse ele em um vídeo postado momentos depois que Biden sancionou a lei. "Os fatos e a Constituição estão do nosso lado e esperamos prevalecer novamente", completou. Pressão sobre o TikTok nos EUA é antiga O TikTok está na mira de autoridades americanas desde o governo Trump. Em 2020, o então presidente tentou impedir que novos usuários baixassem o TikTok e planejava banir as operações do app, mas perdeu uma série de batalhas judiciais sobre a medida. Além do TikTok, o bloqueio incluiu o We Chat, uma espécie de "WhatsApp" chinês. A ByteDance negou as acusações de Trump, dizendo armazenar os dados de usuários norte-americanos fora da China: nos EUA e em Singapura. Em 2021, Joe Biden assinou uma ordem executiva (uma espécie de decreto) que reverteu a decisão do antecessor de banir o TikTok e o WeChat. Mas determinou que o Departamento de Comércio do EUA investigasse como os aplicativos lidam com os dados dos usuários. Imagem ilustrativa com a bandeira dos EUA e logotipo do TikTok Dado Ruvic/Illustration/Reuters O que diz o TikTok "Esta lei inconstitucional é uma proibição do TikTok e iremos contestá-la em tribunal. Acreditamos que os fatos e a lei estão claramente do nosso lado e que acabaremos por prevalecer. O fato é que investimos milhões de dólares para manter os dados dos EUA seguros e a nossa plataforma livre de influências e manipulações externas. Esta proibição devastaria 7 milhões de empresas e silenciaria 170 milhões de americanos. À medida que continuamos a desafiar esta proibição inconstitucional, continuaremos a investir e a inovar para garantir que o TikTok continue a ser um espaço onde os americanos de todas as esferas da vida possam vir com segurança para compartilhar as suas experiências, encontrar alegria e ser inspirados." Entenda a crise entre EUA e TikTok TikTok vai sair dos EUA? Jovens estão trocando o Google pelo TikTok na hora fazer pesquisas Jovens estão trocando o Google pelo TikTok na hora fazer pesquisas

  • Portugal falar em reparação ao Brasil é fruto de 'séculos de cobrança', diz ministra da Igualdade Racial
    on 24 de abril de 2024 at 15:29

    Presidente português afirmou que país tem que avaliar como reparar custos decorrentes da escravidão, do massacre de indígenas e de saques. Anielle Franco diz que fez contato com governo de lá para pensar em ações de reparação. Portugal admitir reparação ao Brasil é 'salto no debate', diz ministra da igualdade racial A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, disse ao g1 que admissão, por parte de Portugal, da possibilidade de reparar ao Brasil pelos custos decorrentes da escravidão, do massacre de indígena e dos saques, é "fruto de séculos de cobrança da população negra” e um "salto do debate e da importância [do assunto]". "Essa é uma luta importante para o Brasil e também mundialmente falando", afirmou a ministra. "Essa declaração precisa vir seguida de ações concretas como o próprio presidente parece estar ali se comprometendo a fazer." Na noite de terça-feira (23), Marcelo Rebelo de Sousa, presidente de Portugal, e afirmou que seu país "assume total responsabilidade pelos danos causados" ao Brasil, como massacres a indígenas, a escravidão de milhões de africanos e bens saqueados. "Temos que pagar os custos (pela escravidão). Há ações que não foram punidas e os responsáveis não foram presos? Há bens que foram saqueados e não foram devolvidos? Vamos ver como podemos reparar isso", declarou. REPERCUSSÃO EM PORTUGAL: Partido de extrema direita critica reparação defendida por presidente; 'vergonha' Foi primeira vez que um presidente de Portugal -- que é o chefe de Estado no país -- reconhece a culpa. No ano passado, Rebelo de Sousa disse que Portugal deveria se desculpar pela escravidão transatlântica e pelo colonialismo, mas não chegou a pedir desculpas completas. Portugal foi o país que mais traficou africanos na era colonial. Foram quase 6 milhões deles, quase a metade do total de pessoas escravizadas à época pelos países europeus. Após a declaração, o Ministério da Igualdade Racial fez contato com o governo português para se colocar à disposição para ajudar a elaborar ações de reparação, segundo Anielle. Fala ocorreu dias após cobrança pública Anielle afirmou ainda que a declaração de Rebelo de Sousa surgiu uma semana depois de movimentos de mulheres negras cobrarem publicamente de Portugal uma reparação ao Brasil, durante 3º Fórum Permanente para Pessoas Afrodescendentes das Nações Unidas, que aconteceu na Suíça. No fórum, organizações como o Instituto Marielle Franco, o Odara – Instituto da Mulher Negra e as Redes da Maré pediram um compromisso público de Portugal com a adoção de medidas reparatórias. Os coletivos propuseram estratégias de combate à xenofobia e ao racismo contra a população negra de Portugal, e a inclusão no currículo oficial da rede de ensino português o impacto do colonialismo no contexto brasileiro, entre outras coisas. Até hoje, no entanto, autoridades do país falam pouco do crime, e as escolas também quase não abordam o papel de Portugal na escravidão transatlântica. Presidente de Portugal diz que país deve pagar preço pela escravidão e crimes coloniais

  • Por que ideia de banir TikTok nos EUA foi bancada tanto por Biden quanto por Trump
    on 24 de abril de 2024 at 15:22

    Ex-presidente encampou proibição alegando, sem provas, risco de espionagem de dados dos usuários pela China. Justiça barrou banimento do app na época, mas Biden e o Congresso retomaram discussão. Trump, atualmente, dá declarações ambíguas, afirmando que jovens poderão 'ir à loucura' sem o app. Por que o TikTok pode ser banido dos Estados Unidos? O projeto de lei que pode banir o TikTok nos Estados Unidos, aprovado pelo Senado nesta quarta-feira (24) e sancionado logo em seguida por Joe Biden, é uma ideia bancada tanto pelo atual presidente quanto pelo ex, Donald Trump. Políticos em lados opostos e possíveis concorrentes nas próximas eleições para a Casa Branca, em outubro deste ano, Biden e Trump entenderam que o aplicativo de vídeos chinês precisa ter um outro dono no país. Mas, ultimamente, o ex-presidente tem dado declarações ambíguas sobre o assunto. Lei que pode banir TikTok nos EUA: veja próximos passos Quem é o dono do TikTok e por que a rede desperta desconfiança de políticos nos EUA Foi Trump quem encampou a desconfiança sobre o Tiktok e chegou a banir o app em 2020, mas a ordem acabou derrubada pela Justiça. Biden sanciona lei que pode proibir TikTok nos EUA Logo que assumiu, no ano seguinte, Biden reverteu a decisão de Trump, mas determinou uma invesigação sobre como o TikTok lida com os dados dos usuários. ➡️ A principal preocupação é que o app esteja coletando "dados confidenciais" dos mais de 170 milhões de usuários americanos e os repasse ao governo chinês, o que seria um risco à segurança nacional. Mas, até agora, os EUA não apresentaram provas de que haja coleta indevida de informações. Um documento do Departamento de Justiça americano afirmou, segundo a agência Reuters, que o TikTok representa uma preocupação porque possui um "volume imenso de dados sensíveis" e que, por pertencer a uma empresa chinesa, isso "coloca os usuários em risco". ➡️ A ByteDance, dona do TikTok, diz que não armazena dados de usuários na China e entende que o projeto de lei, na verdade, visa beneficiar suas concorrentes (leia mais). Trump agora pondera Recentemente, em plena campanha eleitoral, Trump passou a dar declarações sobre riscos do banimento. Disse que "muitos jovens irão à loucura" sem o app, e que existem coisas boas e ruins no TikTok. O ex-presidente também afirma que banir o aplicativo chinês fortaleceria o Facebook. Trump tem reclamado de "censura" a alguns de seus posts pela Meta, dona do Facebook e do Instagram. Ele também é dono de sua própria rede social, a Truth, que abriu após ser punido pelos principais redes sociais por postagens incentivando a invasão do Capitólio, em janeiro de 2020, após perder as eleições para Biden. O atual presidente, por sua vez, mantém um perfil de campanha no app chinês. Trump e Biden MANDEL NGAN/AFP; JIM WATSON/AFP Entenda a treta e o que está em jogo Por que os EUA estão pressionando o TikTok? O país diz que a ByteDance representa um risco para a segurança do país porque a China poderia se aproveitar do poder da empresa para espionar e obter dados de milhões de americanos. Os EUA, porém, não detalham quais são os dados sensíveis capturados. Por sua vez, o TikTok negou que compartilha essas informações com o governo chinês. Quais dados o TikTok coleta dos norte-americanos? Publicamente, nos EUA, a rede social diz coletar informações de uso bem como qualquer conteúdo que a pessoa gere ou carregue na plataforma. Ela também captura a operadora do celular, fuso horário, modelo do telefone, sistema operacional, além de dados sobre os "vídeos, imagens e áudio que fazem parte do seu conteúdo". Vale lembrar que outras redes sociais, como Facebook e Instagram, da norte-americana Meta, coletam dados semelhantes. O TikTok repassa essas informações para a China? A ByteDance diz que nunca compartilhou informações dos americanos com o governo chinês. Segundo a empresa, os dados desses usuários ficam armazenados nos EUA. Além disso, a ByteDance está registrada nas Ilhas Cayman, longe de Pequim. Mas uma investigação da revista "Forbes" mostrou que dados dos maiores criadores de conteúdo da rede são guardados na China. Quem acessa esses dados? O TikTok diz que eles só podem ser acessados por um grupo restrito de funcionários, que ficam sujeitos a controles de segurança quando precisam visualizar essas informações. A ByteDance conseguirá vender o TikTok nos EUA? Especialistas dizem que essa operação não será fácil e pode elevar os conflitos entre os dois países. "A possível transação envolveria a exportação de algoritmos de recomendação de conteúdo, o que demanda a obtenção de licença e aprovação do governo chinês. Em 2020, a China já havia adicionado a tecnologia do TikTok em uma lista restrita de exportação, dada a ameaça de banimento por Trump", diz a advogada e especialista em direito digital Patrícia Peck. E o que acontece se a rede social não for vendida? Agora que Biden sancionou o projeto, caso a empresa não cumpra a decisão americana, as big techs Apple e Google terão que remover o TikTok de suas lojas de aplicativo, App Store e Play Store, respectivamente. Quem é o dono do TikTok e por que a rede desperta desconfiança de políticos nos EUA Especialista fala sobre projeto de lei pode banir TikTok nos EUA Especialista fala sobre projeto de lei que pode banir TikTok nos EUA TikTok vai sair dos EUA? TikTok vai sair dos EUA?

