Muitos dos problemas que são noticiados todos os dias em relação ao atendimento que as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) oferece à população poderiam ser evitados com um pouco mais de empatia – esta palavra tão na moda, principalmente por alguns segmentos que só a utiliza em seu benefício próprio – com os desvalidos a quem não resta alternativa se não suportar as agruras do serviço público.
Um retrato desta situação foi noticiado no início da tarde desta quinta-feira pelo site parceiro www.folhadosulonline dando conta de de uma visita surpresa do prefeito Ronildo Macedo a uma das UPAs da cidade, na hora do almoço.
Enquanto várias pessoas aguardavam o atendimento – algumas haviam chegado logo nas primeiras horas do dia – o prefeito Ronildo Macedo foi informado de que dos quatro médicos de plantão naquele momento, três estavam almoçando.
Ao questionar com os médicos porque não saíam para o almoço de forma escalonada, para não prejudicar o atendimento ao público, o prefeito foi destratado por um dos profissionais da Medicina.
Mais cedo, a redação do Folha do Sul havia recebido um vídeo com a seguinte mensagem: “o bicho tá pegando na UPA. Cheio de gente e ninguém atendendo… Ronildo discutindo com os médicos”.
Na sequência, a reportagem do FOLHA DO SUL ON LINE buscou informações junto ao próprio prefeito interino de Vilhena, Ronildo Macedo (Podemos). O mandatário confirmou a veracidade das imagens e disse que nessa quinta-feira, por volta do meio-dia, estava visitando a UPA, uma prática que adotou desde que assumiu o mandato no início do mês de julho deste ano.
Ao chegar à unidade e encontrar vários pacientes na fila, aguardando atendimento, Macedo foi informado de que dos quatro médicos de serviço, três estavam almoçando naquele momento e apenas um fazia as consultas.
O prefeito admite ter questionado os profissionais e disse que um deles reagiu com grosseria, aumentando ainda mais o tom quando o mandatário se identificou. “Um rapaz novo, sem experiência de vida. É claro que fiquei indignado com a situação, afinal, nenhum dos que estavam na fila havia almoçado. Eles poderiam ter se revezado para não deixar tanta gente esperando”, informou Ronildo, admitindo ter pedido à empresa terceirizada que comanda o atendimento na UPA para desligar de seu quadro o “médico mal educado”.
A reportagem está à disposição dos médicos, da empresa contratada para a ofertar esses médicos ao serviço público e também ao Conselho regional de Medicina (Cremero), caso queiram se manifestar.
Com informações da Folha do Sul on Line