Inflação em queda? Analistas do mercado financeiro revisaram para baixo as estimativas de inflação para os próximos dois anos
Os analistas do mercado financeiro voltaram a reduzir suas projeções de inflação para 2025 e 2026, conforme divulgado nesta segunda-feira (22) pelo Boletim Focus do Banco Central (BC). O boletim, elaborado a partir de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras, reflete uma expectativa de arrefecimento da pressão de preços.
Com a adoção do sistema de meta contínua, o BC busca manter a inflação em 3%, com margem de tolerância entre 1,5% e 4,5%. A nova projeção indica que, se confirmada, a meta de inflação não será “estourada” este ano. No entanto, é importante lembrar que, em 2024 e nos 12 meses até junho de 2024, a inflação já ultrapassou o teto estabelecido pelo sistema de metas.
As projeções detalhadas apontam para uma inflação de 4,33% em 2025 (sexta queda consecutiva), 4,06% em 2026 (quinto recuo seguido), 3,80% em 2027 (estável) e 3,50% em 2028 (inalterada). A redução das expectativas de inflação é um sinal positivo, pois quanto menor a inflação, maior o poder de compra da população, especialmente para aqueles com menor renda.
Além da inflação, o Boletim Focus também trouxe projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). A expectativa para 2025 subiu ligeiramente, de 2,25% para 2,26%, enquanto a projeção para 2026 permaneceu em 1,80%. O PIB, que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, é um indicador chave do desempenho da economia.
No cenário da taxa de juros, os economistas do mercado financeiro mantiveram a projeção de 15% ao ano para o fechamento de 2025, o atual nível da taxa básica de juros. Para 2026, a expectativa subiu para 12,25% ao ano, e para 2027, permaneceu em 10,50% ao ano. Outras estimativas incluem a taxa de câmbio, com projeção de R$ 5,43 para o fim de 2025 e R$ 5,50 para o fim de 2026, e o superávit da balança comercial, com estimativas de US$ 63 bilhões e US$ 66,1 bilhões para 2025 e 2026, respectivamente.
A previsão para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil também foi revisada para cima, atingindo US$ 79,3 bilhões em 2025 e US$ 72,4 bilhões em 2026. Esses dados indicam uma crescente confiança dos investidores na economia brasileira.
Com informações do G1