  • Portugal reconhece pela 1ª vez culpa por escravidão e massacre no Brasil e fala de reparação
    on 24 de abril de 2024 at 12:22

    Marcelo Rebelo de Sousa, presidente português, disse que seu país tem responsabilidade sobre crimes da era colonial, como tráfico de pessoas na África, massacres a indígenas e bens saqueados. Mas não especificou de que forma a reparação será feita. Presidente de Portugal diz que país deve pagar preço pela escravidão e crimes coloniais Portugal foi responsável por uma série de crimes contra escravos e indígenas no Brasil na era colonial e deve pagar por isso, afirmou o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Em conversa na noite de terça-feira (23) com correspondentes estrangeiros, Rebelo de Sousa disse também que sugeriu a seu governo fazer reparações pela escravidão e afirmou que seu país "assume total responsabilidade pelos danos causados", como massacres a indígenas, a escravidão de milhões de africanos e bens saqueados. "Temos que pagar os custos (pela escravidão). Há ações que não foram punidas e os responsáveis não foram presos? Há bens que foram saqueados e não foram devolvidos? Vamos ver como podemos reparar isso", declarou. Na conversa, no entanto, o presidente português não especificou de que forma a reparação será feita. É a primeira vez que um presidente de Portugal -- que é o chefe de Estado no país -- reconhece a culpa. No ano passado, Rebelo de Sousa disse que Portugal deveria se desculpar pela escravidão transatlântica e pelo colonialismo, mas não chegou a pedir desculpas completas. Já na noite de terça-feira, ele alegou que reconhecer o passado e assumir a responsabilidade por ele era mais importante do que pedir desculpas. "Pedir desculpas é a parte mais fácil", disse ele. Portugal foi o país que mais traficou africanos na era colonial. Foram quase 6 milhões deles, quase a metade do total de pessoas escravizadas à época pelos países europeus. REPERCUSSÃO NO BRASIL : Portugal falar em reparação ao Brasil é fruto de 'séculos de cobrança', diz ministra da Igualdade Racial REPERCUSSÃO EM PORTUGAL: Partido de extrema direita critica reparação defendida por presidente; 'vergonha' Até hoje, no entanto, autoridades do país falam pouco do crime, e as escolas também quase não abordam o papel de Portugal na escravidão transatlântica. Em vez disso, a era colonial de Portugal -- durante a qual países como Angola, Moçambique, Brasil, Cabo Verde e Timor Leste, além de partes da Índia, foram submetidos ao domínio português -- é frequentemente vista como uma fonte de orgulho. Durante mais de quatro séculos, pelo menos 12,5 milhões de africanos foram sequestrados, transportados à força por longas distâncias, principalmente por navios e comerciantes europeus, e vendidos como escravos. Os que sobreviviam à viagem foram enviados para trabalhar sem qualquer remuneração em plantações no Brasil e no Caribe. A ideia de pagar reparações ou tomar outras medidas pela escravidão transatlântica vem ganhando força em todo o mundo, incluindo esforços para estabelecer um tribunal especial sobre a questão.

  • Venezuela: Maduro mostra cédula de votação na qual sua foto aparece mais de dez vezes
    on 24 de abril de 2024 at 12:08

    Rosto do atual presidente, que tenta terceiro mandato, é estampado 13 vezes no documento que os venezuelanos receberão em 28 de julho. Cédula ainda deve passar por modificações para incluir novo candidato opositor, Edmundo González. Nicolás Maduro segura cédula de votação em programa de TV na Venezuela Zurimar Campos / Presidência da Venezuela / AFP O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, mostrou em um programa de TV uma cédula de votação na qual seu nome e sua foto aparecem na cartela um total de 13 vezes, incluindo todos os dez espaços da primeira fileira. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A cédula é uma primeira versão da que os eleitores do país receberão no dia 28 de julho, quando votarão para presidente. Maduro, no poder desde a morte de Hugo Chávez, em 2013, tenta um terceiro mandato. Na Venezuela, a cédula de votação possui um campo para cada partido, com as fotos dos candidatos apoiados por cada sigla. De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral, a escolha da posição de cada partido na cédula segue critérios como os votos obtidos nas eleições anteriores e a data do registro da agremiação. A primeira posição será ocupada pelo PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela), do qual Maduro faz parte. Os outros partidos da coligação que apoia o regime chavista aparecem em seguida, na parte superior e à esquerda da cédula. O documento ainda deve receber modificações, já que o CNE prorrogou o prazo para a escolha final dos candidatos dos partidos. No último sábado, a principal frente opositora apresentou o ex-embaixador Edmundo González como candidato a Presidência. Maduro aparece 13 vezes em cédula eleitoral na Venezuela Opositores barrados González foi escolhido pela Plataforma Democrática Unitária (PUD) depois que outros candidatos opositores a Nicolás Maduro tiveram o registro negado. A primeira foi a líder opositora Maria Corina Machado, que foi afastada do pleito e proibida de ocupar cargos públicos por 15 anos. A decisão foi tomada pelo Supremo Tribunal de Justiça, alinhado ao governo venezuelano, e também afetou o opositor Henrique Capriles, que já havia concorrido em outras eleições contra Chávez e o próprio Maduro. Em seguida, a professora Corina Yoris foi anunciada como substituta de Machado, mas não conseguiu ter o registro aprovado a tempo CNE. O bloqueio à candidatura de Yoris teve repercussão negativa de diversos governos, incluindo o do Brasil. O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que a situação era "grave". LEIA TAMBÉM: Maduro anuncia retorno de escritório de Direitos Humanos da ONU à Venezuela Portugal reconhece pela 1ª vez culpa por escravidão e massacre no Brasil e fala de reparação Reino Unido vai deportar imigrantes ilegais estrangeiros e mandá-los à força para Ruanda: entenda Quem é o candidato opositor Nicolás Maduro e Edmundo González Getty Images via BBC/Reprodução Opositor a Maduro nas eleições de julho, Edmundo González tem 74 anos e serviu como embaixador na Argélia entre 1991 e 1993. Também foi embaixador na Argentina nos primeiros anos do governo de Hugo Chávez (1999-2013). Publicou diversos livros e, como membro da oposição, foi representante internacional da Mesa Redonda da Unidade Democrática entre 2013 e 2015. Considerado um candidato discreto, um dos principais desafios de González é fazer seu nome ser reconhecido entre os eleitores em um curto prazo, apontam analistas políticos.

  • Como jovens sul-coreanos se preparam para uma guerra com a Coreia do Norte
    on 24 de abril de 2024 at 11:56

