19 de setembro de 2024

Macacos da Amazônia: Conheça a espécie que altera seu “sotaque” para se comunicar com outra

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Macacos da Amazônia: Conheça a espécie que altera seu “sotaque” para se comunicar com outra

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De norte à sudeste, nordeste à sul, cada região brasileira apresenta suas particularidades na linguagem. Será que com animais de espécies semelhantes seria parecido?

Um estudo desenvolvido por pesquisadores brasileiros e publicado em maio deste ano na revista Behavioral Ecology and Sociobiology, mostra que macacos podem adaptar os seus grunhidos para falar com outra espécies.

Portal Amazônia trás curiosidades sobre os “sotaques” dos macacos.

 

Ameaçado de extinção, o sauim-de-coleira é considerado o símbolo de Manaus. Foto: Reprodução

No estudo, foram analisadas 15 grupos de duas espécies que vivem na Amazônia brasileira: o sagui-da-mão-dourada (Saguinus midas) e o sauim-de-coleira (Saguinus bicolor), que é considerado símbolo da cidade de Manaus e está ameaçado de extinção, podendo ser encontrado também em Rio Preto da EvaItacoatiara.

Os pesquisadores fizeram comparações de gravações das duas espécies em três tipos de ambiente, em áreas habitadas exclusivamente por cada espécie e em uma área onde ambas coexistem.

O que se notou foi que o sagui-de-mão-dourada mudava seu padrão acústico, emitindo sons parecidos com os do sauim-de-coleira.

 

Foto: Reprodução/Klaus Rudlff

 Por quê isso ocorre?

Uma das motivações para esse fenômeno recente se dá pelas duas espécies serem próximas (geneticamente “parentes”, do mesmo gênero) e como habitam habitats na Amazônia semelhantes, essa linguagem semelhante pode ser para apaziguar disputas, sejam elas por alimentos, recursos e pelo habitat em si.

O que não se sabe ainda é o porquê de apenas uma espécie é mais “adaptativa” à outra. Os cientistas não puderam concluir por que o sauim-de-coleira permanece resistente.

Os resultados sugerem que as pressões sociais e ambientais são importantes na formação dos sons emitidos pelos saguis.

Confira o estudo completo.

Fonte: Portal Amazônia