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22 de dezembro de 2025

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Mudanças climáticas podem afetar espécies importantes da Amazônia

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Um estudo recente, publicado na revista Ecology and Evolution, acende um alerta sobre os impactos das mudanças climáticas em espécies do gênero Dipteryx, como o cumaru, o baru e a castanha-de-morcego. A pesquisa, resultado de uma parceria entre o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), indica que essas árvores, essenciais para a floresta amazônica e outros biomas brasileiros, estão sob ameaça.

Essas espécies, encontradas na Amazônia, Cerrado e Caatinga, não só ajudam a manter o equilíbrio dos ecossistemas, como também são importantes para a economia e a cultura local. Comunidades indígenas e ribeirinhas dependem dos frutos e sementes para alimentação e renda, enquanto a madeira é muito valorizada na construção civil e na produção de móveis.

De acordo com o estudo, a redução das áreas adequadas para o crescimento dessas árvores pode gerar perdas econômicas de até US$ 597 bilhões no futuro. Isso mostra como a crise climática pode impactar diretamente a economia local e global.

O que o estudo previu?

Os pesquisadores utilizaram modelos que simulam o clima no futuro para estimar a perda de habitat dessas espécies. As projeções indicam que algumas áreas podem se tornar inadequadas para o crescimento dessas árvores, o que pode prejudicar a produção local, a segurança alimentar das comunidades tradicionais e a saúde das florestas.

A botânica Catarina de Carvalho, autora principal do estudo, explica que, por muito tempo, acreditou-se que apenas o cumaru (Dipteryx odorata) era explorado tanto para madeira quanto para sementes. “Nosso trabalho corrige essa ideia, mostrando que outras espécies do gênero também são importantes e precisam ser protegidas”, diz.

Quais espécies são mais vulneráveis?

O estudo aponta que espécies com áreas de ocorrência menores são as mais vulneráveis. Um exemplo é a Dipteryx lacunifera, da Caatinga, que pode perder até 40% de sua área de ocorrência nas próximas duas décadas. Mesmo as espécies amazônicas, que parecem mais resistentes, estão ameaçadas pelo desmatamento, pela exploração ilegal e pelos incêndios florestais.

Maristerra Lemes, pesquisadora do Inpa, ressalta que a pesquisa sobre o cumaru faz parte de um esforço maior para entender e proteger plantas importantes para a Amazônia, como o cupuaçu, a castanha-do-pará, o açaí e o mogno.

Os pesquisadores destacam a importância de proteger os ecossistemas existentes, manter as florestas conectadas e promover o manejo sustentável. Além disso, é fundamental que os países que compartilham esses biomas trabalhem juntos para garantir a conservação dessas espécies.

Atualmente, as espécies amazônicas de Dipteryx já estão sendo avaliadas para inclusão em programas de conservação e proteção, como o CNCFlora e a CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Ameaçadas de Extinção).

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