    Alguns desses jovens prepararam kits de sobrevivência para o caso de ocorrer uma guerra com a Coreia do Norte. Park e Kim estão entre um pequeno, mas crescente número de jovens da Coreia do Sul que se preparam para uma guerra. BBC Kim Jung-ho preparou um kit de sobrevivência em sua própria casa, na Coreia do Sul, para estar pronto caso uma guerra com a Coreia do Norte estoure. O jovem de 30 anos pensa que isso o ajudará a sobreviver nas primeiras 72 horas caso o impensável aconteça. Além de água e alimentos de emergência, como arroz cozido desidratado, ele também separou um mapa e uma bússola para um cenário em que redes de telefonia móvel e transporte público deixem de funcionar. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Ele fez de tudo para incluir um colete de proteção e uma máscara de gás. Os militares podem não ter equipamento de proteção suficiente, argumenta ele, por isso é melhor para ele estar preparado, especialmente como um dos 3,1 milhões de reservistas. "Moro no coração de Seul. A ideia de que tudo poderia desaparecer com apenas um míssil me aterroriza", diz o estudante de pós-graduação. A capital sul-coreana fica a cerca de 50 quilômetros da zona desmilitarizada estabelecida em 1953, quando foi assinado o acordo de armistício da Guerra da Coreia. Mas a tensão na Península Coreana tem aumentado. A Coreia do Norte, que possui armas nucleares, realizou quatro testes de mísseis balísticos até agora neste ano. Em abril, afirmou ter testado com sucesso um novo míssil hipersônico de combustível sólido que poderia atingir Guam, um território insular dos EUA na Micronésia. Kim faz parte de um pequeno, mas crescente número de jovens sul-coreanos que têm se preparado para uma potencial guerra com o Norte. LEIA MAIS: DO APERTO DE MÃOS A AMEÇAS DE GUERRA: como a relação das duas Coreias se deteriora a cada dia ENTENDA: Por que a Coreia do Norte pode estar se preparando para a guerra AMEAÇA NUCLEAR: Após disparar mísseis, Coreia do Norte afirma ter simulado 'contra-ataque nuclear' FIM DOS TRATADOS: Coreia do Norte anula todos os acordos de cooperação econômica com a Coreia do Sul Cerca de 900 pessoas aderiram a pelo menos quatro grupos de preparação no Kakao, o aplicativo de mensagens mais popular da Coreia do Sul. Separadamente, uma comunidade preparatória chamada “The Survival School – Daum Café” (A Escola de Sobrevivência – Daum Café, em tradução literal), que funciona desde 2010, tem mais de 25.000 membros. O recente aumento no número de preppers (algo como "preparadores" em português) destaca uma ansiedade crescente sobre as relações entre as Coreias à medida que o Norte se torna mais agressivo. Em janeiro, o líder norte-coreano Kim Jong-un classificou o Sul como seu inimigo número um, declarando que a reunificação pacífica das duas Coreias tinha se tornado impossível. Park colocou itens como absorventes internos em sua bolsa de sobrevivência. BBC Foi uma medida "sem precedentes", diz Nam Sung-wook, professor de Economia Política na Universidade da Coreia. Significa que o Norte poderia recorrer ao uso de armas nucleares contra o Sul, uma vez que já não vê o Sul como seu parente étnico. Mais de 75% dos entrevistados disseram estar ansiosos com a situação de segurança, de acordo com uma pesquisa do KBS Public Media Research Institute. Essa taxa cresceu 19 pontos percentuais em relação a 2021, quando a pesquisa foi realizada pela primeira vez. A maior exposição a conflitos globais, como as guerras Rússia-Ucrânia e Israel-Hamas, também tornou os jovens coreanos mais sintonizados com o crescente risco geopolítico, diz Woo Seong-yeop, administrador do grupo "The Survival School - Daum Café" . Um dos grupos de bate-papo mencionados acima foi criado quando a guerra na Ucrânia começou. O número de membros aumentou dez vezes, para 500, em dois anos. "Nunca pensei em me preparar para uma guerra na minha vida. Mas olhe ao redor do mundo agora. Várias guerras já estão em andamento", diz o personal trainer Park Hwi bin, que também completou um curso de treinamento em RCP (ressuscitação cardiopulmonar) no ano passado. Alguns membros querem deixar o país antes que ocorra qualquer conflito com o Norte. Aprender línguas, poupar dinheiro e adquirir competências faz parte da sua estratégia para garantir a residência em países considerados mais seguros. “Ouvi dizer que posso conseguir uma residência permanente no Paraguai por cerca de 10 milhões de won (R$ 37.500)”, escreveu um membro. Outro prepper que pediu anonimato diz que está construindo um bunker sob sua casa de dois andares na cidade de Hwaseong. Reforçado com concreto grosso, o bunker será equipado com geradores de energia e equipamentos de cozinha para que possa ser usado como abrigo de longo prazo para sua família, incluindo seu filho de seis anos. Ele comprou o terreno há dois anos. Está longe da base militar dos EUA em Pyeongtaek – que poderia se tornar um alvo de bombardeio no pior cenário. A maioria dos coreanos considera os 'preppers' excessivamente sensíveis, e até a mãe de Kim o repreendeu por gastar "dinheiro desnecessário" em kits de sobrevivência. "Mesmo que as relações entre as Coreias do Norte e do Sul não sejam boas hoje em dia, nunca me preocupei com a guerra e estou apenas vivendo a minha vida como sempre", disse Lee Young-ah, um comerciante de 28 anos, à BBC. A Coreia do Sul tornou-se uma democracia próspera e vibrante, embora as duas Coreias ainda estejam tecnicamente em guerra. Décadas de paz tornaram a maioria dos sul-coreanos "apáticos à guerra" e isso pode levar à "complacência", diz Woo. Ele pensa que a opinião pública em relação aos preppers está mudando gradualmente devido à crescente tensão geopolítica. Kim se defende. "Quando você embarca em um avião, eles não fornecem equipamentos de segurança? Comprar esses equipamentos de segurança é como colocar o cinto de segurança." É como comprar um seguro, argumenta Park. Mas, como acontece com outras formas de seguro, ninguém quer de fato ter que utilizá-lo. Kim Jong-un supervisiona testes com "superlançadores" de foguetes na Coreia do Norte

  • VÍDEO: Cavalos fogem e deixam feridos em pleno Centro de Londres
    on 24 de abril de 2024 at 10:06

    Um dos animais parecia estar coberto de sangue. Segundo a polícia, todos os fugitivos foram recuperados e encaminhados ao veterinário. Cavalos fogem e deixam feridos no Centro de Londres Ao menos dois cavalos foram vistos correndo no Centro de Londres. Um deles aparentava estar coberto de sangue. De acordo com a imprensa britânica, todos os animais já foram contidos e encaminhados para tratamento veterinário. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Durante a fuga, os cavalos danificaram veículos e deixaram pelo menos quatro pessoas feridas. Segundo o Serviço de Ambulâncias da capital britânica, paramédicos atenderam três ocorrências em um intervalo de dez minutos. A informação é da BBC. Segundo o jornal "The Telegraph", os cavalos fazem parte de uma divisão do Exército britânico e estavam em treinamento para a Horse Guards Parade, um desfile cerimonial na cidade. O jornal também diz que o cavalo branco se feriu ao bater no para-brisa de um Mercedes-Benz. A suspeita é que o barulho de uma obra próxima ao estábulo fez com que os animais se assustassem e saíssem correndo, de acordo com a BBC. A imprensa inglesa também divulgou fotos de uma van com uma porta amassada na fente de um hotel na Buckingham Palace Road. Um dos cavalos também bateu contra o para-brisa de um ônibus que estava estacionado na rua. Em um vídeo divulgado pelo tabloide "Daily Mail", é possível ver que um dos animais quase atropela um ciclista. Cavalos fogem e correm pelo Centro de Londres Reprodução/Reuters À rádio BBC Londres, um taxista conta que quase foi atingido pelos animais: "Eu estava perto do Palácio de Buckingham, na [avenida] Mall, e escutei vários galopes. Olhei para trás e vi três ou quatro cavalos. Dois deles estavam correndo em direção à Trafalgar Square, um deles era branco e estava coberto de sangue", relata. LEIA TAMBÉM: Reino Unido vai deportar imigrantes ilegais estrangeiros e mandá-los à força para Ruanda: entenda Portugal reconhece pela 1ª vez culpa por escravidão e massacre no Brasil e fala de reparação Como jovens sul-coreanos se preparam para uma guerra com a Coreia do Norte

  • A tensão em universidades dos EUA após prisões de estudantes que protestavam contra guerra em Gaza
    on 24 de abril de 2024 at 07:00

