Mais de 1,5 mil aldeias enfrentam dificuldades de acesso fluvial devido à seca histórica. Comitê emitirá boletins semanais para atualizar a situação.

O Ministério da Saúde anunciou a criação do Comitê de Respostas a Eventos Extremos na Saúde Indígena, visando monitorar de perto as comunidades afetadas pela prolongada seca na Região Norte. Até agora, 113 mil indígenas em 13 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dsei) foram impactados, com 1.511 aldeias sofrendo com a dificuldade de acesso fluvial. Boletins semanais serão emitidos para manter a população informada sobre a situação.

A Secretaria de Saúde Indígena fornecerá apoio logístico, ampliando contratos de horas de voo e reforçando o combustível em locais afetados. Além disso, serão oferecidas orientações, instrumentos de monitoramento, equipes in loco quando necessário, cestas básicas, equipes de combate a incêndios, ações para recuperar a navegabilidade dos rios e antecipação de benefícios sociais.

O secretário de Saúde Indígena, Weibe Tapeba, destaca que o comitê atuará para mitigar os impactos na saúde das comunidades devido aos fenômenos climáticos.

O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) também será acionado, com um repasse de R$ 8,12 milhões destinados à compra de produtos da agricultura familiar nos municípios em situação de calamidade pública ou emergência. Essa medida permitirá a aquisição de 1,72 mil toneladas de insumos.

A ação envolve ainda os ministérios da Defesa, do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, e dos Povos Indígenas, junto com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).