Manaus acolhe Caravana Participativa do Plano Juventude Negra Viva

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Manaus acolhe Caravana Participativa do Plano Juventude Negra Viva

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Caravanas recolhem sugestões de jovens negros

O Ministério da Igualdade Racial (MIR) protagonizou, nesta segunda-feira (31), na cidade de Manaus (AM), a 15ª fase da Caravana Participativa do Plano Nacional Juventude Negra Viva (PJNV).

As caravanas participativas têm o objetivo de recolher as sugestões de jovens negros e negras, bem como das organizações da sociedade civil e gestores estaduais e municipais voltados para as questões de juventude e igualdade racial, visando à elaboração do Plano Juventude Negra Viva.

Estas expedições, organizadas pelo MIR, são parte integrante do processo de desenvolvimento e aprovação de propostas para políticas públicas destinadas a combater a violência letal, as vulnerabilidades sociais que atingem a juventude negra e ao combate ao racismo estrutural.

Nestes encontros, têm surgido demandas em áreas como promoção à saúde, educação, esporte, lazer, segurança pública, acesso à Justiça, democratização do acesso à cultura, desenvolvimento tecnológico para os territórios, trabalho, emprego e renda, melhorias para a mobilidade urbana para a promoção do direito à cidade pela juventude negra. As propostas locais, uma vez aprovadas, são integradas ao Plano Juventude Negra Viva, que será apresentado em 20 de novembro, Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, conforme indicado pelo Ministério da Igualdade Racial.

Luiz Paulo Bastos, coordenador-geral de Políticas para Juventude Negra da pasta, marcou presença nas discussões desta segunda-feira, na capital do Amazonas. “É de fundamental importância estar aqui nesta etapa, a 15ª da Caravana, para a elaboração do Plano Juventude Negra Viva, no estado do Amazonas, ouvindo sua juventude e fazendo com que sejam sujeitos autônomos na construção da política que é direcionada a eles.”

Caravanas participativas

A Caravana Participativa do Plano Nacional Juventude Negra Viva irá visitar todas as unidades federativas. O cronograma de visitas começou no Ceará, no dia 18 de maio, e desde seu início, já aconteceram reuniões nos estados da Bahia, São Paulo, Pará, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Amazonas. Para conhecer a agenda das próximas visitas, clique aqui.

Os interessados em contribuir nas próximas etapas das Caravanas Participativas do Plano Juventude Negra Viva podem se inscrever no site.

Luiz Paulo Bastos, coordenador do Ministério da Igualdade Racial, avalia os trabalhos realizados nos estados durante as passagens da Caravana Participativa. “É um momento de retomada do processo democrático de construção da política pública, onde fazemos a escuta direta dos atores e atrizes que estão diretamente envolvidos na construção dessa política.”

Frase para destaque

“Os sujeitos participam da construção e da elaboração da política [pública] e fazem com que as suas realidades e essa diversidade regional do Brasil sejam apontadas para que essas ações se adequem a essas diversas realidades”, avalia o coordenador-geral de Políticas para Juventude Negra do Ministério da Igualdade Racial, Luiz Paulo Bastos.

A formulação do Plano Juventude Negra Viva está prevista no Decreto nº 11.444/2023, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Dia Internacional da Luta pela Eliminação da Discriminação Racial (21 de março), que instituiu o Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) para a elaboração de políticas públicas voltadas aos direitos da juventude negra, considerando a participação social desde o início.

Os membros do GTI são representantes do Ministério da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos e Cidadania, da Cultura, da Educação, Justiça e Segurança Pública, do Trabalho e Emprego, da Saúde, do Esporte, dos Povos Indígenas, das Cidades, das Mulheres, e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e Combate à Fome, além da Secretaria-Geral e da Casa Civil, ambas da Presidência da República.

Periodicamente, o grupo se reúne em Brasília para avaliar e alinhar as atividades das Caravanas Participativas e a transversalidade das políticas públicas nos ministérios.