    Depois da intervenção da polícia para expulsar estudantes que se manifestavam na Universidade de Columbia contra a guerra em Gaza, os protestos se espalharam por outras instituições nos Estados Unidos. Harvard, Yale e Columbia: manifestações pró-palestinos tomam conta de universidades nos EUA Uma nova onda de protestos estudantis contra a guerra em Gaza está se espalhando pelos campi universitários dos Estados Unidos, levando a detenções em massa de estudantes. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp As manifestações se espalharam da Universidade de Columbia, onde um campo de protesto foi desmantelado e mais de 100 pessoas foram detidas, até Yale e outras instituições superiores do país, enquanto as autoridades procuram formas de controlá-las. Na noite de segunda-feira (22), a polícia agiu para dispersar um protesto na Universidade de Nova York (NYU) e fez várias prisões. No mesmo dia, dezenas de estudantes foram detidos em Yale, enquanto a Columbia cancelou as aulas presenciais. Há acampamentos de manifestantes na Universidade da Califórnia em Berkeley, no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e em outras universidades importantes do país. Manifestações e debates acalorados sobre a ofensiva de Israel em Gaza e sobre a liberdade de expressão abalaram os campi dos EUA desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, o que deu início à campanha militar israelense em Gaza. Quando questionado sobre os protestos universitários na segunda-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que condenava tanto "os protestos antissemitas" como "aqueles que não compreendem o que está acontecendo com os palestinos". Cerimônias de formatura em dúvida Asna Tabassum seria oradora de uma turma da Universidade do Sul da Califórnia, mas foi impedida de fazer o tradicional discurso de formatura Arquivo pessoal/Via BBC As autoridades dessas prestigiadas universidades estão tendo dificuldade de acalmar os ânimos nos seus campi e, na maior parte dos casos, falharam nessa tentativa. Há preocupação com as próximas cerimônias de formatura. A Universidade do Sul da Califórnia (USC) atraiu críticas e protestos na semana passada quando cancelou o tradicional discurso de formatura da oradora da turma, uma muçulmana que defendeu os palestinos. Um dia depois, a USC anunciou que também não teria os habituais oradores e nem homenageados na cerimônia que costuma reunir 65 mil pessoas no campus. Já a Universidade de Michigan anunciou no seu site que designará uma zona especial para ativistas ficarem — fora dos locais onde serão realizadas as cerimônias de formatura. A universidade acrescentou que não iria impedir protestos pacíficos, mas assegurou que tomaria iniciativas caso as manifestações trouxessem alguma conduta ilegal. Tensão nos universidades Os protestos nos campi estiveram no centro das atenções desde a semana passada, depois que a polícia da cidade de Nova York foi enviada ao campus da Universidade de Columbia, onde prendeu mais de 100 manifestantes. Em um comunicado divulgado na segunda-feira (22), a Columbia anunciou que todas as aulas seriam realizadas virtualmente. A presidente da instituição, Minouche Shafik, citou incidentes de “comportamento intimidador e de assédio”. Shakif afirmou que as tensões foram “exploradas e amplificadas por indivíduos não afiliados a Columbia que vieram ao campus para promover as suas próprias agendas”. Na Universidade de Nova York (NYU), ativistas montaram tendas em frente à escola de negócios Stern School of Business Administration. Assim como aconteceu em outras universidades, os manifestantes da NYU exigem que os gestores da instituição divulguem e retirem "o financiamento e as doações recebidas de produtores de armas e empresas com interesses na ocupação israelense". No cair da noite de segunda-feira, a polícia começou a prender manifestantes no local. Horas antes, quase 50 ativistas foram presos na Universidade de Yale, em New Haven, Connecticut, onde as autoridades disseram que centenas de pessoas estavam reunidas. Manifestantes exigem que as universidades revelem a origem dos seus financiamentos e doações e os desfaçam caso estejam ligados a empresas com interesses na ocupação israelense Reuters/Via BBC Acusações de antissemitismo A Universidade de Nova York afirma ter recebido relatos de "cânticos intimidadores e vários incidentes antissemitas". Vídeos divulgados recentemente parecem mostrar alguns manifestantes perto de Columbia expressando apoio ao ataque do Hamas a Israel. A parlamentar democrata Kathy Manning, que visitou Columbia na segunda-feira, disse ter visto manifestantes pedindo a destruição de Israel. O grupo hassídico Chabad, da Universidade de Columbia, disse que estudantes judeus foram submetidos a gritos e retórica ofensiva. Também foi relatado que um rabino afiliado à universidade enviou uma mensagem a 300 estudantes judeus em Columbia, aconselhando-os a evitar o campus até que a situação "melhorasse dramaticamente". Membros de grupos de protesto que emitiram declarações públicas negam antissemitismo, defendendo que suas críticas são direcionadas ao Estado de Israel e aos seus defensores. Em um comunicado no último domingo (21), o grupo "Estudantes de Columbia pela Justiça na Palestina" disse que "rejeita firmemente qualquer forma de ódio ou discriminação" e criticou "pessoas exaltadas que não nos representam". Líderes judeus estão enviando alertas para estudantes judeus sobre os protestos Getty Images/Via BBC Na mira do Congresso Em sua declaração, Shafik afirmou que seria criado um grupo de trabalho em Columbia para “alcançar uma resolução para esta crise”. A universidade e Shafik, que na semana passada viajou para o Capitólio, em Washington, para testemunhar perante uma comissão do Congresso sobre os esforços da universidade para enfrentar o antissemitismo, estão sendo convocadas para resolver a situação. Um grupo de parlamentares, liderado pela deputada republicana de Nova York Elise Stefanik, assinou uma carta na segunda-feira pedindo a renúncia de Shafik devido ao que Stefanik descreveu como "o fracasso em pôr fim à horda de estudantes e agitadores que incitam atos de terrorismo contra os estudantes judeus". Acampamento de manifestantes na Universidade de Columbia EPA/Via BBC Em uma carta publicada online, a republicana da Carolina do Norte Virginia Foxx, que preside a Comissão de Educação da Câmara, escreveu que "o contínuo fracasso de Columbia em restaurar a ordem e a segurança" constitui uma violação das obrigações que condicionam o recebimento de verbas e apoio federal. Os protestos em Nova York também envolveram os deputados democratas Kathy Manning, Jarred Moskowitz, Josh Gottheimer e Dan Goldman. Gottheimer disse que a Columbia "pagaria o preço" se não conseguisse garantir que os estudantes judeus se sentissem bem-vindos e seguros na universidade. Os protestos também levaram Robert Kraft, proprietário do time de futebol americano New England Patriots e ex-aluno da Columbia, a alertar que deixaria de apoiar a universidade até que ela tomasse “ações corretivas”. A questão da liberdade de expressão Manifestantes na Universidade de Yale em New Haven, em Connecticut Reuters/Via BBC Alguns professores universitários culparam Columbia pela forma como a universidade lidou com os protestos e por apelar à intervenção policial. Um grupo de professores se declarou "surpreso por [Shafik] não ter defendido a liberdade de pensamento, que é fundamental para a missão educativa de uma universidade numa sociedade democrática". Eles também criticaram a disposição de Shafik em apaziguar os parlamentares que procuravam interferir nos assuntos universitários. Em um comunicado enviado à BBC na noite de segunda-feira, o Instituto Knight para a Primeira Emenda, da própria universidade, pediu uma "correção urgente de conduta". E citou as regras da universidade para afirmar que autoridades externas só poderiam ser envolvidas quando houvesse um "perigo claro e presente para as pessoas, propriedades ou para a operação de qualquer divisão da universidade". "Não é óbvio para nós como um acampamento e protestos representariam tal perigo, mesmo que não fossem autorizados", afirmou o comunicado. O ataque do Hamas ao sul de Israel, em 7 de outubro, resultou na morte de 1.200 pessoas, a maioria delas civis, e no sequestro de 253 reféns levados a Gaza. Enquanto isso, mais de 34 mil pessoas morreram em Gaza, a maioria delas crianças e mulheres, devido à ofensiva israelense no território palestino. Protesto em Nova York Reuters/Via BBC *Com reportagem de James FitzGerald e Bernd Debusmann Jr, da BBC News

  • Nuvens de poeira encobrem parte da Grécia e deixam Atenas com céu alaranjado
    on 24 de abril de 2024 at 05:22

    Ventos fortes transportaram poeira do deserto do Saara até o continente europeu. Incêndios florestais também se intensificaram com o fenômeno. Atenas fica encoberta por nuvem de poeira vinda do deserto do Saara Nuvens de poeira que surgiram no norte da África encobriram parte da Grécia e deixaram o céu de Atenas alaranjado, na terça-feira (23). Um vídeo mostra a capital grega com o entardecer escuro. Assista acima. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp As nuvens se formaram após ventos fortes transportarem poeira do deserto do Saara pelo Mar Mediterrâneo até o continente europeu. Em Atenas, a terça-feira foi marcada pelo calor, com temperaturas acima de 30ºC. Os termômetros na capital ficaram até 20ºC acima do que foi registrado no norte do país. Turistas observam céu laranja provocado por nuvem de areia do Saara que tomou conta de Atenas, na Grécia, em 23 de fevereiro de 2024. Angelos Tzortzinis/ AFP Turista utiliza máscara durante passeio para observar Atenas, na Grécia, por conta da nuvem de areia, em 23 de abril de 2024. Petros Giannakouris/ AP A ventania também impulsionou incêndios ambientais que atingem a Grécia. Pelo menos 25 focos foram identificados pelos bombeiros em todo o país na terça-feira. Além disso, três pessoas foram presas suspeitas de iniciarem um incêndio acidentalmente. Nenhuma morte ou estragos significantes foram reportados. A previsão é que o céu da Grécia volte ao normal nesta quarta-feira (24), com a mudança nas correntes de ar. As temperaturas também devem cair nas próximas horas. Quarta onda de calor do ano deve se estender até a próxima semana; temperaturas podem chegar a 35°C Foto mostra Atenas escura e com céu alaranjado por causa de nuvem de poeira AP Photo/Petros Giannakouris Vista de Atenas com nuvem de areia do Saara, em 23 de abril de 2024. Louisa Gouliamaki/ Reuters VÍDEOS: mais assistidos do g1

  • Biden insinua que tio foi comido por canibais em Papua-Nova Guiné, e premiê local fica ofendido
    on 24 de abril de 2024 at 03:00

    Biden afirmou que na Segunda Guerra um tio dele 'foi derrubado em uma área onde, na época, havia muitos canibais na Nova Guiné' e que o corpo nunca foi encontrado. O comentário desagradou o líder do país. Montagem mostra Joe Biden, dos EUA, e James Marape, de Papua-Nova Guiné Associated Press Durante um discurso na semana passada, o presidente Joe Biden, dos Estados Unidos, deu a entender que um tio dele foi comido por canibais na Papua-Nova Guiné, um país da Oceania, na Segunda Guerra Mundial. No domingo (21), o primeiro-ministro do país, James Marape, acusou Biden de ofender a nação. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp No dia 17 de abril, Biden contou que quatro tios dele lutaram na Segunda Guerra. Ele então deu uma versão a respeito do que teria acontecido com o tio que morreu. “Ambrose Finnegan –nós o chamávamos de Tio Bosie—foi derrubado. Ele pilotava aviões monomotores, fazia voos de reconhecimento sobre a Nova Guiné. Ele tinha se voluntariado, porque alguém não pôde ir, e foi derrubado em uma área onde, na época, havia muitos canibais na Nova Guiné. Nunca encontraram o corpo dele. O governo voltou, quando eu fui lá, e eles descobriram algumas partes do avião”. Segundo a agência de notícias Associated Press, os registros militares não descrevem a mesma história. Conforme os arquivos, Ambrose Finnegan era um passageiro em uma aeronave Douglas A-20 Havoc, de transporte, que caiu no mar em 14 de maio de 1944, quando os dois motores quebraram. Uma pessoa que estava a bordo sobreviveu, mas três outras nunca foram encontradas e nem o avião. Não há nenhuma menção a canibalismo. Tinha canibalismo na Papua-Nova Guiné? O jornal britânico “The Guardian” entrevistou Michael Kabuni, professor de ciência política da Universidade de Papua-Nova Guiné. Ele afirmou que havia, sim, canibalismo no país, mas disse que “tirar isso de contexto e sugerir que seu tio pulou do avião e que nós (papuásios), de alguma forma, pensaríamos que é uma boa refeição é inaceitável”. O professor disse ao “The Guardian“ que o canibalismo era praticado em algumas comunidades e que se tratava de algo ritualístico, e não por falta de comida: por exemplo, comia-se o corpo de um parente falecido para evitar a decomposição: “Havia um contexto, eles não comiam qualquer homem branco que caísse do céu”. Primeiro-ministro reclama James Marape, o primeiro-ministro da Papua-Nova Guiné, disse "os comentários do presidente Biden podem ter sido um deslize; no entanto, meu país não merece ser rotulado assim,". Ele afirmou que o povo dele não teve nada a ver com a Segunda Guerra e que foram levados a participar de um conflito com o qual não tinham relação. Marape também pediu para que os EUA procurem os americanos mortos nas florestas da Papua-Nova Guiné e limpem os destroços da guerra. “Os vestígios da Segunda Guerra continuam espalhados pela Papua-Nova Guiné, inclusive o avião que levava o tio do presidente Biden”. Ele continuou: “Com os comentários do presidente Biden e a reação no país e em outras partes do mundo, talvez seja hora dos EUA encontrar os vestígios da Segunda Guerra em Papua-Nova Guiné o mais rápido possível, incluindo os militares que morreram, como Ambrose Finnegan”. "Os teatros de guerra na Papua-Nova Guiné e nas Ilhas Salomão estão cheios de restos da Segunda Guerra, incluindo restos humanos, destroços de aviões e navios, túneis e bombas. Nossa gente vive diariamente com o medo de serem mortos por bombas da Segunda Guerra" , disse Marape.

