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23 de novembro de 2025

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Meta teria ocultado estudo sobre impacto do Facebook na saúde mental

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A Meta, controladora do Facebook, teria interrompido uma pesquisa sobre os efeitos da rede social na saúde mental depois de identificar evidências de que seus produtos prejudicavam os usuários. A alegação faz parte de uma ação judicial movida por distritos escolares dos Estados Unidos contra a Meta e outras plataformas de mídia social.

O processo cita um estudo interno da Meta, realizado em 2020 e denominado “Projeto Mercury”. Nele, cientistas da empresa constataram que pessoas que desativaram o Facebook por uma semana relataram sentir menos depressão, ansiedade e solidão. A pesquisa foi conduzida em parceria com a empresa de pesquisa Nielsen.

Cancelamento da pesquisa

Contudo, em vez de divulgar os resultados ou dar continuidade ao estudo, a Meta teria cancelado o projeto. Documentos indicam que a empresa justificou a decisão alegando que as conclusões negativas foram “contaminadas pela narrativa da mídia existente” contra ela. Internamente, funcionários teriam defendido a validade dos resultados, com um pesquisador descrevendo o impacto causal na comparação social.

Outro funcionário teria comparado o comportamento da Meta ao da indústria do tabaco, que “fez pesquisas, sabia que cigarros faziam mal e guardou essa informação para si”.

O processo judicial alega que, mesmo tendo acesso a esses dados, a Meta teria afirmado ao Congresso dos EUA não possuir meios para quantificar os efeitos nocivos de seus produtos sobre meninas adolescentes.

Resposta da Meta

Em comunicado, o porta-voz da Meta, Andy Stone, afirmou que o estudo foi interrompido devido a falhas metodológicas. Ele ressaltou que a empresa se dedica a aprimorar a segurança de seus produtos e que medidas para proteger adolescentes têm sido implementadas. Stone também afirmou que o processo judicial distorce os esforços da empresa em construir recursos de segurança.

Além da Meta, o processo movido pelo escritório de advocacia Motley Rice também mira o Google, TikTok e Snapchat. As acusações gerais são de que as empresas teriam ocultado intencionalmente os riscos associados ao uso de suas plataformas.

TikTok, Google e Snapchat não se manifestaram imediatamente sobre o caso, segundo a Reuters.

Outras acusações

O processo detalha ainda outras acusações graves, como:

  • Incentivo, ainda que indireto, ao uso das plataformas por crianças menores de 13 anos;
  • Falhas no combate a conteúdos de abuso sexual infantil;
  • Tentativa de expandir o uso dos aplicativos por adolescentes durante o horário escolar;
  • Oferta de patrocínio a organizações de proteção à infância em troca de apoio público à segurança dos produtos.

O TikTok é acusado de patrocinar a National PTA (associação nacional de pais e mestres dos EUA) e, posteriormente, se orgulhar internamente de sua influência. Documentos citados no processo revelam que funcionários do TikTok teriam afirmado que a PTA “fará o que quisermos”.

As alegações contra a Meta são mais detalhadas, incluindo o design intencional de recursos de segurança ineficazes, a demora na remoção de contas envolvidas em tráfico sexual e a priorização do engajamento em detrimento da segurança dos usuários.

Uma audiência sobre o caso está agendada para 26 de janeiro em um tribunal distrital da Califórnia.