O café em Mato Grosso vive um momento de expansão tecnológica, impulsionado por investimentos do Governo do Estado, através da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf-MT), e pelo trabalho da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Empaer-MT). O avanço da cultura está ligado à pesquisa aplicada, à validação de materiais genéticos adaptados às condições do estado e ao fortalecimento da agricultura familiar.
Diferentemente de outras regiões, Mato Grosso adotou o Robusta Amazônico, um híbrido da Embrapa Rondônia que combina linhagens de Coffea canephora, adaptado ao clima quente e úmido da Amazônia Meridional. Entre 2019 e 2025, foram investidos mais de R$ 4,4 milhões na cafeicultura, com a entrega de mudas, máquinas e equipamentos, além de pesquisas e assistência técnica a mais de mil produtores. Nesse período, a produção cresceu mais de 100% e a produtividade, mais de 250%.

“O café se consolidou como uma cultura fundamental para a agricultura familiar em Mato Grosso. Ele gera renda contínua, fortalece as economias locais e garante permanência das famílias no campo. O trabalho do Governo do Estado é criar as condições para que essa produção seja sustentável, tecnificada e competitiva, valorizando o produtor e impulsionando o desenvolvimento dos municípios”, afirma a Seaf.
Colniza se destaca como o maior produtor de café do estado, seguido por Juína, Aripuanã, Nova Bandeirantes e Cotriguaçu. A produtividade média saltou de 6–8 sacas por hectare para 22–23 sacas/ha em dez anos, aproximando Mato Grosso da média nacional. Estudos da Empaer indicam potencial para produtividades superiores a 100 sacas por hectare com materiais selecionados.

O investimento em ciência e tecnologia tem sido fundamental para esse crescimento. Projetos como o de Validação de Clones de Coffea canephora, coordenado pela Empaer, avaliam o desempenho de diferentes clones do Robusta Amazônico, buscando otimizar a produção e a resistência das plantas. “O salto produtivo só foi possível porque a política pública partiu de uma base científica sólida”, destaca a pesquisadora Dalilhia Nazaré dos Santos, da Embrapa.

O Governo de Mato Grosso investe R$ 817 milhões em 142 municípios, fortalecendo cadeias produtivas e promovendo a inclusão produtiva no campo. Na cafeicultura, o objetivo é consolidar um modelo baseado em pesquisa, inovação e valorização da agricultura familiar, transformando produtividade em desenvolvimento regional sustentável.
Com informações do Portal Amazônia.