  • Reino Unido vai deportar imigrantes ilegais estrangeiros e mandá-los à força para Ruanda: entenda
    on 24 de abril de 2024 at 03:00

    Parlamento britânico aprovou na segunda-feira (22) um polêmico projeto para enviar imigrantes ao país africano, com contrapartida financeira ao governo ruandês. Modelo é inédito no mundo e é contestado por órgãos da ONU. Alvo são imigrantes que chegam ao Reino Unido em pequenos barcos pelo Canal da Mancha. Imigrantes rumo ao Reino Unido nesta terça (23) flagrados quando passavam pela França Prefeitura Marítima do Norte e da Mancha/AP Em junho de 2022, um avião que sairia de um aeroporto em Londres rumo a Kigali, capital da Ruanda, foi parado em plena pista de decolagem. Quem deteve o voo foi uma liminar do Tribunal Europeu de Direitos Humanos (ECHR) favorável aos sete passageiros que estavam a bordo. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Eles formavam o primeiro grupo de imigrantes ilegais que o governo britânico pretendia levar à força para a Ruanda, a partir de um acordo entre os governos britânico e ruandês. O plano, fortemente defendido pelo então primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, acabou barrado pela Suprema Corte do país. Mas nem o avião detido em plena pista de decolagem nem a sentença de ilegalidade da Suprema Corte conseguiram impedir que o Reino Unido seguisse adiante com o plano: nesta semana, dois anos depois da primeira tentativa, o Parlamento britânico aprovou a mesma lei, com manobras legais para driblar o veto da Justiça. A medida é endossada também pelo primeiro-ministro Rishi Sunak, filho de imigrantes indianos. A lei, uma das principais bandeiras do governo do país, consiste em enviar de avião para abrigos em Kigali, capital da Ruanda, grupos de pessoas que tenham entrado no Reino Unido de forma ilegal e solicitado asilo e refúgio no Reino Unido. Em troca, Londres pagará cerca de 370 milhões de libras esterlinas (cerca de R$ 2,3 bilhões) aos cofres ruandeses. O modelo, inédito no mundo, já foi considerado ilegal pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela própria Suprema Corte do Reino Unido. Na terça-feira (23), os chefes do Alto Comissariado da ONU para Refugiados e para Direitos Humanos pediram que o Reino Unido reconsidere a decisão. Reino Unido vai deportar imigrantes ilegais e mandá-los à força para Ruanda; entenda O foco são imigrantes em busca de asilo que chegam ao Reino Unido em barcos ao cruzar o Canal da Mancha. Segundo o Ministério do Interior britânico, 6.265 barcos chegaram ao país, 24% a mais que o mesmo período de 2023. A maior parte (40%) foi de vietnamitas e afegãos em 2024. Veja os dados abaixo: 2021: 28.526 barcos 2022: 45.774 2023: 29.437 2024* (até 21 de abril) : 6.265 O Canal da Mancha é atualmente a principal porta de entrada de migrantes irregulares no Reino Unido e a etapa final de uma jornada que costuma começar na África Central e segue pelo norte do continente até o sul da Europa através das perigosas travessias pelo Mediterrâneo. Nesta terça, cinco pessoas morreram numa travessia. Os migrantes morreram afogados por volta das 5h no horário local depois de uma confusão dentro do barco inflável em que estavam, segundo a polícia francesa. A suspeita é de que a embarcação estava superlotada. arte/ g1 Primeiro grupo será levado para Ruanda em julho O primeiro grupo, disse o governo, será enviado em julho deste ano -- até lá, no entanto, críticos da polêmica lei prometem uma nova batalha na Justiça para tentar impedir novamente que o plano entre em vigor. O principal argumento é que a medida infringe o "non-refoulement", um dos princípios fundamentais do direito internacional e que proíbe que um país devolva ou deporte qualquer pessoa que entre em seu território solicitando asilo ou refúgio. "As violações ao Direito Internacional (tanto dos Refugiados quanto dos Direitos Humanos) são múltiplas, com destaque para os temas de perseguição e non-refoulement, que são pedras angulares da proteção do direito de asilo por meio do refúgio", disse ao g1 a doutora em Direito Internacional pela Universidade de São Paulo, mestre pela NYU School of Law e especialista em refúgio e direitos humanos. O Estatuto dos Refugiados, documento ratificado pela Convenção de Genebra de 1951 e do qual o Reino Unido é signatário, também proíbe a devolução de migrantes e determina que qualquer pessoa que fuja de um país em guerra ou alegue sofrer perseguições políticas, por raça ou orientação sexual tem o direito de ir a outro país e solicitar asilo nele. O governo britânico alega que Kigali é uma cidade segura e que os imigrantes estarão protegidos. E o argumento foi a grande manobra que o governo de Rishi Sunak encontrou para driblar a Suprema Corte: no texto do novo projeto de lei aprovado esta semana, o Executivo determina que a Justiça terá de provar que os abrigos ruandeses não são um lugar seguro. Já um caso recente depõe contra esse argumento: no início do ano, dois imigrantes indianos que haviam chegado ao território britânico de Diego Garcia, no Oceano Índico, foram enviados para cuidados médicos a hospitais em Kigali, já como um teste do projeto do governo britânico. Os dois alegaram ter sido abusados sexualmente, afirmaram que as condições do abrigo são péssimas e abriram um processo contra o governo de Rishi Sunak. Reino Unido aprova lei para enviar imigrantes para a Ruanda Insistência Mas por que, mesmo com as proibições, infrações e críticas, o governo britânico insiste em levar o projeto adiante? O Partido Conservador, que comanda o Reino Unido desde 2010, tem uma política anti-imigração. Por isso, há mais de uma década, o governo do país vem tentando alternativas para reduzir o número de migrantes. A grande bandeira do Brexit, defendido desde 2014 pelo então primeiro-ministro Boris Johnson, aprovado pela maioria da população em 2016 e efetivado em 2020, teve como grande bandeira a promessa de frear o número de estrangeiros no país. Mas o divórcio com a União Europeia não fez o fluxo diminuir. Pelo contrário. Desde então, o país bateu vários recordes em chegadas de imigrantes -- em 2021, os números triplicaram na comparação com os de 2019. Os números de 2024 seguem em alta: 6.265 barcos chegaram ao Reino Unido de barco via Canal da Mancha, 24% a mais que o mesmo período de 2023 Em 2023, o governo britânico havia testado outra ideia: construiu espécies de prédios flutuantes em portos no sul da Inglaterra para reter lá os solicitantes de asilo. A ideia, também fortemente criticada, acabou naufragando: após denúncias de más condições nos alojamentos, uma contaminação por bactéria forçou o governo a retirar o primeiro grupo enviado ao prédio flutuante e abandonar o projeto. A nova lei Boris Johnson interage com alunos de uma escola em Kigali, capital da Ruanda, em visita à Ruanda para defender polêmico acordo de envio forçado de imigrantes do Reino Unido ao país africano, em 23 de junho de 2022. Dan Kitwood/ AFP O projeto de lei aprovado na segunda-feira pelo Parlamento britânico permite que o governo envie os imigrantes que chegaram de qualquer lugar do mundo e pediram asilo em solo britânico a entrar em um avião que os leve para Ruanda –mesmo que a pessoa nunca tenha pisado em Ruanda. A expectativa é que ainda nesta semana o rei Charles III dê o consentimento real e que o projeto vire lei. O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, disse que o governo já fretou aviões comerciais e treinou cerca de 500 trabalhadores do setor de aviação para levar os imigrantes para Ruanda. O pedido de asilo vai ser julgado pelo governo ruandês, e se for aceito, as pessoas vão receber a condição de refugiadas em Ruanda, e não no Reino Unido. Para receber esses imigrantes, Ruanda vai receber do governo britânico um total de 370 milhões de libras esterlinas (cerca de R$ 2,3 bilhões) em um período de cinco anos. Imigrantes que chegaram ilegalmente Rishi Sunak falando sobre questão dos imigrantes ilegais JN Para o governo, um dos efeitos das deportações para Ruanda será diminuir o fluxo de pessoas que entram no Reino Unido de forma ilegal. A agência de notícias Associated Press fez uma comparação com os números de pequenos barcos que chegaram ao litoral do Reino Unido em três momentos. Em 2018, foram 299. Quatro anos depois, em 2022, foram 45.774. No ano passado, o número de barcos foi de 29.437. Segundo a AP, há grupos criminosos especializados em levar pessoas até o litoral do Reino Unido em pequenos barcos, partindo da Europa continental. Críticas ao projeto As pessoas que discordam do projeto afirmam que a ideia de deportar pessoas a um país com o qual elas não têm nenhuma relação e para onde não queriam ir é desumano. Lucy Gregg, diretora do grupo Liberdade contra a Tortura, pediu para que o governo "comece a tratar os refugiados de forma decente e pare de tentar enviá-los para longe em um futuro incerto em Ruanda". Os críticos também dizem que Ruanda não tem um histórico de respeito aos direitos humanos e que os imigrantes podem acabar sendo enviados aos seus países de origem, de onde fugiram e onde correm riscos. A nova lei estabelece que algumas regras de proteção aos direitos humanos no Reino Unido não se aplicarão ao esquema. Dificuldades legais Em junho do ano passado, a Justiça do país decidiu que a medida era ilegal. Para não contrariar essa decisão, o texto aprovado pelo Parlamento nesta terça-feira determina que os juízes britânicos precisam considerar que Ruanda é um destino seguro para os imigrantes antes que eles sejam colocados nos aviões. Segundo o "New York Times", mesmo com a aprovação da lei deve haver judicialização dessas tentativas de deportação. De acordo com o jornal, é possível que o governo consiga enviar alguns aviões com imigrantes para Ruanda antes das eleições gerais do país, que devem acontecer no segundo semestre, mas o custo dessas operações serão muito altos.

