O Prêmio Nobel de Economia de 2025 foi concedido a Joel Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt por suas contribuições para a compreensão do crescimento econômico e do papel da inovação nesse processo. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (13) pela Academia Real das Ciências da Suécia.
Metade do prêmio foi destinada a Joel Mokyr, em reconhecimento à sua identificação dos pré-requisitos para o crescimento sustentado por meio do progresso tecnológico. A outra metade foi dividida entre Philippe Aghion e Peter Howitt, por seu trabalho sobre a teoria do crescimento sustentado pela “destruição criativa”.
Entenda a Destruição Criativa
Segundo a Academia, os laureados demonstraram, de diferentes perspectivas, como a destruição criativa – o processo pelo qual novas inovações substituem tecnologias e modelos de negócios existentes – gera conflitos que precisam ser gerenciados de forma construtiva. A Academia alertou que, caso contrário, a inovação pode ser bloqueada por empresas estabelecidas e por grupos de interesse que se sentem ameaçados.
“O trabalho dos laureados demonstra que o crescimento econômico não pode ser considerado garantido. Devemos preservar os mecanismos que sustentam a destruição criativa, para que não voltemos à estagnação”, afirmou John Hassler, presidente do Comitê do prêmio em ciências econômicas.
Vencedores Recentes
O Prêmio do Banco da Suécia em Ciências Econômicas em memória de Alfred Nobel, como é oficialmente chamado, já premiou:
- 2024: Daron Acemoglu, Simon Johnson e James A. Robinson, por estudos sobre as causas da prosperidade das nações.
- 2023: Claudia Goldin, por suas descobertas sobre a participação feminina no mercado de trabalho.
- 2022: Ben Bernanke, Douglas Diamond e Philip Dybvig, por suas pesquisas sobre bancos e crises financeiras.
- 2021: David Card, Joshua D. Angrist e Guido W. Imbens, por métodos para entender o impacto de políticas públicas no mercado de trabalho.
- 2020: Paul R. Milgrom e Robert B. Wilson, por melhorias na teoria e no design de leilões.
- 2019: Abhijit Banerjee, Esther Duflo e Michael Kremer, por seu trabalho no combate à pobreza.
Criado em 1968 e concedido pela primeira vez em 1969, o prêmio de Economia não fazia parte do testamento original de Alfred Nobel, que instituiu os prêmios de Medicina, Física, Química, Literatura e Paz. O prêmio de Economia é o último a ser concedido este ano.
Reportagem em atualização