O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou a ideia de que a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que acontecerá em Belém em novembro, será uma “COP da verdade”. A declaração foi feita durante uma visita ao Pará nesta quinta-feira (2), onde Lula reconheceu os desafios da capital paraense, mas defendeu a escolha da cidade para sediar o evento.
“Eu sabia que Belém era uma cidade com problemas. Tem os problemas de drenagem, tem os problemas da pobreza. Mas veja, por que que nós aceitamos que o Brasil faça a COP lá? É porque é preciso mostrar para o mundo o que é a Amazônia e o que é o Pará. Não vai ser a COP do luxo, é a COP da verdade”, afirmou o presidente.
Durante a visita, Lula inaugurou obras de educação no arquipélago do Marajó, nas cidades de Breves e Melgaço, e assinou a ordem de serviço para a retomada de sete obras na área da educação em Melgaço, incluindo escolas, creches e quadras esportivas. O governo federal estima que mais de cem empreendimentos serão retomados na região, beneficiando cerca de 25 mil estudantes.
O presidente também aproveitou a ocasião para cobrar dos países ricos uma compensação financeira pela poluição histórica que contribuíram para as mudanças climáticas. “Queremos saber se os presidentes do mundo estão preocupados com a questão climática. Eu quero saber se o presidente Trump, se o presidente Xi Jinping, se o presidente Macron estão preocupados em resolver o problema da situação climática. Porque para que a gente mantenha nossas florestas em pé, é preciso que eles, que poluíram o mundo há muito mais tempo do que nós, resolvam pagar para que a gente possa dar qualidade de vida pro povo que mora na Amazônia”, declarou.
Após a passagem pelo Marajó, Lula seguiu para Belém para visitar obras de infraestrutura, com foco em drenagem e saneamento, áreas críticas para a capital paraense.