  • Congresso dos EUA aprova lei que pode banir TikTok no país; veja o que pode acontecer
    on 24 de abril de 2024 at 02:33

    Pelo texto aprovado, rede social chinesa terá de encontrar comprador para seguir ativa nos EUA. Prazo de 270 dias começará a contar assim que Joe Biden assinar lei. Sede da TikTok nos Estados Unidos Mike Blake/REUTERS O Congresso dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei que pode resultar no banimento do TikTok no país. O pacote — que também inclui o envio de ajuda financeira para Ucrânia, Israel e Taiwan — foi aprovado na noite desta terça-feira (23). No caso do TikTok, o aplicativo poderá ser banido nos EUA caso a ByteDance, que é dona da rede social, não encontre um comprador de confiança dos norte-americanos. Quando o projeto foi aprovado na Câmara, o TikTok lamentou a decisão e disse que a medida "atropelaria os direitos de liberdade de expressão de 170 milhões de americanos". Leia o comunicado completo mais abaixo. O presidente Joe Biden já demonstrou apoio à lei. Caso o democrata de fato sancione o texto, a ByteDance terá 270 dias para encontrar um comprador das operações do TikTok nos Estados Unidos. Esse prazo poderá ser renovado por mais 90 dias. O novo dono não pode ter relação com a empresa chinesa. A expectativa é que a ByteDance ingresse com uma ação judicial para impedir a aplicação da lei. A empresa alega que o projeto é inconstitucional. Quem é o dono do TikTok e por que a rede desperta desconfiança de políticos nos EUA Entenda a discussão envolvendo o TikTok e os Estados Unidos a seguir: 📱 Por que os EUA estão fechando o cerco contra o TikTok? A ideia de banir a plataforma vem desde o governo de Donald Trump, que dizia que a ByteDance, dona do TikTok, representava um risco para a segurança do país porque a China poderia se aproveitar do poder da empresa para obter dados de usuários americanos. O TikTok, por sua vez, sempre negou. 🤔 Por que o projeto passou junto de um pacote com temas diferentes? Uma versão anterior do texto estava paralisada no Senado desde março. Os congressistas, então, resolveram incluir a rede social em um pacote que inclui ajuda econômica a países aliados dos EUA, como Ucrânia e Israel. Projetos de lei de financiamento costumam andar mais rápido nas casas, além de ser uma prioridade do presidente Joe Biden. 👀 E caso o TikTok não cumpra a lei? Se a ByteDance se recusar a cumprir a decisão americana ou se ela não encontrar um comprador, as big techs Apple e Google terão de remover o TikTok de suas lojas de aplicativo, App Store e Play Store, respectivamente. 🗣️ O que diz o TikTok agora? Segundo a agência Reuters, o TikTok disse em comunicado que "é lamentável que a Câmara dos Deputados esteja usando a cobertura de importante assistência externa e humanitária para mais uma vez aprovar um projeto de lei que atropelaria os direitos de liberdade de expressão de 170 milhões de americanos". Vídeo: TikTok vai sair dos EUA? TikTok vai sair dos EUA?

  • Congresso dos EUA aprova pacote com ajuda de US$ 95 bilhões para Ucrânia, Israel e Taiwan
    on 24 de abril de 2024 at 02:10

    Senadores também aprovaram lei que pode abrir caminho para que o TikTok seja banido no país. Joe Biden afirmou que pacote será sancionado nas próximas horas. Bandeiras da Ucrânia e dos Estados Unidos em frente ao Capitólio, em 20 de abril de 2024 REUTERS/Ken Cedeno O Congresso dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira (23) um pacote que autoriza o envio de ajuda financeira para Ucrânia, Israel e Taiwan. O presidente Joe Biden disse que irá sancionar as leis nas próximas horas. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Com as leis aprovadas, os Estados Unidos devem enviar US$ 95 bilhões (R$ 487 bilhões) para aliados no exterior. Esse dinheiro será dividido em: US$ 61 bilhões para a Ucrânia; US$ 26 bilhões para Israel e ajuda humanitária para civis em zonas de conflito; US$ 8,12 bilhões para Taiwan. O pacote que passou pelo Senado também inclui a transferência de bens russos apreendidos para a Ucrânia, novas sanções contra o Irã, além de uma lei que pode abrir caminho para que o TikTok seja banido no país. Entenda mais abaixo. Após a aprovação no Congresso, o presidente Joe Biden afirmou que os Estados Unidos já estão preparando o envio de US$ 1 bilhão em ajuda militar para a Ucrânia. A ajuda dos Estados Unidos para a Ucrânia chegará em um momento que o país enfrenta escassez de suprimentos militares. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vinha pressionando o Ocidente por colaboração. A imprensa norte-americana disse que o pacote de ajuda pode ser o último aprovado pelo Congresso antes da eleição presidencial, marcada para novembro. TikTok A lei aprovada pela Congresso dos Estados Unidos, e que deve ser sancionada por Biden, obriga a ByteDance — dona do TikTok — a se desfazer de seus ativos em solo norte-americano e encontrar um comprador de "confiança". Em tese, a ByteDance terá de vender as operações do TikTok dentro dos Estados Unidos para outra empresa que não tenha relação com a chinesa. A empresa terá 270 dias para vender o TikTok. O prazo poderá ser prorrogado por meio de um acordo por mais 90 dias. Caso a lei não seja cumprida, as big techs Apple e Google terão de remover a rede social de suas lojas de aplicativo. A expectativa é que a ByteDance entre com um processo na Justiça para impedir o cumprimento da lei aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos, argumentando que a medida é inconstitucional. VÍDEOS: mais assistidos do g1

  • Maduro anuncia retorno de escritório de Direitos Humanos da ONU à Venezuela
    on 24 de abril de 2024 at 00:53

    Em fevereiro, o alto comissariado foi expulso após expressar 'profunda preocupação' com a detenção de Rocío San Miguel, uma especialista em assuntos militares, acusada de terrorismo por seus supostos vínculos com um plano para assassinar Maduro. Nicolás Maduro recebe Karim Khan em Caracas, em 23 de abril de 2024 Jhonn Zerpa/Presidência da Venezuela/Via AFP O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta terça-feira (23) que o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos vai retornar ao país —o órgão havia sido expulso em fevereiro, após expressar preocupação com a prisão de uma ativista. Maduro fez o anúncio ao lado do procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, que investiga a Venezuela por possíveis crimes contra a humanidade. Maduro apareceu com Khan no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, e disse que recebeu a proposta de convidar o escritório do alto comissário para os direitos humanos da ONU para ser reaberto e chamou o alto comissário, Volker Türk, para ir ao país. "Vamos superar as diferenças, o conflito que tivemos", disse o presidente. Khan, que abriu nesta terça-feira um escritório da procuradoria do TPI em Caracas, afirmou estar "muito grato" a Maduro por ter "expressado às minhas instâncias seu compromisso de permitir que o escritório do Alto Comissariado da ONU retorne à Venezuela". Expulsão em fevereiro Em fevereiro, o alto comissariado expressou "profunda preocupação" com a detenção de Rocío San Miguel, uma especialista em assuntos militares, acusada de terrorismo por seus supostos vínculos com um plano para assassinar Maduro. O governo condenou a reação e acusou na época o escritório de "se tornar a firma de advocacia particular do grupo de golpistas e terroristas". Veja abaixo uma reportagem da época da expulsão. Maduro expulsa da Venezuela funcionários do escritório de Direitos Humanos da ONU

  • Na maior manifestação contra o governo Milei, estudantes argentinos protestam contra cortes nas universidades
    on 23 de abril de 2024 at 22:58

    O protesto desta terça (23) foi motivado por cortes no orçamento das universidades públicas promovidos pelo governo Milei e teve público de 500 mil pessoas, segundo a Universidade de Buenos Aires (UBA). Já o governo informou que ao menos 150 mil manifestantes participaram da marcha. Estudantes argentinos protestam contra cortes do governo Milei no orçamento de universidades públicas, em 23 de abril de 2024. Agustin Marcarian/Reuters Centenas de milhares de argentinos foram às ruas de Buenos Aires nesta terça-feira (23) para protestar contra cortes no orçamento das universidades públicas promovidos por Javier Milei. Essa foi a maior manifestação registrada até agora no governo Milei, que assumiu em dezembro. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Estudantes e representantes sindicais participaram da marcha, que teve público de pelo menos 500 mil pessoas, segundo a Universidade de Buenos Aires (UBA). Já o governo argentino informou que ao menos 150 mil manifestantes participaram do ato, que terminou sem incidentes. O protesto partiu do Congresso em direção à Plaza de Mayo às 15h30 (horário local, mesmo de Brasília). Um pouco antes, já havia concentrações em frente à Faculdade de Medicina da Universidade de Buenos Aires (UBA), a alguns quarteirões de distância. Os manifestantes chegaram às proximidades da Casa Rosada, residência oficial do presidente, por volta das 17h. Às 18h, um documento compartilhado foi lido. O lema da marcha foi "em defesa da universidade pública argentina". Durante o ato, faixas foram erguidas com os dizeres "defendam as universidades públicas", "estudar é um direito" e "aumentem o orçamento, abaixo o plano de Milei". Participaram do protesto Sergio Massa, ex-chefe de Gabinete e ex-ministro da Economia, e Axel Kicillof, governador da província de Buenos Aires. Em defesa da manifestação, Adolfo Pérez Esquivel, vencedor prêmio Nobel da Paz de 1980, disse que "a educação é para criar homens e mulheres livres". Estudantes protestam contra cortes do governo Milei para as universidades públicas na Argentina, em 23 de abril de 2024. Agustin Marcarian/Reuters "Estou aqui para defender as universidades públicas", disse Pedro Palm, um arquiteto de 82 anos formado na prestigiada Universidade de Buenos Aires (UBA), que recentemente alertou que poderia ter que fechar suas portas depois que seu orçamento foi reduzido. O protesto desta terça é mais um exemplo da crescente tensão entre o Executivo e diversas áreas da sociedade argentina por conta dos cortes de gastos promovidos por Milei em prol de reverter a situação econômica do país. Estudantes argentinos protestam contra cortes nas universidades públicas, em 23 de abril de 2024. Martin Villar/Reuters Javier Milei está empregando seu "plano motosserra" de cortes orçamentários para lidar com a crise econômica, herdada de governos anteriores, que a Argentina enfrenta. Segundo pronunciamento do presidente em rede nacional na segunda (22), o país registrou seu terceiro mês seguido de superávit fiscal. Entretanto, os cortes têm apertado o setor público. As universidades públicas da Argentina, como a UBA, que oferecem educação de graduação gratuita, dependem do financiamento governamental para funcionar. Horas antes da manifestação, o porta-voz presidencial Manuel Adorni defendeu a posição do governo perante os cortes e pediu uma marcha pacífica. "A educação é um dos pilares fundamentais de nossa ideologia. Não temos vontade de fechar as universidades", disse Adorni em coletiva. Manifestantes protestam contra cortes nas universidades públicas em frente à Casa Rosada em 23 de abril de 2024. Agustin Marcarian/Reuters

