Informação é com a gente!

27 de novembro de 2025

Informação é com a gente!

27 de novembro de 2025

Morre Paulo Ramos, guardião da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré

peixe-post-madeirao
peixe-post-madeirao
Jornal Madeirão - 12 anos de notícias

Últimas notícias

08/10/2025
Aviso de licitação: Pregão eletrônico – licitação n. 90011/2025 – menor preço global
02/10/2025
Publicação legal: Termo de Homologação – Pregào 9009/2025
01/10/2025
Termo de Anulação – Processo Administrativo nº: 72868/2024
01/10/2025
Aviso de dispensa de licitação – PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº: 79818/2025
09/09/2025
Publicação legal: Aviso de reagendamento de licitação – 90010/2025
08/09/2025
Aviso de reagendamento de licitação – processo 72868/2024
01/09/2025
Aviso de reagendamento de licitação: processo administrativo 77824/2025
27/08/2025
Publicação Legal: Aviso de Licitação – Processo Administrativo Nº 72868/2024
27/08/2025
Publicação Legal: Aviso de Reagendamento de Licitação – Processo Administrativo Nº 77824/2025
25/08/2025
Publicação legal: Aviso de Reagendamento de Licitação Ampla Participação

Porto Velho se despede de Paulo Ramos, o ferroviário que dedicou sua vida à Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM). ‘Seu’ Paulo, como era conhecido, faleceu nesta semana aos 78 anos, deixando um legado de luta pela preservação da memória e da história do estado.

Paulo começou a trabalhar na EFMM ainda menino, aos 12 anos, e permaneceu fiel aos trilhos por 66 anos. Sua trajetória se confunde com a própria história da ferrovia, testemunhando de perto as transformações e desafios enfrentados pela região.

Mais do que um trabalhador, Paulo Ramos era um defensor incansável da memória da EFMM. Sua voz serena e seu conhecimento profundo ecoaram em diversas ocasiões, inclusive em tribunais, onde lutou por maior atenção e cuidado com o patrimônio histórico.

Ao lado de companheiros como José Bispo de Moraes, Paulo foi fundamental na preservação não apenas das estruturas físicas da ferrovia, mas também das histórias e relatos que guardam a memória de tantas pessoas que trabalharam e viveram ao longo dos trilhos.

O jornalista Júlio Olivar, que teve a oportunidade de acompanhar Paulo em uma visita ao antigo Cemitério da Candelária em 2014, recorda-o como um verdadeiro herói da resistência cultural. “Ali, tive a certeza de que estava diante de dois homens que sabiam muito da história regional, não por ouvir dizer, mas por vivência”, relata Olivar em seu artigo.

Paulo Ramos foi chefe de trem, memorialista, vice-presidente da Associação dos ex-ferroviários da EFMM e, acima de tudo, um símbolo de resistência cultural. Sua morte deixa Rondônia órfã de uma voz simples e firme, que fez da lembrança um ato de coragem.

A partida de Paulo Ramos representa uma grande perda para a história e a cultura de Rondônia, mas seu legado de luta e dedicação à preservação da memória da EFMM permanecerá vivo para as futuras gerações.