A Microsoft encerrou nesta terça-feira (14) o suporte ao Windows 10, sistema operacional lançado em 2015. Com o fim do suporte, o Windows 10 não receberá mais atualizações, correções de segurança ou suporte técnico.
A empresa recomenda que os usuários migrem para o Windows 11, disponível desde 2021. No entanto, nem todos os computadores são compatíveis com a nova versão do sistema operacional.
Consequências e alternativas
Para computadores incompatíveis com o Windows 11, a Microsoft oferece um pacote de atualizações estendidas com duração de um ano, ao custo de US$ 30 (aproximadamente R$ 163, na cotação atual).
A Microsoft não divulgou o número de usuários que serão afetados pelo fim do suporte ao Windows 10. De acordo com a Consumer Reports, cerca de 650 milhões de pessoas em todo o mundo ainda utilizavam o sistema operacional em agosto. O Public Interest Research Group estima que até 400 milhões de computadores não são compatíveis com o Windows 11.
Riscos de segurança
Especialistas alertam que usuários que permanecerem no Windows 10 podem ficar mais vulneráveis a ataques cibernéticos. “Ao deixar de receber as atualizações, o sistema não estará mais protegido contra as ameaças cibernéticas mais recentes”, afirma Martin Kraemer, analista de segurança da KnowBe4. Ele ressalta que o Windows 10 pode se tornar um alvo preferencial para hackers que exploram falhas de segurança.
Paddy Harrington, da Forrester, adverte que aplicativos também podem ser afetados pela falta de atualizações. “Os desenvolvedores dependem do sistema operacional para garantir certas funções. Sem atualizações, não podem garantir que seus aplicativos continuarão funcionando corretamente”, explica.
Proteção e alternativas
Apesar de programas antivírus oferecerem alguma proteção, especialistas consideram que eles são insuficientes para um sistema operacional desatualizado. “A proteção desses programas tem um limite. É melhor do que nada, mas é uma solução temporária”, diz Harrington.
Usuários que não puderem instalar o Windows 11 podem considerar a migração para outros sistemas operacionais, como o Linux, que é gratuito. “Se os aplicativos forem compatíveis com esse sistema operacional e as ferramentas de gerenciamento e segurança o suportarem, é uma boa opção”, sugere Harrington.
Em protesto contra a decisão da Microsoft, entidades de defesa do consumidor argumentam que computadores incapazes de rodar o Windows 11 foram vendidos em 2022 e 2023, o que os tornará obsoletos em pouco tempo. Na França, uma coalizão com 22 associações lançou uma petição pedindo atualizações gratuitas até 2030.