  • Vice-ministro da Defesa da Rússia é preso por suspeita de aceitar propina
    on 23 de abril de 2024 at 19:43

    Timur Ivanov é acusado de corrupção pelo Comitê de Investigação Russo, principal órgão investigativo do país. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que o presidente russo, Vladimir Putin, e o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, foram informados sobre a prisão. Timur Ivanov, vice-ministro da Defesa da Rússia, preso sob suspeita de corrupção em 23 de abril de 2024. Mil.ru, CC BY 4.0, via Wikimedia Commons Um vice-ministro da Defesa da Rússia, Timur Ivanov, foi preso nesta terça-feira (23) sob suspeita de corrupção, segundo Comitê de Investigação Russo, principal órgão investigativo do país. "O vice-ministro da Defesa da Rússia, Timur Vladimirovich Ivanov, foi detido sob suspeita de cometer um crime nos termos da parte 6, artigo 290 do Código Penal Russo (corrupção)", informou o Comitê, em comunicado. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O órgão informou ainda que uma investigação sobre o caso de Ivanov está em andamento. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que o presidente russo, Vladimir Putin, já foi informado sobre a prisão de Ivanov, segundo a agência de notícias estatal Tass. Peskov ainda disse que o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, foi informado antecipadamente sobre a detenção de seu subordinado. A revista Forbes já chegou a listar Ivanov, especialista em cibernética e na indústria nuclear, como um dos mais ricos funcionários das estruturas de segurança da Rússia. LEIA TAMBÉM: 'Pegar e matar': ex-diretor de jornal descreve em julgamento como 'enterrava' histórias ruins para Trump Governo Milei promete expulsar 'imediatamente' estrangeiros que cometam crimes na Argentina Elon Musk diz que Austrália censura conteúdo, e premiê do país o chama de 'bilionário arrogante'

  • Elon Musk diz que Austrália censura conteúdo, e premiê do país o chama de 'bilionário arrogante'
    on 23 de abril de 2024 at 19:42

    Anthony Albanese diz que empresário 'pensa estar acima da lei' após Musk desafiar ordem de remoção de vídeos na rede X que mostram ataque terrorista. Segundo premiê, Musk 'escolheu a violência em vez do bom senso'. Anthony Albanese diz que empresário 'pensa estar acima da lei' após Musk desafiar ordem de remoção de vídeos na rede X que mostram ataque terrorista. Segundo premiê, Musk 'escolheu a violência em vez do bom senso' Gonzalo Fuentes/Reuters O primeiro-ministro da Austrália chamou nesta terça-feira (23) o empresário Elon Musk de "bilionário arrogante que pensa estar acima da lei e da decência básica" em meio a uma disputa entre as autoridades australianas e a rede social X que envolve uma ordem de remoção de vídeos explícitos de um ataque terrorista em Sydney em 15 de abril. Segundo o premiê Anthony Albanese, Musk é "um sujeito que escolheu o ego e a violência em vez do bom senso". ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Vídeos de ataque terrorista A mais recente disputa entre Musk e a Austrália teve início na semana passada, quando uma comissão de segurança digital australiana ordenou que várias redes sociais removessem vídeos que mostravam um ataque a faca contra um clérigo cristão assírio e mais duas pessoas numa igreja de Sydney. O ataque, que foi transmitido ao vivo, foi posteriormente classificado pela polícia como uma ação terrorista. O autor, um adolescente muçulmano de 16 anos, foi apreendido. Não houve registro de mortes. Rapidamente, vídeos do ataque se espalharam nas redes sociais. As redes ligadas à empresa Meta (Facebook e Instagram) prontamente removeram os conteúdos após uma ordem da comissária de Segurança Eletrônica da Austrália, Julie Inman Grant, que ameaçou impor multas. Mas a rede X apenas ocultou o conteúdo para usuários na Austrália, permitindo que os vídeos pudessem ser exibidos e assistidos pelo público fora do país ou por australianos que usassem VPNs. Essa ação limitada foi classificada como insuficiente pelas autoridades australianas, que exigiram a remoção completa dos vídeos da plataforma e entraram com um pedido de liminar na Justiça. Primeiro-ministro da Austrália diz que Musk é arrogante em discussão sobre imagem publicada no X LEIA TAMBÉM: Javier Milei se encontra com Elon Musk e oferece apoio para o bilionário em investigações do STF no Brasil Índia manda rede social X, de Elon Musk, derrubar posts, e empresa obedece 'Pegar e matar': ex-diretor de jornal descreve em julgamento como 'enterrava' histórias ruins para Trump Musk vs. Austrália No último sábado, Musk entrou pessoalmente na disputa e passou a usar sua rede para criticar o governo australiano. "A comissária de censura australiana está exigindo proibições globais de conteúdo!", comentou o empresário no X. Uma postagem oficial da administração da rede também classificou as medidas tomadas pelo governo australiano como "um terrível ataque à sociedade livre". Na segunda-feira, um tribunal federal australiano, atendendo ao pedido de liminar das autoridades australianas, ordenou que a rede tome medidas nas próximas 48 horas para remover completamente os conteúdos. No mesmo dia, o premiê Anthony Albanese, um político trabalhista no poder desde 2022, lançou suas primeiras críticas contra Musk, manifestando contrariedade com a resistência do X em remover os vídeos. "Isso não é sobre liberdade de expressão", disse Albanese, apontando ainda que outras redes obedeceram a ordem de remoção. Musk então reagiu com escárnio, "agradecendo" Albanese por "informar ao público" que o X é a "única plataforma confiável". Na sequência, o empresário fez publicações com o mesmo tom provocativo e argumentou: "Nossa preocupação é que, se qualquer país tiver permissão para censurar conteúdo de todos os países, que é o que a "Comissária de Segurança Eletrônica" australiano está exigindo, então o que impede qualquer país de controlar toda a Internet?". Nesta terça-feira, Albanese voltou à carga, lançando novas críticas contra Musk e a rede X durante uma entrevista à emissora pública australiana ABC. "Esse [Musk] é um sujeito que escolheu o ego e a demonstração de violência ao bom senso. Acho que os australianos vão balançar a cabeça quando refletirem que esse bilionário está preparado para ir aos tribunais para lutar pelo direito de semear a divisão e mostrar vídeos violentos que são muito angustiantes." "Outras empresas de mídia social obedeceram sem reclamar. Mas esse sujeito acha que está acima da lei australiana, que está acima da decência básica. E acho que esse sujeito do outro lado do mundo, a partir de suas organizações bilionárias, tentando dar lições aos australianos sobre liberdade de expressão... Bem... eu não vou aceitar isso e os australianos também não", disse Albanese. "Isso mostra o quanto esse sujeito é arrogante." Disputa com STF brasileiro Nos últimos dias, Musk intercalou na sua conta no X criticas ao governo da Austrália com ataque ao Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil. Os dois casos têm características análogas. O movimento de Musk contra o STF começou no dia 6 de abril, com uma série de mensagens no X nas quais o empresário acusou o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das milícias digitais no STF, de ser responsável por "censura" no Brasil. Musk ainda afirmou que a plataforma desbloquearia contas de ativistas de extrema direita que haviam sofrido ordens de bloqueio por decisões judiciais. Um dia após a primeiras mensagens de Musk ameaçando desrespeitar as ordens judiciais de desbloqueio de contas no X, Moraes incluiu o dono do X como investigado no inquérito das milícias digitais.

