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23 de outubro de 2025

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Manganês e a ‘armadilha climática’: estudo aponta impactos na Amazônia

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A extração de manganês, mineral estratégico para a produção de baterias de carros elétricos e híbridos, tem gerado impactos sociais e ambientais significativos na região de Rio Preto, em Marabá (PA). Um estudo das pesquisadoras Ailce Alves e Larissa Santos revela que, sob o discurso da sustentabilidade e da transição energética, a mineração continua a gerar problemas para a população local.

O manganês paraense é exportado para países como Estados Unidos, México, Noruega, China e Índia. No entanto, a atividade em Rio Preto é marcada por poeira, lama, riscos de acidentes – incluindo a possibilidade de rompimento de barragens de rejeitos – e conflitos internos, segundo o estudo.

As pesquisadoras alertam que a transição energética não deve servir como uma desculpa para a continuidade de práticas predatórias. A mineração, nesse contexto, pode apenas camuflar dinâmicas destrutivas da natureza e aprofundar desigualdades sociais.

O estudo faz parte da coleção de livros ‘Politizando o Clima: poder, territórios e resistências’, lançada recentemente no Rio de Janeiro. A coletânea, resultado de uma parceria entre a Fundação Rosa Luxemburgo, a UFRRJ e outros coletivos de pesquisa, busca fortalecer a articulação em defesa da justiça socioambiental e do enfrentamento ao racismo ambiental e ao colonialismo verde.

“Buscamos analisar e problematizar as políticas e projetos relacionados às mudanças climáticas, destacando as implicações territoriais, de classe, raça e gênero, e as assimetrias históricas entre o Norte e o Sul Global”, explica Elisangela Paim, uma das organizadoras da coleção. “Acreditamos que é fundamental dar voz às resistências e fortalecer as proposições para uma reexistência mais justa e sustentável.”

A discussão é especialmente relevante diante da proximidade da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém (PA) no próximo mês. As autoras criticam as narrativas hegemônicas sobre a transição energética, que muitas vezes despolitizam o debate climático e não promovem transformações estruturais.

David Williams, diretor do Programa Global de Justiça Climática da Fundação Rosa Luxemburgo em Nova York, ressalta que os países industrializados, historicamente responsáveis pela maior parte das emissões de gases de efeito estufa, não têm cumprido suas promessas de financiamento para mitigação, adaptação e reparação de perdas e danos no Sul Global. “O que chamamos de ‘finanças climáticas’ continua baseado em empréstimos, e não em justiça”, afirma.

(Com informações da Agência Brasil)