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22 de dezembro de 2025

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Maria Firmina dos Reis: a primeira escritora negra do Brasil

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Maria Firmina dos Reis, nascida em São Luís, Maranhão, em 11 de março de 1822, é reconhecida como a primeira escritora negra do Brasil. Sua história, muitas vezes esquecida, ressurge como um importante símbolo de resistência e pioneirismo na literatura brasileira.

Filha de Leonor Felipa dos Reis, uma escrava liberta, e João Pedro Esteves, um homem negro, Maria Firmina enfrentou os desafios de uma época em que o acesso à educação era negado às mulheres. Apesar das dificuldades, tornou-se autodidata, dominando inclusive a língua francesa e realizando traduções para jornais.

Com o apoio de sua parente, Henriqueta, Maria Firmina conseguiu aprimorar seus estudos. Em 1847, tornou-se a primeira professora concursada do Maranhão, lecionando leitura e escrita na Vila de Guimarães. Sua dedicação à educação não se limitou à sala de aula: fundou uma escola mista e gratuita para alunos carentes, demonstrando um compromisso com a inclusão e o acesso ao conhecimento.

Em 1859, Maria Firmina publicou ‘Úrsula’, considerado o primeiro romance abolicionista brasileiro. A obra, descrita pela autora como um “romance original brasileiro” escrito por uma maranhense, aborda a temática da escravidão e denuncia as injustiças da sociedade da época.

Ao longo de sua vida, Maria Firmina também escreveu músicas, poemas e contos. Cuidou de 11 crianças, entre filhos adotivos e afilhados, muitos deles filhos de pessoas escravizadas. Perdeu a visão na velhice e faleceu em 11 de novembro de 1917, aos 92 anos, na vila de São José dos Guimarães, no Maranhão, amparada por uma ex-escrava.

Sua obra foi redescoberta em 1962 pelo bibliógrafo Horácio de Almeida, que encontrou um exemplar de ‘Úrsula’ em um sebo no Rio de Janeiro. Desde então, a história e a importância de Maria Firmina dos Reis têm sido cada vez mais valorizadas, inspirando novas gerações de escritoras e leitores.

A trajetória de Maria Firmina dos Reis é um exemplo de superação, resiliência e compromisso com a justiça social. Sua contribuição para a literatura e a cultura brasileira é inestimável, e sua história merece ser contada e celebrada.

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