  • 'Pegar e matar': ex-diretor de jornal descreve em julgamento como 'enterrava' histórias ruins para Trump
    on 23 de abril de 2024 at 19:17

    O jornal 'National Enquirer' pagou US$ 130 mil a uma ex-modelo da Playboy e US$ 30 mil a um porteiro para que eles vendessem seus relatos com exclusividade e então 'matou' as histórias. Trump é acusado de fraude eleitoral nas eleições de 2016 ao tentar esconder do público os encontros sexuais que ele supostamente teve com a atriz pornô Stormy Daniels. Ex-diretor de tabloide presta depoimento em julgamento criminal de Trump O ex-diretor do jornal sensacionalista "National Enquirer" David Pecker testemunhou nesta terça-feira (23) no julgamento de Donald Trump e descreveu como a publicação foi um braço da campanha presidencial de 2016. Segundo Pecker, o jornal tinha a prática de "pegar e matar" histórias que poderiam ser danosas para o empresário nas eleições em que Trump derrotou Hillary Clinton e se tornou presidente. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Esse é o primeiro julgamento criminal de um presidente dos Estados Unidos. Trump é acusado de fraude eleitoral nas eleições de 2016 ao tentar esconder do público os encontros sexuais que ele supostamente teve com a atriz pornô Stormy Daniels (leia mais abaixo). David Pecker, o ex-diretor do tabloide, afirmou que usava o jornal “National Enquirer” para suprimir histórias que poderiam atrapalhar a campanha eleitoral de Trump. Ele afirmou que o jornal pagou duas pessoas que estavam oferecendo histórias sobre casos sexuais de Trump, mas nunca publicou as reportagens –essa prática é conhecida como “pegar e matar”. “Quando alguém está concorrendo a um cargo como esse (o de presidente), é muito comum que mulheres liguem para uma publicação como o 'National Enquirer' para tentar vender suas histórias”, disse Pecker na corte. A decisão para “enterrar” histórias ruins para o político foi tomada depois de um encontro, em 2015, no qual Pecker disse a Trump que o jornal iria ajudá-lo de duas formas: Publicaria histórias favoráveis a Trump. Ficaria atento a pessoas que pudessem prejudicá-lo. Ex-modelo da Playboy Pecker disse que o “National Enquirer” pagou a ex-modelo da Playboy Karen McDougal, que afirmava que teve uma relação com Trump entre 2006 e 2007. O ex-diretor do jornal disse que “comprou” a história depois que o próprio Trump se recusou a pagar o dinheiro para a ex-modelo (o ex-presidente nega que teve um caso com ela). Segundo Pecker, na época, Trump disse que “sempre que se faz algo assim, acaba saindo”. A empresa que controla o jornal, a American Media, disse em 2018 que desembolsou US$ 150 mil pela história. Porteiro da Trump Tower O jornal também pagou US$ 30 mil para uma história oferecida por Dino Sajudin, um porteiro da Trump Tower. Segundo ele, Trump teve um filho fora do casamento com uma empregada doméstica. Pecker disse que, no fim das contas, a história não era verdadeira. O ex-diretor também afirmou que os valores desses dois pagamentos foram muito mais altos do que o “National Enquirer” costumava pagar. “Eu tomei a decisão de comprar a história por causa do constrangimento em potencial que teria na campanha e para o senhor Trump”, disse Pecker no tribunal. Pecker deve voltar a testemunhar na quinta-feira. Para os promotores, a ocultação dessas histórias de relações extraconjugais durante as eleições de 2016, quando Trump já foi acusado de mau comportamento sexual, ajudaram Trump a enganar os eleitores. Atriz pornô Este é o primeiro julgamento criminal em que um ex-presidente dos EUA é réu. Para a promotoria, Trump falsificou registros comerciais para encobrir um pagamento de US$ 130 mil à estrela pornô Stormy Daniels em 2016 para manter em segredo um encontro sexual que ela afirma terem tido 10 anos antes. Trump se declarou inocente e nega que o encontro tenha ocorrido. O promotor Matthew Colangelo afirma que houve uma "conspiração planejada, coordenada e de longa duração para influenciar as eleições de 2016, para ajudar Trump a ser eleito por meio de despesas ilegais para silenciar pessoas que tinham algo ruim a dizer sobre seu comportamento. Foi fraude eleitoral, pura e simples". Trump afirmou que esses pagamentos foram pessoais e não violam nenhuma lei. Donald Trump em 22 de abril de 2023 Victor J. Blue/Reuters Processo criminal Na segunda-feira, o júri, composto por 12 pessoas, começou a ouvir os argumentos dos promotores que apresentaram a denúncia contra Trump, que foi ao tribunal para participar da sessão. Os promotores descreveram o pagamento de Trump à Stormy Daniels como um esquema criminoso para enganar os eleitores em um momento em que Trump enfrentava outras acusações de mau comportamento sexual. Colangelo disse ao júri que eles ouviriam Trump discutindo os detalhes do esquema em conversas gravadas e veriam um extenso rastro de papel para apoiar o testemunho das testemunhas. O advogado de Trump disse ao júri que o ex-presidente não cometeu nenhum crime e disse que o promotor do distrito de Manhattan, Alvin Bragg, não deveria ter trazido o caso. "Não há nada de errado em tentar influenciar uma eleição. É chamado de democracia. Eles colocaram algo sinistro nesta ideia, como se fosse um crime", disse o advogado de Trump, Todd Blanche. LEIA TAMBÉM: Stormy Daniels, atriz pornô do processo de Trump, diz que ex-presidente não merece ser preso Em audiência-relâmpago, juiz nega pedido de Trump de arquivamento do caso Stormy Daniels Justiça expede ordem de silêncio e proíbe Trump de se manifestar sobre processo envolvendo atriz pornô Stormy Daniels Caso da atriz pornô: entenda julgamento que pode levar Trump à prisão Entenda o caso No total, são 34 acusações, cada uma delas punível com até 4 anos de prisão (veja mais abaixo perguntas e respostas sobre o caso). Donald Trump declarou-se inocente e afirma que ele é vítima de uma "caça às bruxas" dos democratas para impedi-lo de voltar à Casa Branca. Ele é o único pré-candidato do Partido Republicano nas eleições presidenciais e disputará com Joe Biden, atual presidente dos EUA, do Partido Democrata. As eleições ocorrem em 5 de novembro. No pior dos cenários para ele, Trump pode ser condenado à prisão, uma situação inédita na política americana. A acusação Montagem mostra Stormy Daniels e Donald Trump Ethan Miller, Olivier Douliery/AFP Segundo a acusação, o republicano pagou US$ 130 mil (R$ 660 mil na cotação atual) na reta final da campanha presidencial de 2016 à ex-atriz pornô Stormy Daniels para que ela se mantivesse em silêncio sobre uma relação sexual extraconjugal que os dois tiveram em 2006 (Trump sempre negou que tenha tido um caso com Stormy Daniels). Essas ações em si não são crimes, mas a promotoria afirma que Trump maquiou esse pagamento como se fosse um desembolso ao seu advogado. Ou seja, o ex-presidente está sendo julgado por esconder esse valor nos registros fiscais. A promotoria afirma que esse dinheiro, na verdade, era uma despesa de campanha, já que o propósito final do pagamento era impedir que uma informação que pudesse atrapalhá-lo na reta final nas eleições de 2016. Portanto, para a acusação, Trump escondeu um gasto de campanha e deve ser julgado também por isso. Quem fez o pagamento foi Michael Cohen, então advogado pessoal de Trump —e hoje adversário dele. Como havia um grupo de pessoas envolvidas no esquema, também há acusação de conspiração. Foi "uma conspiração para fraudar a eleição presidencial e mentir em documentos comerciais para encobri-la", segundo o promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg. Em Nova York, os promotores são eleitos para o cargo; ele é do Partido Democrata, adversário de Trump. A defesa afirma que Trump fez os pagamentos porque estava sendo extorquido. A acusação, no entanto, diz que essa era uma prática recorrente de Trump, já que ele usou esse mesmo esquema outras duas vezes —para pagar um porteiro e uma outra mulher com quem ele teria tido uma relação. Para os promotores, os eleitores americanos foram enganados quando venceu as eleições presidenciais de 2016 contra Hillary Clinton. Donald Trump no banco dos réus no primeiro dia de julgamento pela acusação de ocultar pagamentos a ex-atriz pornô durante a campanha de 2016, em 15 de abril de 2024. Angela Weiss/Pool via Reuters

  • Governo Milei promete expulsar 'imediatamente' estrangeiros que cometam crimes na Argentina
    on 23 de abril de 2024 at 18:31

    Medida foi anunciada pelo porta-voz da presidência, Manuel Adorni, em coletiva nesta terça-feira (23). Adorni não deu mais detalhes sobre como serão feitas as expulsões ou quando elas teriam início. Governo Milei promete expulsar imediatamente estrangeiros que cometam crimes na Argentina, disse o porta-voz da presidência Manuel Adorni em 23 de abril de 2024. Reprodução/redes sociais O governo Milei irá expulsar imediatamente estrangeiros que cometam crimes na Argentina, disse o porta-voz da presidência Manuel Adorni nesta terça-feira (23). "Estamos trabalhando intensamente sob instrução do presidente Javier Milei para que todas as pessoas estrangeiras que cometam crimes na Argentina sejam expulsas imediatamente do país. Isso é uma obviedade, mas evidentemente a política não tem se ocupado disso nos últimos tempos", disse Adorni. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Adorni não deu mais detalhes sobre como serão feitas as expulsões ou quando elas teriam início. Em janeiro, a ministra da Segurança argentina, Patricia Bullrich, havia pedido que a Justiça expulsasse do país os estrangeiros que cometam crimes. A ministra fez o apelo durante entrevista a uma rádio local, em que falava sobre uma operação de reintegração de posse de um terreno na província de Santa Fé, que resultou em cinco mortos, e sobre a violência em demais cidades do país, como Rosário e Buenos Aires. "Em caso de pessoas que usurpam terrenos, que sejam estrangeiros e que não tenham domicílio permanente na Argentina, a Justiça deveria expulsá-los do país de maneira imediata. Creio que essa é uma medida corretiva que tem que ser adotada de maneira imediata. Os estrangeiros que vêm ao país roubar, matar e cometer outros crimes deveriam ser expulsos, a não ser que sejam nascidos na Argentina ou tenham a residência permanente", disse Bullrich. A ministra não havia se manifestado sobre o anúncio da presidência nesta terça até a última atualização desta reportagem. O presidente da Argentina, Javier Milei, durante participação em evento de políticos conservadores nos EUA, em 24 de fevereiro de 2024 Elizabeth Frantz/Reuters LEIA TAMBÉM: Milei se encontra com Elon Musk e oferece apoio para o bilionário em investigações do STF no Brasil Milei deixará plano de só viajar em voos comerciais por recomendação de equipe de segurança Revista TIME: Milei, Marina Silva e Dua Lipa estão na lista das 100 pessoas mais influentes de 2024